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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A polêmica da carta aberta



 Se a população de Juiz de fora fosse tão empenhada a criar polêmicas  sobre  assuntos realmente relevantes para a sociedade quanto que cria para pequenos assuntos, estaríamos como referência nacional.

No dia de ontem circulou pelas redes sociais uma carta aberta solicitando informações ao Profº Márcio Guerra sobre relatos  que circulavam na rede há algum tempo, e ontem com mais fervor.

A carta foi redigida por um jornalista e compartilhada por mim e outras pessoas. No entanto, o professor citado para ESCLARECIMENTOS, se ofendeu, assim como a militância do Partido dos Trabalhadores. Acusam as pessoas que fizeram circular a tal carta e quem a elaborou de estar acusando o professor e jornalista de irregularidades eleitorais.

Infelizmente  entenderam dessa forma, porém ele foi apenas citado e não tido como culpado, algo que está bem explícito, e os fatores de ter sido citado são:

- Diante das denúncias virtuais (popularmente conhecidas como “boatos”) envolvendo a produtora da UFJF, certamente  que iriam associar a figura do professor , que trabalha em tal departamento, com o fato, prejudicando não apenas a candidata e o respectivo partido, mas  diretamente ao professor. Ora,  o professor precisava se defender disso não é mesmo? Muitas vezes o silêncio é interpretado pelos outros como  consentimento. E isso não é legal, as vezes a pessoa pode apenas não ter lido a respeito, e a carta serviu desse alerta.

- a carta pede informações sobre relatos da não remuneração de profissionais da área ( no caso jornalismo, marketing, etc) que atuaram na campanha da candidata do PT. Havia e há os relatos nas redes sociais. De profissionais alegando que não receberam. Logo pede a confirmação ou não para sanar as dúvidas, fofocas, etc. Assim o professor foi citado não pro ele ser o responsável pelo  pagamento, mas por ser jornalista, e assim não iria mentir para prejudicar colegas. E ainda por participar da campanha de Margarida Salomão como assessor de imprensa, coordenador de campanha, não haveria pessoa melhor para  esclarecer  e informar sobre os fatos reais.

Márcio Guerra é um profissional reconhecido, sério, ético, idônea e não iria abalar isto por conta de uma campanha. Logo se acreditou, e acredita-se, que uma declaração do mesmo seja o suficiente para sanar todas as especulações, dúvidas e, informações desencontradas que possam estar circulando. Como de fato aconteceu, após a resposta dele desmentindo o não pagamento  de equipe e  uso da produtora da UFJF.

Diferentemente da declaração de um militante que pode ser movido a paixões e achismos, que embora  esteja envolvido com a campanha, não  responde  pela mesma. Assim como de apresentadores ou outros profissionais ligados que  as vezes não tem responsabilidade, e nem tempo para saber de tudo que acontece numa campanha. Por isso  a busca por informações com a pessoa certa, para acabar de vez com essas questões que embora não contribuem para o debate, pode influenciar sim numa campanha.

Sendo assim, se torna incompreensível a mim, a raiva/fúria do mesmo sobre o conteúdo da carta, ainda mais considerando quem redigiu foi um colega dele de profissão, pó isso não utilizou palavras solicito, boatos, dentre outras mais populares. Além disso, a exteriorização da mesma se faz necessário, pois é de interesse da população saber sobre os fatos, em quem está votando: se em candidato que não respeita as leis eleitorais, ou naquele que respeita e ainda mostra à sociedade  que está com a verdade sem se ofender com qualquer boato que surja.

Até porque a carta tratou de um pedido de informação, e não uma ameaça ou acusando-o de tais práticas relatadas. Infelizmente não há como solicitar informações sobre algo sem relatar do que se trata, ainda mais sobre campanha eleitoral, na qual pipocam informações diversas, positivas ou não sobre determinado candidato, a todo instante. Se pedíssemos (no plural, porque a sociedade quis saber, e não apenas a pessoa que redigiu) para explicar as informações que circulam poderia ser “n” coisas, a visita do Lula, resultado de pesquisa, possibilidade de virada,  possibilidade de redução linear de IPTU, benefícios aos bancos com redução tributária, dentre outros e ainda os  temas abordados na respectiva carta aberta.

Para finalizar devemos lembrar que pedido de informação não é crime, e que a presidente do TSE, Cármen Lúcia Antunes Rocha, “defendeu nesta terça liberdade total de expressão, inclusive nas redes sociais, e afirmou que os cidadãos têm o direito de receber informações sobre tudo o que se passa durante as campanhas eleitorais.” (http://campanhaeleitoral2012.com.br/campanha-politica-2012/liberdade-de-informacao-nas-eleicoes-e-defendido-pelo-tse/) lembrando que a liberdade total de expressão devem estar  amparadas na constituição, código penal, e regras especificas de cada site, no caso da Internet.

Diante do exposto não há porque ter processo de crime.

LINK DA CARTA ABERTA + RESPOSTA DO PROFESSOR MÁRCIO GUERRA


Em tempo:

Sites de referência da função do Márcio Guerra na  campanha de Margarida e de suas funções na UFJF


Relato:

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