Páginas

Pesquisar este blog

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Onde está a amizade do PT- JF com Lula e Dilma?


Achei bastante interessante a discussão sobre arrecadação dos partidos na campanha eleitoral de 2012 publicado hoje no Jornal Tribuna de Minas

A primeira coisa a se falar é sobre o repasse de dinheiro aos diretórios municipais pelos diretórios nacionais, esse dinheiro é do fundo partidário, repassado aos partidos pela União, de acordo com a bancada da câmara de deputados. Então se um partido tem mais deputados federais que o outro, ele acaba tendo maior repasse. O dinheiro que a União repassa para os partidos como fundo partidário é dinheiro público! Assim se torna errado dizer que preferiu investir em campanha do que em saúde, segurança, etc. O dinheiro é do partido e não municipal para se investir em obras, em ações para a cidade. E para mudar isso somente com uma reforma política.

Acho relevante citar alguns aspectos da reportagem, até em comparação ao que os candidatos e seus respectivos partidos e coligações apresentam nessa campanha. Quando acompanhamos  de perto as campanhas e não apenas o material distribuído  ou de divulgação conseguimos entender  os altos gastos. Não que ache isso correto, mas entende-se onde vai tanto dinheiro, pois se formos comparar apenas a campanha que vemos nas ruas, TV, ouvimos no rádio etc. A campanha é nivelada aos três primeiros candidatos, não há nada de extraordinário, de muito diferente. Mas quando começamos a ver além (comitê, estrutura deste, dentre outras muitas coisas) percebemos que o gasto não é tanto assim.

Vejamos o PSDB fez 17 reuniões temáticas num hotel na região central da cidade e ofereceu um “coffee break”. Isto não sai barato. O lançamento do programa de governo foi, também num hotel. Oferece  uma espécie de lan house a quem quiser usar em prol da campanha (embora  não saiba do interesse de ninguém a não ser o próprio pessoal deles, que segundo informações são pagos – não sei ), por sua vez existe as máquinas e o pagamento do acesso a internet. E assim segue os demais candidatos, só dei o exemplo do PSDB por ter sido o que mais gastou.

Outro aspecto da reportagem que acho bastante  interessante é quanto as doações dos três primeiros candidatos nas pesquisas. O PMDB é o único cujo  o maior doador é o próprio partido. Enquanto o PSDB apresenta o próprio partido como maior, porém apresenta também doações de empresas (empresários). Já o PT tem como maior doador, empresas e não o próprio partido. Estranho isso não?

Logo o partido dos trabalhadores que prega a moralização política,  diz ser absurdo aceitar dinheiro de empresários, recebe doações de empresas? Ora para uma empresa doar, não basta o gerente querer ou o caixa do supermercado, o dono da marca, o presidente tem que querer não é mesmo? E o mais estranho uma mesma empresa  financiando dois candidatos...

Mais estranha a situação fica quando o próprio partido não entra como maior doador, pois optaram por investir mais na campanha da capital do que de Juiz de Fora. Diga-se de passagem, que um dos discursos  do PT é que a candidata tem influência junto ao PT Nacional, é amiga de Lula, de Dilma, e  conseguiria  mais recursos e parderias para a cidade. Ora não conseguiram  nem para a campanha, do próprio fundo partidário, vão conseguir da União para a cidade?

Vale destacar ainda a declaração de previsão de gastos com campanha pelo PT em torno de  10 milhões de reais, acho que isso foi por água diante da  escolha do partido em priorizar Belo Horizonte. Talvez isso justifique o BOATO que corre pelas redes sociais (nada confirmado, mas também não desmentido)  de que o partido não está pagando pessoas que estão trabalhando para eles. Ai, se quiserem cumprir tudo o que pretendiam terão mesmo que fazer muita feijoada, algo também não citado pela reportagem.

Nenhum comentário: