Buscando significados de “pestana”
na Internet encontramos dentre os vários significados que se trata de um filete
de reforço nos instrumentos de corda, ou cada uma das extremidades dos braços
de uma âncora, ou uma calha em chapa sobre telhados abertos e o mesmo que
barbatana.
Pestana,
o
político, não foge muito a isso. Tem o reforço do PSDB em MG e no contexto
nacional, um reforço de peso, também tem sido o diferencial no partido fixando
as idéias do mesmo. Em termos simbólicos a ancora representa firmeza, tranqüilidade,
fidelidade, a parte estável do Ser, no
caso do político, a parte estável do partido. E devido a isto tem sido o preenche
as lacunas deixadas pelo partido em suas adversidades (rachas, “derrotas em
eleições”, etc.). além disto tem sido fundamental para a “locomoção” e equilíbrio do PSDB em MG,
principalmente em Juiz de Fora.
Embora bastante criticado
por uns (leia-se petistas), mas percebemos que as criticas direcionadas a ele,
não se inserem à pessoa, tão pouco ao seu currículo político, mas ao partido. Afinal,
a antiga esquerda brasileira[1] criou um estigma que tudo
relacionado ao PSDB, aos tucanos e neoliberalismo é ruim, pernicioso, algo demoníaco.
A primeira vez que me “atentei”
para o nome de Marcus Pestana foi em 1993, quando o mesmo era secretário
municipal de governo. Na época, eu fazia o antigo primeiro ano do segundo grau
científico, em uma escola estadual de Juiz de Fora, e o professor de ensino religioso,
que falava coisas sobre ética, moral e cidadania e não sobre as religiões.
Passava algumas atividades sobre política, mas para aprendermos e conhecermos o
trabalho dos vereadores, do executivo,
dos secretários, das ONG’s etc. E com isso meu grupo de atividades escolares
ficou responsável para definir as
funções dos secretários municipais. Isto explica como cheguei ao nome: Marcus
pestana, com apenas 15 anos.
Confesso que nem sempre
acompanhei de perto o trabalho do mesmo,
mas por ter se tornado a pessoa expressiva em política como o mesmo se tornou,
e meu interesse por política, acarreta leituras e acompanhamento da carreira do mesmo. O que culminou o meu voto
nele para Deputado Federal em 2010, escolha esta que esteve intimamente
relacionada ao trabalho desenvolvido à frente da Secretaria Estadual de Saúde
em MG nos dois mandatos do Aecio como governador do estado. E não me arrependo
deste voto. Ao contrário tenho reafirmado ainda mais.
Esta reafirmação se
concretizou no dia 14 de maio, quando o
ouvi discursar, por ocasião do
lançamento do seu livro “Congresso, democracia e o novo ciclo político
brasileiro”, a respeito da sua atuação política, a qual possui um foco, o que é
primordial a um político, para atingir o seu principal objetivo: representar a
população.
E por falar no livro mais
recente do mesmo vale aqui destacar uma característica marcante do mesmo, e que
tem provocado exatamente o diferencial, e
o transformando em ponto de equilíbrio no partido. Marcus Pestana vem
tecendo analises, reflexões sobre
diversos aspectos sem deslumbramentos, e de forma bem acessível, de forma que
qualquer um que venha a ler, entenda a mensagem que o mesmo quer passar.
Com isso consegue romper o paradigma que o PSDB vem adquirindo
ao longo dos tempos de elitização,
através de discursos rebuscados, abordando temas que muitos acreditam ser
distantes da realidade cotidiana da população. Ele consegue essa aproximação de
forma simples. E dentro do PSDB, hoje bem poucos conseguem manter essa
interlocução com a população através de discursos, entrevistas etc. Muitos só o
fazem em momento eleitoral.
Essa é uma grandiosa
característica dele, que o aproxima muito de FHC, que também tem essa
capacidade de aproximação popular, mesmo com toda a sua intelectualidade.Isso resulta
em confiança do eleitor. Algo que os futuros coordenadores de campanha dele não
devem perder de vista.
Outro ponto interessante do
livro e que destaco aqui, até pelo fato do Pestana ser novamente candidato em
2014 (basta saber em qual cargo) é sobre os royalties do petróleo e educação.
Recentemente a onda anti tucano em Juiz
de Fora espalhou nas redes sociais que o deputado votou contra a educação, ao
aprovar o projeto sobre os royalties.
Para encurtar a conversa,
distorceram os fatos e a verdade, o voto não foi contra a educação, uma vez que
o projeto votado não se referia a educação, não dispunha que os royalties não seriam
empregado na educação, mas dividido a todos os estados. Assim para afirmar que
ele votou contra educação, precisam de um bom argumento, haja vista que o livro
do mesmo tem artigos de discursos dele defendendo a educação, defendendo
maiores investimentos na educação.
O projeto que não votaram
que defendia os royalties para a educação não foi votado por apresentar partes inconstitucionais.
E o voto do deputado foi de acordo com o que ele já vinha defendendo, bem antes
da votação e que também está em seu livro.
Bem como futuro candidato,
possivelmente (aguardemos) para o governo de Minas, já posso prever que a
oposição irá pegar justamente essa votação para tentar bombardeá-lo. Se ele
tiver uma boa assessoria agora, se safa bem, antes que a mentira seja tão
reafirmada que chegue a se tornar verdade. Logicamente pegarão a relação do que
ele propôs ou não, e ainda o fato de ter alguém de sobre nome Pestana envolvido
no esquema das empresas de tratamento de resíduos de saúde.
Mas isso tudo fará parte do
processo eleitoral, se bem trabalhado a partir de agora, os resultados depois serão bem maiores.
Assim posso concluir que Pestana tem sido o único político da atualidade a afirmar publicamente e a lutar pela reforma partidária. Buscando resgatar a força da juventude, e a aproximação do partido com o eleitorado, através de ações, debates, discursos, artigos (como o último artigo dele publicado "Mais gastos com o Estado, menos com a sociedade" Algo que está faltando em todos os partidos e políticos.
[1]
Refiro=me a antiga esquerda brasileira
pelo fato de não existir em termos prático mais essa dicotomia esquerda e
direita, penso que o correto hoje seja
falar em posição e oposição. Em termos partidários nem falar em socialistas, comunistas e
neoliberais se torna tão coerente,
exceto por raros partidos como PCB.
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