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sábado, 15 de setembro de 2012

Dos absurdos e desconhecimento eleitoral digital


Sei que já venho falando desse tema ao longo das minhas últimas postagens, sei também que as vezes fica parecendo que quero apenas criticas. Isso mesmo, estou criticando e não atacando. Quando aponto falhas estou, na verdade ajudando, os mais espertos aprendem, os que não querem ficam apenas com raiva, desdém.

Não sou santa, ou faço o tipo de moral ou politicamente correta. Apenas compartilho com todos os que queiram o que aprendi, não em cadeiras acadêmicas, ou apostilas, mas na prática, errando, buscando, ouvindo o outro, sabendo perdoar e pedindo desculpas. É preciso humildade, mais do que no nosso dia a dia fora da Internet para reconhecer que não sabemos tudo, e que sempre podemos aprender ainda mais.

Digo que é preciso ter humildade pelo fato da Internet ter dado a muitas pessoas a sensação de poder, liberdade, de que é possível fazermos qualquer coisa sem que ninguém saiba, se beneficiar com o anonimato e uma possível impunidade. As coisas não são bem assim, a Internet não é uma ilha deserta, e tudo que acontece fica registrado, e não só na máquina do sujeito.

Muitas pessoas também acreditam que a internet é terra sem lei. Podemos, no Brasil, não termos leis específicas de internet, no entanto, isso não quer dizer que se possa fazer qualquer coisas. Todas as demais leis existentes regem e abarcam a demanda necessária para o meio virtual.

Agora na época eleitoral é possível verificarmos absurdos e uma totalmente falta de desconhecimento nas postagens de militantes, cabos eleitorais e simpatizantes de vários candidatos. Os mais comuns são aqueles com uso indevido de imagem, uso indevido de conteúdos protegidos por propriedade intelectual, e que são burlados de forma livre.

As piores situações são os modismos de usarem imagens de personagens, chavões para parecerem engraçados ao atacarem o adversário, e cair nas graças do eleitor. Lamentável, associar a figura de uma pessoa, um personagem à algum candidato, quer seja positivamente ou negativamente. Muitos acreditam que possam estar ajudando algum candidato, mas acabam prejudicando, uma vez que se houver denúncia quem arcará com o prejuízo não será quem fez a montagem (imagem, música, vídeo), mas o candidato.


Uma situação que exemplifica bem isto foi o uso da imagem de John Lennon contra um candidato. Será que seria da vontade de quem detém os direitos autorais e de imagem do mesmo a associação dele à política ou a determinada psotura? Outra situação foi o uso da imagem de Miguel Falabela (enquanto o personagem Caco Antibes), em uma postura discriminadora e preconceituosa para atacar um partido. Será que o artista concorda com tal atitude?

É preciso saber que mesmo de forma anônima é possível saber a origem da postagem, não só pelo ip. Por exemplo, um vídeo publicado diretamente no Facebook (sem ser pelo youtube) é possível de se rastrear sem precisar baixá-lo ou ter o IP da pessoa. Mas através do link, local de origem. 

Outra situação muito comum são as buscas. As pessoas buscam por informações, “furos”, “bombas”, e pensam que a forma que fazem a busca fica apenas registrada em suas mentes... Ledo engano. Essa semana ao verificar as configurações do meu blog encontrei nas estatísticas duas buscas me intrigaram: Custodio Matos doente e Lilian Gonçalves presa.

É o desconhecimento sobre como realmente funciona a Internet é que levam as pessoas a cometerem absurdos, e alguns não são nem um pouco engraçados.







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p.s 1: será que se eu realmente não incomodasse pessoas iriam pesquisar sobre Lilian Gonçalves presa? 
Ok facilito o trabalho de vocês





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