Um
dos temas abordados pela novela global Salve Jorge é o tráfico de pessoas,
dentre os vários tipos o tráfico de crianças para “adoção”, ou melhor dizendo
venda de crianças roubadas, sequestradas para famílias (pessoas) do exterior.
Nesse
texto vou trabalhar nesse contexto, mas sobre tráfico de programas
governamentais, projetos criados por gestões passadas da atual oposição (?) e
roubados por outras mais, e vendidas à população em forma de marketing.
Sim
estou falando do PT, Partido dos Trabalhadores, que está abusando da
apropriação da criação do outro. Melhorar, aperfeiçoar algo, não retira o
mérito da autoria do outro, e omitir essas informações é enganar a população.
O
projeto mais famoso traficado é o “Bolsa Família”, o qual divulgado, propagado,
ampliado pelo governo Lula o levou a reeleição. Porém o programa foi implantado
no governo Fernando Henrique Cardoso, e teve
como uma das idealizadoras Ruth
Cardoso, então primeira dama.
Foi
Ruth a pela fundamental para unir programas sociais, de transferência de renda
e combate a fome no país em um único programa. O programa não tinha esse nome
na época, e quando Lula assumiu estava
já tudo pronto, só precisava ser aplicado ao país. Foi o suficiente para ele e
seu partido tomar “o filho como deles”.
Lamentável
postura, e que piora quando afirmam que os “tucanos” são contra o programa. Na
verdade, não são contra algo criado por eles também, mas contra o uso do mesmo
como palanque, politicagem e ainda de forma continua, sem um planejamento adequado.
Esta questão, podemos explicar com um velho ditado popular: “Não dê o peixe,
ensine a pescar”. Dar ajuda financeira
no combate inicial a fome é preciso, mas não extermina as causas da
fome: desemprego, diferenças sociais, etc..
Bem
passada a discussão sobre bolsa família agora entra em cena outro programa
traficado: Saúde na Escola.
A
Agência Brasil publicou no último dia 11 sobre o inicio dos trabalhos do Saúde
na Escola deste ano, programa “criado” em 2007 por decreto federal, que visa
levar mais saúde às crianças e adolescentes na escola, de forma a implementar
as ações de prevenção na saúde e disseminação de informações sobre saúde.
Uma
bela iniciativa, e deve ser estimulada cada vez mais, sem restrições, e
acontecer de forma sistemática e não apenas num período do ano, afinal temos
uma certa sazonalidade em alguns temas ligados á saúde: AIDS, Dengue,
ansiedade, etc.
No
entanto, este programa não é criação do PT. Ele existe desde a criação do Programa
Saúde da Família, e era cumprido, pois no PSF, hoje ESF (Estratégia Saúde da
Família) existem metas a serem cumpridas, e dentre elas saúde na escola.
Em
2003, eu fui gerente de unidade de um ESF no interior de Minas Gerais, e fui
várias vezes na escola, nossas campanhas eram sempre em parceria com a escola, contávamos
com ajuda da secretaria de educação de forma ampla, desde espaço físico até
participação de escolares em campanhas da saúde. Na festa junina da escola teve concurso de melhor boneco do mosquito da
dengue e redação. Quando tivemos a
suspeita de um caso de hanseníase na cidade, foram os alunos que ajudou a saúde
a informar toda a população sobre sinais e sintomas.
Lembro
ainda que recebi das mãos da Gilda (hoje aposentada pela ANVISA) o caderno de
estudo e ações do Programa Saúde na Escola, enquanto programa da ESF, para ser
utilizado no município. Na época era a ela que pedia ajuda e orientações, mesmo
sendo da ANVISA, a pedido de José Laerte Barbosa, na época diretor regional de
saúde (SRS- JF).
Esse
caderno/livro, foi lançado em 2002 pelo Ministério da Saúde e distribuído junto
com cadernos de outros temas (saúde
mental, saúde da mulher, da criança, do idoso, bucal etc) a todas as equipes de ESF.
Bem
segue ai uma foto (mal tirada pelo
celular, pois não deu para scannear) mostrando que existe essa publicação, e
não foi de governo Lula.
Para
finalizar sugiro a leitura do texto sobre a “campanha” Saúde na Escola deste
ano: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/06/080625_morteruthcardoso_np.shtml
>>> P.s. 1: nem todas as cidades, infelizmente, vão conseguir implementar o programa, ou devido a falta de interesse, mas principalmente por falta de estrutura mesmo. Em Juiz de Fora a impossibilidade as vezes esbarra na falta de uniformidade da atenção primária (bairros sem unidades básicas, unidades sem ESF), etc. Poderiam fazer onde pudesse e nas demais localidades, quem sabe, negociar com o MS e criar equipes itinerantes...
Nenhum comentário:
Postar um comentário