Eleitores
de Juiz de Fora voltarão às urnas em 28 de outubro para definir quem irá
administrar a cidade nos próximos quatro anos. Até lá teremos vinte dias de
longa caminhada, e pouco tempo de avaliação. Não se poderá esperar para avaliar
para depois colocar o bloco nas ruas, afinal o bloco já está nas ruas.
No
entanto é preciso lembrar que a dinâmica do segundo turno é diferente da dinâmica
do primeiro turno. Os candidatos que permanecem em campanha, agora ganham maior
evidência e todas as atenções se voltam apenas para eles. As pessoas envolvidas nas campanhas de candidatos ao legislativo, ficam mais livres,
e aquelas que votarão em candidatos que
não foram para o segundo turno começam a estudar as propostas, candidatos.
O
segundo turno então deve ser mais cuidadoso, a dicotomia favorece que pequenos
detalhes sejam percebidos mais facilmente, boatos e informações equivocadas sejam propagadas de
forma mais rápida,e a opinião pública tome decisões precipitadas.
É
possível reverter qualquer situação, mas para isso é preciso preparo,
organização e muito empenho. Para isto, ambos os candidatos que foram para o
segundo turno em Juiz de Fora terão de rever
e reestruturar os caminhos e estratégias para reafirmar votos
conquistados no primeiro turno e conquistar daqueles cujos candidatos saíram da disputa.
Tendo
em vista o desenrolar do primeiro turno
acredito que o maior desafio para Bruno e Margarida, em Juiz de Fora, será
conter os ânimos exaltados, o desgaste eleitoral e fazer uma campanha limpa:
limpa nas ruas, na Internet, na consciência, na ética, etc.
Bruno
a meu ver terá mais dificuldades quanto a isto, uma vez que a militância dele é
bem menos expressiva (e aqui não falo só de números),e a equipe de campanha parte de um conhecimento pré existente, teorias
prontas e não consegue criar uma
harmonia entre campanha, candidato e as circunstâncias que aparecem.
O
candidato em questão ficou em primeiro
lugar, com pouca diferença de votos para o segundo lugar, não por apenas mérito
dele (e não da campanha em si), mas também pelo desempenho dos demais, que
estiveram envolvidos em polêmicas, em situações duvidosas, sem que a equipe dos
mesmos conseguissem justificar de forma
a desmistificar equívocos, boatos, mentiras, etc.
Do
outro lado temos Margarida que já comunicou que está na Câmara dos Deputados,
pois devido aos resultados das eleições municipais em Uberlândia, e ela é
suplente do candidato que ganhou na respectiva cidade, mas falou que foca em Juiz de Fora. Isso poderá ser
explorado como competência e experiência, consequentemente associado como
capacidade. Assim como seu adversário,
possui uma equipe que comete alguns equívocos, e ainda soma os ânimos inflamados da militância movida a
paixões, algo complicado de se controlar Mas possui uma vantagem, seus
apoiadores que podem influenciar opiniões (médicos, advogados,
jornalistas principalmente) fazem bom uso dos instrumentos de comunicação para
passar confiança á candidata, e dar
veracidade aos fatos.
Enfim,
podemos concluir que o resultado do primeiro turno mostra que Juiz de Fora quis renovar nomes, então o discurso sobre
mudança e quem realmente representa novidade não cabe mais, até mesmo pelo
equilíbrio entre os dois em relação a votos, é perceptível isto. Então discutir sobre mudança e novo é banalizar o pleito. O
grande desafio será criar alternativas
de provocar um “desequilíbrio” entre os candidatos, desequilíbrio este que não deve ser entendido como apoio de outras coligações apenas.
3 comentários:
Liliam, ressalto que Juiz de Fora deu uma clara demostração que não aprova o projeto neo-liberal tucano.
Tanto Bruno como Margarida, são parte do mesmo projeto nacional, representado pela coligação PT-PMDB.
Isso terá impacto na proxima eleição presidencial, na qual Aécio deve vir candidato. No governo estadual e camara idem.
Este resultado tem um grande significado político. Na minha visão, a coligação DEM-PSDB saiu enfraquecida.
Sem dúvida, mas aqui não tratei desse prisma, pois deixarei para um próximo post, já com a definição do que o PSDB se comportará no segundo turno. preferi dar enfase so na significação do segundo turno frente ao comprotamento dos aprtidos e campanha deles em si.
A margarida tem que contar muito com a equipe dela mesmo, pq mesmo sendo tendo mestrado, doutorado e bla bla bla...fala muito mal, nao passa credibilidade NENHUMA, fica gaguejando o tempo inteiro. SEM CHANCE! Esta fazendo a campanha nas custa da "fama" do PT Lula e DIlma
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