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quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Da série vamos aprender matemática e interpretação de texto:



Uma pessoa trabalha de carteira assinada ( olha a CLT, aí) com. salário de 4 mil reais mensais. Como preconiza  na CLT 44 horas semanais.. Logo, por semana, ela  recebe mil reais.

Isso em um mês que possui 4 semanas ela recebe correto, mas e no mês que tem 5 semanas?

Vamos agora calcular. ela recebe 4 mil mensais, em um ano ela receberá 48 mil reais. Porém  um ano tem 52 semanas (pode conferir no calendário, não multiplique  o número de semanas por mês, pelos meses do ano), se multiplicarmos o valor que a pessoa recebe semanalmente pelo número de semanas anual teremos o valor de 52 mil reais.

Então: a pessoa recebe normalmente 48mil mensais, quando deveria receber 52 mil. a diferença desse valor é de 4 mil. o valor do salário mensal.

O que isso significa?

R: Significa que a sua bonificação no final do ano não é bônus de Natal, chama-se décimo terceiro salário por esse motivo, caso contrário seria bonificação.
 Qualquer que seja o valor do salário é direito do trabalhador, é o pagamento pelos serviços prestados.

Assim ficar de mimimi que décimo terceiro vai acabar. Pode até acabar, porém todo e qualquer trabalhadores que trabalhe de carteira assinada receberá o valor proporcional no salário mensal( ao invés de salário fixo, será proporcional aos dias trabalhados). Mas essa é outra discussão e a possibilidade disto acontecer é bem remota.

domingo, 7 de outubro de 2018

Hastag eleições




E na segunda tudo volta ao normal, ou não. Uns podem se ocupar em arrumar malas para ir embora do país, outros tentaram algum tema polêmico para curar a ressaca moral (ou eleitoral?), outros comemorarão, e talvez alguns irão às ruas, dizer que a urna foi fraudada (bem provável no caso petista que agora ri dessa firmação de Bolsonaro, mas se perder em primeiro será a primeira desculpa).

No entanto, a característica marcante dessa eleição acredito ser o voto emocional: voto da insatisfação, o voto da vingança, o voto da esperança. Acompanhei alguns debates, não saltei os mais inflamados das redes sociais, e  pude perceber que até mesmo os mais engajados na política (aqueles que debatem, acompanham em qualquer época, não só a eleitoral) os argumentos eram pífios, cheguei a me assustar com alguns dinossauros reproduzindo fake news.

Mais do que nunca essa campanha eleitoral mostrou que bolinha de gude é coisa séria, e que não deve mais descer para o play aquele que não sabe brincar ou ao menos tenha um cuidador.

A reflexão de que não tivemos reais  campanhas, badala em minha mente como o Tsar Kolokol. O que assisti foi o mais novo ritual eleitoral: o ataque eleitoral. E se os argumentos eram pífios, os ataques eram demasiados pueris.

O pedido de voto foi jocoso, digno de stand up. Se exemplificarmos com venda de pacote de operadora de “celular”, seria mais ou menos assim: Olá fulana, somos da operadora Y, queríamos te falar que temos um novo pacote de serviços que a operadora W não tem, ela não tem acesso ilimitado a apps, não tem amplo sinal digital, não tem  ligações ilimitadas para outras operadoras,  não tem sms ( alguém ainda usa isso, além de marketing e cobranças?) ilimitados.

Faltou a muitos candidatos responderem: por que você será um bom representante para o povo?

Simples assim, a humildade que faltou foi dizer a que veio e para onde vai. Se o eleitor quisesse saber alguma coisa do plano de governo, tinha que recorrer à leitura... Ora no Brasil, leitura? Ou seria já uma estratégia deles ( os candidatos) para incentivar o hábito da leitura?

O engraçado foi que a frase mais dita para barrar o candidato à frente das pesquisas, foi “não queremos mias violência”, e os ataques gratuitos a todas as direções é o que? Afago, cafuné, ou outra modalidade nova de carinho?

Dizer não a discriminação, mas discriminando a “classe” militar? Uma lógica que realmente eu não entendo.

Essa dicotomia campanha/ataque foi um verdadeiro sofisma, as vozes ávidas a atacar não queriam mostrar vulnerabilidades do adversário, apenas as fraquezas e medos  de quem as proferiu.