"A sensação de irritabilidade da espera pode aparecer na incompreensão de que você espera um veículo, mas não sabe a que destino te levará. Não há guias indicando o caminho, a única coisa que vc sabe é o nome da estrada."
Hoje parei para refletir
sobre a espera, o tempo que levamos
esperando algo, alguma coisa ou alguém.
Tempo que muitos acreditam ser o tempo de estática, a hora do “stop”. Para tudo e espera. É como
se fossemos para algum lugar e na espera
do transporte, ficássemos parados num ponto.
Apenas olhando numa mesma direção e a todo o momento o relógio.
Recordei-me então do livro do
Padre Fábio de Melo , Tempo de Esperas, que
numa história belíssima nos ensina que o sentido do esperar, do tempo da
espera, na verdade é o tempo de construção. É o momento em que temos que olhar para dentro
da gente e reconhecer quem somos, nossas
potencialidades e fraquezas, e trabalhar
essas coisas.
O tempo de espera é o momento da
construção de novos alicerces para novidades: lugares, pessoas, coisas.
Ficar apara não é esperar, não é
construir. é apenas se tornar inerte a tudo que o cerca.
Não adianta esperar a segunda
feira para começar uma dieta, se no
período da espera você não se programar para a dieta, construir uma nova rotina,
considerando não só o que favorecerá a perda de peso, mas as possíveis tentações, ou falta de opções,
as ansiedades.
Esperar olhando uma só direção,
preso a um banco e ao relógio é simplesmente perder as oportunidades da
construção.
E perder oportunidades pode
significar perder vislumbrar novos horizontes, ou não reconhecer o destino ao qual se quer chegar.
As vezes o transporte até chega,
atrasado ou não, entra se senta, e a
viagem segue, silenciosa. Não há guias informando onde você está, sua atenção não está voltada para a beleza do
caminho, apenas para seus próprios pensamentos.
E quando você se dá conta, já
está em outro lugar, mas na mesma espera.
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