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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Pestanejando, pestanejar, pestana... Marcus Pestana




Buscando significados de “pestana” na Internet encontramos dentre os vários significados que se trata de um filete de reforço nos instrumentos de corda, ou cada uma das extremidades dos braços de uma âncora, ou uma calha em chapa sobre telhados abertos e o mesmo que barbatana.

Pestana, o político, não foge muito a isso. Tem o reforço do PSDB em MG e no contexto nacional, um reforço de peso, também tem sido o diferencial no partido fixando as idéias do mesmo. Em termos simbólicos a ancora representa firmeza, tranqüilidade, fidelidade,  a parte estável do Ser, no caso do político, a parte estável do partido. E devido a isto tem sido o preenche as lacunas deixadas pelo partido em suas adversidades (rachas, “derrotas em eleições”, etc.). além disto tem sido fundamental para  a “locomoção” e equilíbrio do PSDB em MG, principalmente em Juiz de Fora.

Embora bastante criticado por uns (leia-se petistas), mas percebemos que as criticas direcionadas a ele, não se inserem à pessoa, tão pouco ao seu currículo político, mas ao partido. Afinal, a antiga esquerda brasileira[1] criou um estigma que tudo relacionado ao PSDB, aos tucanos e neoliberalismo é ruim, pernicioso, algo demoníaco.

A primeira vez que me “atentei” para o nome de Marcus Pestana foi em 1993, quando o mesmo era secretário municipal de governo. Na época, eu fazia o antigo primeiro ano do segundo grau científico, em uma escola estadual de Juiz de Fora, e o professor de ensino religioso, que falava coisas sobre ética, moral e cidadania e não sobre as religiões. Passava algumas atividades sobre política, mas para aprendermos e conhecermos o trabalho dos vereadores,  do executivo, dos secretários, das ONG’s etc. E com isso meu grupo de atividades escolares ficou  responsável para definir as funções dos secretários municipais. Isto explica como cheguei ao nome: Marcus pestana, com apenas 15 anos.

Confesso que nem sempre acompanhei de perto o trabalho do mesmo,  mas por ter se tornado a pessoa expressiva em política como o mesmo se tornou, e meu interesse por política, acarreta leituras e acompanhamento da  carreira do mesmo. O que culminou o meu voto nele para Deputado Federal em 2010, escolha esta que esteve intimamente relacionada ao trabalho desenvolvido à frente da Secretaria Estadual de Saúde em MG nos dois mandatos do Aecio como governador do estado. E não me arrependo deste voto. Ao contrário tenho reafirmado ainda mais.

Esta reafirmação se concretizou  no dia 14 de maio, quando o ouvi discursar, por ocasião  do lançamento do seu livro “Congresso, democracia e o novo ciclo político brasileiro”, a respeito da sua atuação política, a qual possui um foco, o que é primordial a um político, para atingir o seu principal objetivo: representar a população.

E por falar no livro mais recente do mesmo vale aqui destacar uma característica marcante do mesmo, e que tem provocado exatamente o diferencial, e  o transformando em ponto de equilíbrio no partido. Marcus Pestana vem tecendo  analises, reflexões sobre diversos aspectos sem deslumbramentos, e de forma bem acessível, de forma que qualquer um que venha a ler, entenda a mensagem que o mesmo quer passar.

Com isso consegue  romper o paradigma que o PSDB vem adquirindo ao longo dos tempos de  elitização, através de discursos rebuscados, abordando temas que muitos acreditam ser distantes da realidade cotidiana da população. Ele consegue essa aproximação de forma simples. E dentro do PSDB, hoje bem poucos conseguem manter essa interlocução com a população através de discursos, entrevistas etc. Muitos só o fazem em momento eleitoral.

Essa é uma grandiosa característica dele, que o aproxima muito de FHC, que também tem essa capacidade de aproximação  popular,  mesmo com toda a sua intelectualidade.Isso resulta em confiança do eleitor. Algo que os futuros coordenadores de campanha dele não devem perder de vista.

Outro ponto interessante do livro e que destaco aqui, até pelo fato do Pestana ser novamente candidato em 2014 (basta saber em qual cargo) é sobre os royalties do petróleo e educação. Recentemente  a onda anti tucano em Juiz de Fora espalhou nas redes sociais que o deputado votou contra a educação, ao aprovar o projeto sobre os royalties.

Para encurtar a conversa, distorceram os fatos e a verdade, o voto não foi contra a educação, uma vez que o projeto votado não se referia a educação,  não dispunha que os royalties não seriam empregado na educação, mas dividido a todos os estados. Assim para afirmar que ele votou contra educação, precisam de um bom argumento, haja vista que o livro do mesmo tem artigos de discursos dele defendendo a educação, defendendo maiores investimentos na educação.

O projeto que não votaram que defendia os royalties para a educação não foi votado por apresentar partes inconstitucionais. E o voto do deputado foi de acordo com o que ele já vinha defendendo, bem antes da votação e que também está em seu livro.

Bem como futuro candidato, possivelmente (aguardemos) para o governo de Minas, já posso prever que a oposição irá pegar justamente essa votação para tentar bombardeá-lo. Se ele tiver uma boa assessoria agora, se safa bem, antes que a mentira seja tão reafirmada que chegue a se tornar verdade. Logicamente pegarão a relação do que ele propôs ou não, e ainda o fato de ter alguém de sobre nome Pestana envolvido no esquema das empresas de tratamento de resíduos de saúde.

Mas isso tudo fará parte do processo eleitoral, se bem trabalhado a partir de agora, os resultados  depois serão bem maiores.

Assim posso concluir que Pestana tem sido o único político da atualidade a afirmar publicamente e a lutar pela reforma  partidária. Buscando  resgatar a força da juventude, e a aproximação do partido com o eleitorado, através de ações, debates, discursos, artigos (como o último artigo dele publicado "Mais gastos com o Estado, menos com a sociedade" Algo que está faltando em todos os partidos e políticos.



[1]  Refiro=me a antiga esquerda brasileira pelo fato de não existir em termos prático mais essa dicotomia esquerda e direita,  penso que o correto hoje seja falar em posição e oposição. Em termos partidários  nem falar em socialistas, comunistas e neoliberais  se torna tão coerente, exceto por raros partidos como PCB.

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