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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Tempo de espera

"A sensação de irritabilidade da espera pode aparecer na incompreensão de que você espera um veículo, mas não sabe a que destino te levará. Não há guias indicando o caminho, a única coisa que vc sabe é o nome da estrada."

Hoje parei para refletir sobre  a espera, o tempo que levamos esperando algo, alguma coisa ou alguém.  Tempo que muitos acreditam ser o tempo de estática,  a hora do “stop”. Para tudo e espera. É como se fossemos para algum lugar e  na espera do transporte, ficássemos parados num ponto.  Apenas olhando numa mesma direção e a todo o momento o relógio.

Recordei-me então do livro do Padre Fábio de Melo , Tempo de Esperas, que  numa história belíssima nos ensina que o sentido do esperar, do tempo da espera, na verdade é o tempo de construção. É  o momento em que temos que olhar para dentro da gente e  reconhecer quem somos, nossas potencialidades e fraquezas, e trabalhar  essas coisas.

O tempo de espera é o momento da construção de novos alicerces para novidades: lugares, pessoas, coisas.

Ficar apara não é esperar, não é construir. é apenas se tornar inerte a tudo que o cerca.

Não adianta esperar a segunda feira para começar uma dieta, se  no período da espera você não se programar para a dieta, construir uma nova rotina, considerando não só o que favorecerá a perda de peso, mas  as possíveis tentações, ou falta de opções, as ansiedades.

Esperar olhando uma só direção, preso a um banco e ao relógio é simplesmente perder as oportunidades da construção.

E perder oportunidades pode significar perder vislumbrar novos horizontes, ou não reconhecer o destino  ao qual se quer chegar.

As vezes o transporte até chega, atrasado ou não,  entra se senta, e a viagem segue, silenciosa. Não há guias informando onde você está,  sua atenção não está voltada para a beleza do caminho, apenas para seus próprios pensamentos.


E quando você se dá conta, já está em outro lugar, mas na mesma espera.

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