Já era de se esperar que Bruno
respondesse à candidata do PT que de forma maliciosa citou processos que os outros principais adversários
tinham o nome envolvido conforme apresentei aqui no blog. Digo que ela foi maliciosa,
porque bastava ela esclarecer sobre aquilo que lhe compete sem a
necessidade de atacar ou pelo menos citar os demais adversários.. Mas já que
preferiu o fazer, que pelo menos esclarecesse à população sobre o que se
tratava os processos, o que era fácil pelo próprio site que ela (ou equipe) citaram como referência.
Ora utilizar esses recursos de “se
quiser vai buscar”, sabendo que grande parte não [é familiarizada com sites,
buscas e linguagem jurídica é muito
fácil, e mais fácil de manipular a opinião pública.
Mesmo assim o PT não se privou
desse direito (ou seria estratégia?), abrindo espaço para os demais apresentarem suas justificativas, explicações
e de certa forma desmentir, ou desmistificar aquela maquiagem feita. E foi isso
que Bruno Siqueira fez.
Ontem em seu site respondeu à provocação.
Apresentou mais detalhadamente sobre os dois processos que tem o nome
envolvido, conforme eu já havia colocado aqui a respeito. Explicou ainda sobre
o processo que envolve o nome de seu pai.
Porém o tom de Bruno não foi tão
amistoso, iniciou sua resposta colocando que “tem candidata tentando confundir
vocês”. Acho desnecessário isso, ao
desmentir, ou esclarecer sobre do que se trata os processos, mostrando quais os
efeitos disso para a população, já mostra
quem foi malicioso, quem está com a razão e verdade.
Diz ainda, que por causa dessas
práticas ultrapassadas que ele decidiu se lançar candidato... Acusar o
adversário de tentar enganar a população
é uma prática ultrapassada. Tentar confundir a população com palavras, ou jogo de palavras de forma a
induzir um pensamento equivocado, também é uma forma ultrapassada.
E Bruno em sua resposta à
candidata do PT usou desse recurso, comum nas campanhas eleitorais de forma
passar uma mensagem equivocada. Na resposta há a seguinte expressão: “ A concorrente do PT, Margarida Salomão, foi
acusada pelo Ministério Público de improbidade administrativa e dano ao erário
no período em que foi reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). ”
A palavra acusada pode significar
imputação de culpa, denúncia ou processo que indica alguém como réu. Conforme a empregamos a compreensão muda de pendendo de quem houve. Quando uma pessoa ligada a área jurídica lê tal frase, ou alguém com uma boa interpretação de texto, ou mais
informada, compreenderá que a frase quis dizer que a candidata foi representada
pelo Ministério público, entrou com um processo indicando-a como réu. Ou seja,
o sentido que quem escreveu o texto quis dizer.
Porém uma pessoa mais simples
entenderá que ela já é culpada, já foi acusada. O uso do pretérito dá uma idéia
de finitude, de finalização, de algo que
já se resolveu e ela foi tida como culpada. Ficaria melhor se dissessem “está
sendo acusada”, ou representou contra a mesma, abriu um processo colocando-a
como réu, etc.
Mas os equívocos da resposta não
apararam por ai, logo a seguir da frase anteriormente citada, o candidato
coloca que “Na
ação, aceita esta semana pela Justiça Federal...” A ação
não foi aceita esta semana, mas sim dia 03 de setembro, o que aconteceu essa semana foi a publicação no Diário Oficial da União. Ora se foi
publicado no dia 24 de setembro de 2012, logo a decisão de acatar a
representação ou não, foi anterior ao dia 24, logo não foi esta semana.
Para
finalizar, acrescento que é importante
sim, essa resposta por parte do candidato. Principalmente explicar amiúde sobre
os processos citados pela candidata do PT. Além de questionar porque somente agora às vésperas
das eleições que trouxeram a tona tal processo. Porém ainda continuo achando
que a resposta deveria ser onde houve a provocação, ou seja, no site da
candidata via direito de resposta
fornecido pelo TRE.
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