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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Trocando amiúde o vídeo




Há quatro dias postei aqui no blog o texto “Pestana em 45 segundo”. O texto se referia a um vídeo, no qual o deputado discursava num comício durante as eleições municipais da cidade de Pequeri em 2012. O vídeo foi divulgado na Internet com intuito de divulgar que Marcus Pestana durante o discurso incentivava a venda de votos.

Não se pode negar  que, de certa forma, houve sim um incentivo de votos. Porém o contexto não era exatamente este, e trouxe uma espécie de mensagem subliminar. É preciso antes de falar a respeito, que campanha eleitoral não é algo pontual,  mas  parte de um processo. Assim o vídeo não pode ser descontextualizado, e apenas apontar que houve incentivo em compra de votos.

A primeira consideração é que o comício se deu numa cidade cuja disputa estava bem polarizada, embora existisse um terceiro candidato. É importante considerar o descontentamento da cidade com relação à atual gestão, a qual tentou reeleição. E em cidade pequena é possível saber isto facilmente. Assim bastava a oposição estudar um bom nome e assim vencer as eleições.

Já nas primeiras pesquisas a campanha de Pequeri começou a se delinear de forma não muito favorável a posição. Assim eles precisavam se armar. Só que a posição é tucana. E o PSDB é um partido extremamente articulador, que provoca o adversário, mas de forma discreta, bom de discurso e convencimento. Atacam, mas não de forma escachada, criam situações não de forma muito clara. E assim conseguem reverter a situação  a seu favor.

A intelectualidade é marca registrada também dos tucanos, eles jamais “cairiam no braço”,  soltam uma  “piada”, algo no ar, para os adversários caírem e assim conseguem manipular a situação de forma a colocar o adversário em maus lençóis. O exemplo mais  público disso foi o que o Aécio fez com Dilma.

E não foi diferente com relação ao vídeo citado no início do texto. Pestana falou para não venderem a consciência no início, mas depois diz que se tiver apertado até aceita o dinheiro, mas votar no Raul. Ora vejamos  ele falou não em tom interrogativo, mas afirmativos, dando certeza. E pediu para votar no Raul, enganando o comprador. Raul era candidato a prefeito, e sé ameaçava verdadeiramente a um candidato nas urnas. Veja, ele fala para aceitar e votar no Raul, quem poderia gastar dinheiro para isso? A população correria para tentar ganhar o seu e eles pegarem um baita furo. Ou então poderiam apenas desistir de votar em Joaquim por corrupção.

Mas o que deu errado para eles não ganharem? Eles se esqueceram da elitização intelectual... nem todos captam o discurso deles. Mas são bons e melhores no que fazem.

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