Páginas

Pesquisar este blog

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O Crack da bolsa e o Bolsa do Crack


 Em 1929 o mundo sofreu com os resultados do Crack da Bolsa de Nova York,  que a grosso modo podemos resumir como sedo a crise de superprodução nos EUA em 29, no pós guerra empresas tiveram uma queda de demanda,  ocasionando queda bruscas  na bolsa de valores de empresas, o que gerou uma instabilidade econômica em todo o Estados Unidos e no mundo, já que o país parou de importar produtos, no Brasil o  reflexo levou o nome de “crise do café”. (para saber mais sugiro uma simples pesquisa em sites de buscas sobre a crise de 29 ou crack da bolsa de Nova York)

Agora em 2012 temos uma nova crise, ainda não propagada no mundo, mas de foco brasileiro, e que pode também ser considerado de superprodução: superprodução de marginais, delinqüentes, vândalos, criminosos ou de simplesmente dependentes químicos, em especial do crack. Isso graças ao bolsa do crack, como está sendo chamado  o auxílio “tratamento” da dependência química adotada por alguns estados e município, a partir do subsídio dado pelo governo federal para o combate à droga (especial o crack).

Em Minas Gerais foi criado um programa de  ajuda aos dependentes químicos, o qual é disponibilizado R$ 800,00 de auxilio ao tratamento, embora tenham divulgado (espalhado na Internet na mais perfeita boataria) que o programa pagaria esse valor às famílias, na verdade esse é o valor mensal disponibilizado por pessoa ao tratamento. No entanto, a família só receberá R$90,00 o restante iria diretamente para clínicas cadastradas para o tratamento do dependente químico.

Inicialmente somente Juiz de Fora e Teófilo Otoni estariam contemplados para o programa, ainda em teste, e as famílias deveriam ser cadastradas, e  iriam verificar a necessidade. Me comprometo escrever separadamente a respeito, pois se  relatado aqui, o post virará um livro.

Ficou ai a dúvida: seria  mesmo uma preocupação e criando  uma alternativa paliativa de ação, ou uma programa que beneficiaria alguém? Nãos e sabe, voltarei a estudar e a refletir e retornarei no assunto.

Outras cidades estão já criando programas semelhantes, ancorados no programa “Família Acolhedora”, programa que paga famílias que acolhem crianças (menores de idade) em situação de risco. Um exemplo, é o Rio de Janeiro conforme publicado hoje no Jornal O Dia. O vice prefeito eleito, diz que criará o “bolsa contra crack”, que  dará um benefício ($$$) aos usuários adultos em tratamento ambulatorial (que não necessitam de internação), a partir de janeiro.

O fato que a ajuda de custo não garante tratamento, nem mesmo minimização de danos, ou similares. Tão pouco uma política eficaz, que pode agravar ainda mais o caso. Ainda mais quando sabemos que esses cadastros de “bolsas’ sempre tem fraude, sempre tem um se aproveitando da situação.

O que pode acontecer é a superprodução de  mais dependentes, de mais criminosos, de mais pessoas cometendo delitos por conta da droga.

Política de combate á dependência química não passa por oferecer dinheiro para  custear tratamento. Mas por oferecer serviços de saúde gratuitos, medicação, transporte (se necessário, quer seja, ambulância,  táxi, passe livre no transporte urbano ou interurbano), assistência social (favorecendo a ressocialização com alimentos, emprego, lazer, esporte, ou o que for necessário). Do contrário nem medida paliativa podemos considerar, apenas oportunismos através de assistencialismos baratos.

Nenhum comentário: