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sexta-feira, 15 de março de 2013

Tráfico de programas governamentais




Um dos temas abordados pela novela global Salve Jorge é o tráfico de pessoas, dentre os vários tipos o tráfico de crianças para “adoção”, ou melhor dizendo venda de crianças roubadas, sequestradas para famílias (pessoas) do exterior.

Nesse texto vou trabalhar nesse contexto, mas sobre tráfico de programas governamentais, projetos criados por gestões passadas da atual oposição (?) e roubados por outras mais, e vendidas à população em forma de marketing.

Sim estou falando do PT, Partido dos Trabalhadores, que está abusando da apropriação da criação do outro. Melhorar, aperfeiçoar algo, não retira o mérito da autoria do outro, e omitir essas informações é enganar a população.

O projeto mais famoso traficado é o “Bolsa Família”, o qual divulgado, propagado, ampliado pelo governo Lula o levou a reeleição. Porém o programa foi implantado no governo Fernando Henrique Cardoso, e teve  como uma das idealizadoras  Ruth Cardoso, então primeira dama.

Foi Ruth a pela fundamental para unir programas sociais, de transferência de renda e combate a fome no país em um único programa. O programa não tinha esse nome na  época, e quando Lula assumiu estava já tudo pronto, só precisava ser aplicado ao país. Foi o suficiente para ele e seu partido tomar “o filho como deles”.

Lamentável postura, e que piora quando afirmam que os “tucanos” são contra o programa. Na verdade, não são contra algo criado por eles também, mas contra o uso do mesmo como palanque, politicagem e ainda de forma continua, sem um planejamento adequado. Esta questão, podemos explicar com um velho ditado popular: “Não dê o peixe, ensine a pescar”. Dar ajuda financeira  no combate inicial a fome é preciso, mas não extermina as causas da fome: desemprego, diferenças sociais, etc..

Bem passada a discussão sobre bolsa família agora entra em cena outro programa traficado: Saúde na Escola.

A Agência Brasil publicou no último dia 11 sobre o inicio dos trabalhos do Saúde na Escola deste ano, programa “criado” em 2007 por decreto federal, que visa levar mais saúde às crianças e adolescentes na escola, de forma a implementar as ações de prevenção na saúde e disseminação de informações sobre saúde.

Uma bela iniciativa, e deve ser estimulada cada vez mais, sem restrições, e acontecer de forma sistemática e não apenas num período do ano, afinal temos uma certa sazonalidade em alguns temas ligados á saúde: AIDS, Dengue, ansiedade, etc.

No entanto, este programa não é criação do PT. Ele existe desde a criação do Programa Saúde da Família, e era cumprido, pois no PSF, hoje ESF (Estratégia Saúde da Família) existem metas a serem cumpridas, e dentre elas saúde na escola.

Em 2003, eu fui gerente de unidade de um ESF no interior de Minas Gerais, e fui várias vezes na escola, nossas campanhas eram sempre em parceria com a escola, contávamos com ajuda da secretaria de educação de forma ampla, desde espaço físico até participação de escolares em campanhas da saúde. Na festa junina da escola  teve concurso de melhor boneco do mosquito da dengue e redação.  Quando tivemos a suspeita de um caso de hanseníase na cidade, foram os alunos que ajudou a saúde a informar toda a população sobre sinais e sintomas.

Lembro ainda que recebi das mãos da Gilda (hoje aposentada pela ANVISA) o caderno de estudo e ações do Programa Saúde na Escola, enquanto programa da ESF, para ser utilizado no município. Na época era a ela que pedia ajuda e orientações, mesmo sendo da ANVISA, a pedido de José Laerte Barbosa, na época diretor regional de saúde (SRS- JF).
Esse caderno/livro, foi lançado em 2002 pelo Ministério da Saúde e distribuído junto com  cadernos de outros temas (saúde mental, saúde da mulher, da criança, do idoso,  bucal etc) a todas as equipes de ESF.

Bem segue ai  uma foto (mal tirada pelo celular, pois não deu para scannear) mostrando que existe essa publicação, e não foi de governo Lula.

Para finalizar sugiro a leitura do texto sobre a “campanha” Saúde na Escola deste ano: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/06/080625_morteruthcardoso_np.shtml



>>> P.s. 1: nem todas as cidades, infelizmente, vão conseguir implementar o programa, ou devido a falta de interesse, mas principalmente por falta de estrutura  mesmo. Em Juiz de Fora a impossibilidade as vezes esbarra na falta de uniformidade da atenção primária (bairros sem unidades básicas, unidades sem ESF), etc. Poderiam fazer onde pudesse e nas demais localidades, quem sabe, negociar com o MS e criar equipes itinerantes...

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