Por mais que eu
tente entender o PT (Partido dos Trabalhadores) eu não consigo. É muito
paradoxo para pouco partido.
Na época da greve
de servidores federais este ano, eles afirmavam que o PT não era contra o governo,
faziam greve porque reconheciam a capacidade do gestor - o caso, Dilma
Rousseff. Depois sobre as privatizações,
terceirizações, (por exemplo, das estradas), explicaram que o partido não
terceiriza, tão pouco privatiza (mesmo sendo positivo ara o país), o PT expande
capital.
Dentre outros
paradoxos, hoje o jornal Estado de Minas apresenta mais um: “PT vai afastar indicado a cargo em Campinas”. Jairson Canário (vereador)
será afastado por 60 dias e o caso julgado pela comissão de ética do partido,
por ele ter aceito uma secretaria no governo de Jonas Donizette (PSB)
Jornal Tribuna de Minas 10 de dezembro de 2012 |
A
principio não parece nada demais, e sim o cumprimento do estatuto do partido, pelo
diretório municipal de Campinas, que havia decidido proibir filiados a
assumirem cargos no governo do PSB, que é da base aliada nacional do PT (apesar
de todos os desentendimentos). No entanto, em Juiz de Fora algo parecido
aconteceu e foi tratado com certa naturalidade (descaso?) por parte do partido:
Um filiado, vereador não reeleito, foi convidado a assumir uma secretaria (de
assistência social – e aceitou) mesmo tendo
o diretório municipal decidido e
comunicado ser oposição ao prefeito Bruno Siqueira (PMDB).
Ora
o PMDB é também da base aliada, mas mesmo assim declararam oposição (o PT), e ainda
aceitaram um filiado (conforme o mesmo comunicado ao partido e conversado comlideranças do mesmo) ser secretário de uma gestão apoiada e também com secretário
de adversários (PSDB, PPS).
Aqui
na cidade justificam essa lógica de “aceitarem” um filiado assumir uma
secretaria de uma gestão que serão oposição como sendo uma preocupação com a
população, pois “os interesses do povo deve prevalecer”. Ora será que somente
em Juiz de Fora há interesses do povo a prevalecer? Em Campinas não?
E
o não apoio dos dissidentes (35 declarados) à candidata à prefeitura pelo PT, e que
até hoje nada declararam a respeito dos mesmos, se foram julgados pela comissão
de ética por infidelidade partidária e
não cumprimento do estatuto, se foram ou não punidos?
Talvez
em Juiz de Fora não seja paradoxo, mas uma lentidão partidária, um lapso, uma
desmotivação, visto que o site deles (local) está desde julho sem
atualização (blog, pois o outro está fora do ar)...
fonte: site do PT Juiz de Fora: http://ptjuizdefora.blogspot.com/ |
p.s.
1: Vale dizer que não estou questionando a postura do prefeito eleito de Juiz
de Fora em convidar alguém do PT, tão pouco sobre a idoneidade, ou competência
do convidado (Flávio Cheker), faço apenas uma relação do caso de Juiz de Fora
com o de Campinas, que são bem semelhantes.
p.s.
2: A escolha de Cheker pode ser sim uma preocupação com os interesses da
população, porém é preciso avaliar a questão sem romantismos ou discursos eleitoreiros e
populistas. O povo tem interesses, não pode ser prejudicado, mas não será uma
pessoa a fazer muita diferença, quando se depende de uma equipe, equipe esta
formada com uma variação considerável
de legendas, inclusive adversárias. Pode
até todos trabalharem em prol da cidade, porém como isso é visto aqui de fora?
Isso não tem sido preocupação dos partidos, e tão pouco do prefeito eleito.
Declaração de Flávio Cheker em seu perfil do Facebook sobre convite aceito para assumir uma secretaria no governo de Bruno Siqueira. |
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