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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Crime Eleitoral Virtual

Há alguns dias conversando com um jornalista ele me perguntou: Você acha que  a Internet  definirá  eleição?

Minha resposta foi: pode definir sim, se for bem utilizada. Mas este não é o caso de Juiz de Fora. No entanto não se pode abandonar esse meio, é ir à contramão  de dados relevantes, como 18% dos votos nessas eleições virão de nativos digitais. No entanto só conquistará esses votos o candidato que souber usar a Internet como um instrumento e não como uma arma contra sua própria cabeça, e é exatamente isso que observamos.

Um campo que poderiam unir informação, relacionamento, diversão, se transformou palco de vários crimes: difamação, plágio, ameaça, injuria, assédio moral, crime eleitoral dentre muitos outros que  juntos  compõem  uma situação que configura cyberbullying.

O grande problema disso tudo é que nas redes sociais onde ocorre a maior parte dos crimes, os servidores são internacionais,  e dificulta denúncias, por exemplo. Por outro lado a ignorância das pessoas sobre o uso da Internet.

Parece que há o sentimento de impunidade, que somente golpes financeiros, invasão de computador, e  pedofilia são crimes virtuais. Mas não é verdade e bem poucos sabem disso. Por outro lado  as pessoas ganharam notoriedade, muitos seguidores, podem adicionar muitas pessoas e terem o sentimento de serem populares, são lidas, e reverenciadas, algo que a imprensa  tradicional (impressa, rádio e TV) não permitia, e não permite por limitação de espaço e tempo.

Assim muitos perdem a noção do certo e errado lícito ou não. E acham que tudo é o verdadeiro oba oba. E assim  podemos verificar o comportamento de muitos em algumas situações:

- O PT  entrará com uma representação contra o candidato do PMDB em Juiz de Fora, sob alegação de plágio em programa eleitoral. Acusam o candidato mineiro de plagiar o programa do petista da capital paulista. O engraçado que no mesmo dia  um texto meu, daqui do blog foi  plagiado no mesmo espaço que avisaram da representação citada, sem nem ao menos me darem o devido crédito. Lógico que fiz a devida denuncia ao site onde fui plagiada e tomarei as devidas providências,  já de posse de todas as provas. Vale destacar que o administrador de onde ocorreu o plágio ignorou minha solicitação de exclusão!







- O PSDB num ato de desespero, ou desconhecimento colocou várias pessoas (bem mais de dez) transformou um grupo em um mural de candidato, mesmo com algumas pessoas reclamando insistiram. Deixaram claro em comentários que  postavam o que querem, mesmo  sendo plágio, fala de alguém sem  apresentar a respectiva fonte. Ou afirmam que não estão ali para debater nada (em pleno grupo de discussão?). ai são comunicados da dinâmica, insistem, ai são expulsos, e ainda querem estar com a razão: utilizam mensagem privada, meu mural e outros grupos para me difamar, e dar margem para outros o fazerem, mas  reconhecer o erro neca. Isso é cyberbullying

- Em outra ocasião um candidato a vereador pelo PT após  me ofender, e fazer spam (que é proibido pelo Facebook) foi expulso do grupo o qual administro com outras pessoas, ainda veio e em ameaçou de me processar...  Ameaça é o que?

- Por várias vezes em outros grupos meu posicionamento, vários textos aqui foram ridicularizados, eu chamada de louca, com sérios problemas, tudo por emitir minha opinião sobre a política... CYBERBULLYING!

- Hoje uma pessoa por fazer uma analogia entre um ex presidente e um candidato à prefeitura sofreu assédio moral por parte de militantes do candidato à prefeito pelo PMDB que se sentiu lesado pela associação. A ponto de o camarada ligar para o trabalho da pessoa para que  o patrão a fim de que ela se calasse,  mesmo pedindo desculpas, o mal já tinha sido feito. 

- O mais comum deles é a criação de fakes (perfis falsos), criados com intuito de  gerar polêmica, difamar, etc.

Muitos crimes são cometidos, isso mostra que a sociedade não está preparada para essa nova ferramenta.  E neste patamar não excluo os partidos, as equipes de coordenação de campanha eleitoral, nem mesmo  empresas de publicidade e marketing contratadas.

Percebemos que  muitas  fazem spam,  respondem pelos perfis dos candidatos e não  assinam como assessoria (falsidade ideológica e é proibido o uso de perfis por terceiros em muitas redes). A falta de ética, escrúpulos é generalizada.

Além disso, é responsabilidade  dos partidos, das equipes prepararem a militância, para isso é preciso conhecimento no meio, pelo menos um analista digital, que muitas vezes pode ser um analista de marketing digital, o que não pode ser confundido com marketing digital.

Infelizmente estamos longe de termos uma campanha ética, limpa, sem interesses obscuros permeando  os interesses coletivos. Talvez quando conseguirmos  ao menos  reconhecer o que seja crime, e passar a respeitar o próximo, ou ainda quando descobrirem que uma campanha  verdadeira se faz conquistando pessoas e não pagando, que a real disputa é de propostas e não de ego, a Internet possa vir determinar alguma coisa. Pois ainda está sendo subestimada.

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