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sábado, 1 de setembro de 2012

Banheiros públicos para incentivar comércio no centro




Na última sexta feira, dia 31 de agosto, li com surpresa sobre o título deste texto, porém uma pessoa, militante do PSDB, a atribuiu como fala do candidato Bruno Siqueira do PMDB, por ocasião de um encontro com os 'prefeitáveis” de Juiz de fora.

Estamos em épocas eleitorais, e bem sabemos que é costume no país implantar provas falsas, informações fragmentadas (pinçadas), processar pessoas de forma gratuita, dentre outras coisas. Como vi que o tema poderia se tornar polêmico, solicitei a mesma que citasse a fonte, já que ela postou a frase entre aspas. A citação da fonte tiraria dela e do partido a culpa por uma suposta invenção. Porém a moça não compreendeu, e me respondeu dizendo que ela poderia “dizer” o que quisesse, e se eu quisesse fosse procurar a fonte. Não entendeu minha atitude e para piorar desconhece lei de direitos autorais. O ocorrido se estendeu a outras esferas, culminando num quadro de cyberbullying contra mim. Mas esse é um assunto que tratarei depois.

Aqui vou falar sobre a frase posta: "Para incentivar o comercio no centro da cidade, só tem uma solução. Colocar mais banheiro público" by Bruno Siqueira



Conforme dito anteriormente, solicitei a fonte, e ainda para contextualizar a frase, retirar uma frase de uma fala de 20 minutos, é bastante pueril, e tendencioso, ainda mais depois que se sabe, como eu sei, que a intenção do PSDB é “massacrar” Bruno Siqueira no primeiro turno. Sendo assim qualquer situação pode se transformar facilmente numa polêmica.

Fui atrás de fontes para tentar contextualizar. Pois estava evidente que uma pessoa por mais ignorante que seja no tema desenvolvimento econômico, incentivo ao comércio, não iria colocar banheiros públicos como prioridade para estes, poderia sim citar uma série de situações, implementações que favorecem, e ai vale citar sim, meros detalhes.

Porém pouco se publicou a respeito, as reportagens eram mais generalistas, faziam um resumo do que os candidatos falaram, e nenhum vídeo do evento tinha sido disponibilizado, até eu esbarrar num único vídeo, justamente desse mesmo fragmento: Bruno falando dos banheiros públicos. Isto em um perfil fake chamado “Trolagem virtual”.

O mais interessante é que a pessoa que postou tomou o cuidado para não disponibilizar a origem do vídeo. É importante ainda lembrar que o evento foi para empresários, não havia militância. Não é preciso ser nenhum técnico para verificar que o vídeo não é amador, não foi feito de uma câmera de celular. Eu enquanto leiga percebi que o ângulo de filmagem foi excelente, próximo ao candidato; o áudio também de boa qualidade; a imagem não treme, como quando se grava de celular. Perguntando a um técnico de vídeo o mesmo me passou que certamente a filmagem foi de uma câmera profissional ou semi profissional, foi postado travando o link de acesso, 29.97 frames por segundo e que foi convertido para .SWF, isso comprova que não foi de celular.



Como o evento foi para empresários, no máximo devem ter liberado para a equipe de comunicação dos convidados, e tendo eles o direito a filmagem, ou os organizadores providenciaram uma equipe e disponibilizaram o vídeo depois, o que acho pouco provável, já que o evento foi na quinta feira, dia 30 de agosto, a noite, e o vídeo foi postado no dia seguinte as 17:40. diga-se de passagem nenhum candidato até agora (pelo menos não vi divulgação alguma) publicaram os vídeos do evento, mas sei que possuem.

Essa “historinha” serve para exemplificar que o aparato tecnológico é útil, deve ser usado, porém com propriedade, com conhecimento, utilizar para boçalidades dessas é banalizar demais o pleito eleitoral, é continuar subestimando a capacidade de discernimento da população.

Embora não tenha abalado em nada o candidato (Bruno), essa prática isolada de fragmentar um contexto e divulgar na internet não conquista a atenção das pessoas, que acabam perdidas na história: não sabem de onde veio para onde vai, e nem engraçado é. É algo tão boçal que na primeira lida dá para perceber que é mentira. Se fosse com um candidato desconhecido poderia até colar. Mas tentar fazer isso com um candidato que já foi vereador, diga-se de passagem mais votado da cidade, e atualmente é deputado eleito com mais de 40 mil votos, ou seja, não é desconhecido de ninguém, e muitos já conhecem seu trabalho, e sabe que até seus deslizes são em um nível bem mais elevado, é ser ignorante demais, é ridículo.

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