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domingo, 30 de setembro de 2012

Decifrando os enigmas das palavras nos golpes políticos


Impressionante como em tão pouco tempo tantas pessoas estejam se inquietando com o panorama político! Isso é ótimo, ainda mais quando não preciso de usar de falsas modéstia e dizer que o título do meu blog tem servido de inspiração a muitos  para iniciarem seus textos e observações. Embora algumas inspirações nem tão positivas e coerentes, mas talvez depois de  cinco anos se inquietando consigam aprender alguma coisa, assim como eu aprendi ao longo de quase cinco anos de blog  Inquietações, e como aprendi...

No entanto, o verdadeiro enigma das palavras nos golpes políticos não se resume a um achar meu que estão usando a palavra inquietações por conta do meu blog. Mas se insere do uso inadequado da palavra nas campanhas de forma a manipular a opinião dos eleitores, mascarando a verdade, e esquecendo o bom senso, a razão.

Os discursos movidos a paixões, que se assemelham ao fanatismo, e aliado ao desconhecimento em redes sociais (desde os instrumentos até a dinâmica) se confundem com o desespero. E o que lemos é o retrato da vulgarização da campanha eleitoral digital.

Essa última semana aconteceu  aberrações nessa dita campanha digital, que na verdade não é muito diferente das campanhas tradicionais, as equipes que coordenam  as campanhas apenas entendem as redes sociais como mais um meio di divulgação de seu candidato, e não como uma instrumento  de informação, de debate, de inserção de consciência política. Em termos anatômicos seria mais um furo na orelha para mais um adorno, ao invés de um pé que ajuda a um melhor deambular.

A aproximação do pleito eleitoral faz com que a corrida pela liderança nas pesquisas, e que o candidato defendido seja eleito, leva militantes, cabo eleitorais e simpatizantes a situações extremistas, de um apelo descabido, a ponto de ameaçarem, falarem mal deliberadamente, usarem palavras chulas  e a criar situações inexistentes.

Semana passada a necessidade de deixar o nome de um candidato no top dos grupos e a denegrir a imagem dos demais adversários do mesmo, fez com que um militante do PT bloqueasse  administradores de um grupo, para que pudesse postar o que quisesse, fazendo spam, sem ser lido pelos administradores. Ele só se esqueceu que o Facebook fornece o número de comentários num post, e é perceptível saber assim que há comentários que não se consegue ler. Outro recurso para se saber é lendo comentários, as vezes a pessoa é citada e você não a lê, ou mesmo se não citada a descontextualização de comentários.

Mas bloquear pessoas para não ser lido e fazer spam, é brincadeira de criança se compararmos ao debate  sobre o programa de Bruno Siqueira sobre a varrição e capina nos bairros e que Custódio manipulou as imagens de forma a se favorecer, colocando-se de vítima na história e colocando Bruno como mentiroso. Denominação esta amplamente  divulgada pelos cabos eleitorais do social democrata nas redes sociais. Na minha opinião ambos agiram de má fé, utilizando-se do mau uso das palavras, um não explicando amiúde do que se tratava, e o outro  “pinçando” informações para  que a crítica proferida pelo outro virasse a seu favor. O pior que pessoas falaram que quem mentia não era o que manipulou a informação a seu bel prazer.

Mas os enigmas das palavras não param por ai, e tão pouco os golpes  políticos. Num próximo post estarei falando em especial sobre uma divulgação feita uma cabo eleitoral do candidato social democrata, que afirma que Bruno Siqueira ignorou a informação de irregularidades  numa empresa para receber doação para sua campanha em 2008. Mais uma vez uma informação equivocada, tendenciosa para manipular a opinião dos eleitores.






Porém esse não foi o fim das bizarrices. Um jornalista conhecido na cidade que apóia a candidata do PT faz uso de uma expressão neo nazista para conclamar a  militância do partido da candidata, que defende e apresenta seu programa  político, para atacarem simpatizantes do candidato adversário, e ainda acredita que esteja correto em sua postura.

Como tudo que está ruim tende a piorar, militantes agora afirmam que o abaixo assinado de professores e servidores da UFJF apoiando Margarida é para calar a boca de #@#$%@* que espalham MENTIRAS sobre a administração de Margarida enquanto reitora da UFJF. Bom se falar que ela foi representada pelo Ministério Público para explicar irregularidades encontras na auditoria realizada pelo Ministério da Saúde é  mentira, então devem xingar não pessoas que comentam sobre o processo, mas sim o MP.

Situações como estas só reforçam que de nada adianta contratar empresas para marketing digital, as mesmas ainda estão amadoras na dinâmica de rede. Além disto, demonstram que estamos bem longe de perceber a Internet como um instrumento modificador, de conscientização.

Para finalizar vale dizer que utilizam de palavras para deturpar uma situação e assim configurando o enigma de palavras nos mais dissimulados e indecentes golpes políticos.

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P.s: O título deste texto me foi sugerido por uma pessoa enquanto conversávamos sobre o uso da palavra "inquietações", num post e no tal panfleto que já escrevi aqui sobre o mesmo.

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