Enquanto muitos se preocupam com
o que William Bonner e demais telejornais da Globo falam, ou programas que passam, ou tendência política de apresentadores, a
emissora coloca nas entrelinhas (leia-se meio da programação) inserções,
mensagens, no meio dos entretenimentos e
programações de maior popularidade.
No primeiro programa esquenta,
levaram Dilma para falar de forma superficial de temas diferentes do tema
central do programa que era “acessibilidade”. Levando a entender que a
presidenta não liga para o tema, lida com descaso...
No entanto, o meio que tem sido
usado são as novelas. Principalmente a Lado a Lado e a Salve Jorge. E não
utilizam apenas a própria transmissão,
nos resumos enviados aos sites, apresentado no próprio site Globo.com utilizam
esse tipo de mensagem, quase subliminar.
A novela Lado a Lado tem
aproveitado os espaços de forma categórica, ainda mais pelo perfil da novela:
novela de época que pode explorar os contextos políticos. E como toda novela de
época existem a possibilidade dos opositores, e o uso da imprensa para esta oposição.
Com isto a novela tem conseguido
explorar a questão sobre (im)parcialidade da imprensa, como postei aqui no
texto A Alegoria da Globo, e hoje no resumo dos capítulos da própria novela
cita a “imprensa marrom”.
Essa é uma estratégia bastante
inteligente, pois responde a altura às acusações de “imprensa golpista” (PIG)
proferida por seus próprios opositores, e não caem na banalização de trocas de ataques e até de
temática. E outras palavras não desgastam o assunto que envolve a imprensa e
sua postura diante das questões e interesses políticos.
P.S.1: Vale acrescentar que a
novela também aborda o tema de “assédio de políticos” à secretárias,
relacionamento político/servidores, e troca de favores políticos. Qualquer semelhança
com a realidade é mera coincidência (essa frase ainda existe no final dos
capítulos?)
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