Minha resposta foi: pode definir
sim, se for bem utilizada. Mas este não é o caso de Juiz de Fora. No entanto
não se pode abandonar esse meio, é ir à contramão de dados relevantes, como 18% dos votos
nessas eleições virão de nativos digitais. No entanto só conquistará esses
votos o candidato que souber usar a Internet como um instrumento e não como uma
arma contra sua própria cabeça, e é exatamente isso que observamos.
Um campo que poderiam unir
informação, relacionamento, diversão, se transformou palco de vários crimes:
difamação, plágio, ameaça, injuria, assédio moral, crime eleitoral dentre muitos
outros que juntos compõem
uma situação que configura cyberbullying.
O grande problema disso tudo é
que nas redes sociais onde ocorre a maior parte dos crimes, os servidores são internacionais, e dificulta denúncias, por exemplo. Por outro
lado a ignorância das pessoas sobre o uso da Internet.
Parece que há o sentimento de impunidade,
que somente golpes financeiros, invasão de computador, e pedofilia são crimes virtuais. Mas não é
verdade e bem poucos sabem disso. Por outro lado as pessoas ganharam notoriedade, muitos
seguidores, podem adicionar muitas pessoas e terem o sentimento de serem
populares, são lidas, e reverenciadas, algo que a imprensa tradicional (impressa, rádio e TV) não
permitia, e não permite por limitação de espaço e tempo.
Assim muitos perdem a noção do
certo e errado lícito ou não. E acham que tudo é o verdadeiro oba oba. E
assim podemos verificar o comportamento
de muitos em algumas situações:
- O PT entrará com uma representação contra o
candidato do PMDB em Juiz de Fora, sob alegação de plágio em programa
eleitoral. Acusam o candidato mineiro de plagiar o programa do petista da
capital paulista. O engraçado que no mesmo dia
um texto meu, daqui do blog foi
plagiado no mesmo espaço que avisaram da representação citada, sem nem
ao menos me darem o devido crédito. Lógico que fiz a devida denuncia ao site
onde fui plagiada e tomarei as devidas providências, já de posse de todas as provas. Vale destacar
que o administrador de onde ocorreu o plágio ignorou minha solicitação de
exclusão!
- Em outra ocasião um candidato a
vereador pelo PT após me ofender, e
fazer spam (que é proibido pelo Facebook) foi expulso do grupo o qual administro
com outras pessoas, ainda veio e em ameaçou de me processar... Ameaça é o que?
- Por várias vezes em outros
grupos meu posicionamento, vários textos aqui foram ridicularizados, eu chamada
de louca, com sérios problemas, tudo por emitir minha opinião sobre a
política... CYBERBULLYING!
- O mais comum deles é a criação
de fakes (perfis falsos), criados com intuito de gerar polêmica, difamar, etc.
Muitos crimes são cometidos, isso
mostra que a sociedade não está preparada para essa nova ferramenta. E neste patamar não excluo os partidos, as
equipes de coordenação de campanha eleitoral, nem mesmo empresas de publicidade e marketing
contratadas.
Percebemos que muitas
fazem spam, respondem pelos
perfis dos candidatos e não assinam como
assessoria (falsidade ideológica e é proibido o uso de perfis por terceiros em
muitas redes). A falta de ética, escrúpulos é generalizada.
Além disso, é
responsabilidade dos partidos, das
equipes prepararem a militância, para isso é preciso conhecimento no meio, pelo
menos um analista digital, que muitas vezes pode ser um analista de marketing
digital, o que não pode ser confundido com marketing digital.
Infelizmente estamos longe de
termos uma campanha ética, limpa, sem interesses obscuros permeando os interesses coletivos. Talvez quando
conseguirmos ao menos reconhecer o que seja crime, e passar a
respeitar o próximo, ou ainda quando descobrirem que uma campanha verdadeira se faz conquistando pessoas e não
pagando, que a real disputa é de propostas e não de ego, a Internet possa vir
determinar alguma coisa. Pois ainda está sendo subestimada.
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