Essa semana minhas observações se
voltaram aos fakes ( perfis falsos usados em redes sociais para ocultar a
identidade real de uma pessoa). Geralmente os fakes são criados com intuito de
interagir, dizer as ditas “verdades”, ameaçar, debochar, dentre outras
atividades, porém existem aqueles criados apenas para espiar, no melhor estilo
Big Brother Brasil.
No período eleitoral, pelo menos
em Juiz de Fora, eles pipocaram em todos os cantos das redes sociais, ignorando a lei eleitoral
que proíbe o anonimato, quer seja de opinião ou
campanha propriamente dita. Isso pode gerar multa ao candidato
defendido, e à própria pessoa, que poderá ser rastreada pelo IP. Isso mesmo, o
anonimato é só aparente, pois se pode rastrear de onde vem.
Embora seja uma prática ilegal,
alguns simplesmente ignoram essa informação e abusam da prática, ignorando leis
e confiando de que as leis brasileiras para internet são inexistentes, e o que
nos respalda é falho, levando a um sentimento de impunidade, e que tudo pode.
Uns fazem de forma mais escancarada, ou seja, não fazem a mínima questão
de disfarçar que são fakes. Outros, no
entanto, tentam disfarçar.
Todas as redes sociais
possuem o mecanismo para denunciar
fakes, spam, fraudes. Porém trata-se de um recurso pouco utilizado pelas
pessoas que se incomodam com a presença de deles. Ai se insere a primeira
curiosidade do universo fake eleitoral: as pessoas se incomodam, mas não
expulsam do próprio perfil, ou do grupo, e, tão pouco, denunciam. E para
piorar, ficam discutindo, debatendo, brigando, reclamando com os próprios
anônimos. Às vezes reclamam de moderação, por exemplo, em grupos do Facebook,
reclamam com administradores de
permitirem fakes, mas sem muito sucesso e fica por isso mesmo.
Ai entra uma segunda curiosidade:
se o administrador não expulsa, mesmo sabendo que é prática ilegal, então, ele
tem algo a ver com os fakes, ou é conivente por beneficiar-se do que eles fazem ( por exemplo,
ter um grupo cheio).
Voltando às pessoas que reclamam,
ainda me intrigo com algumas perguntas: por que
ficar debatendo com algo/ alguém que por si mesmo não existe? Como a
maioria dos fakes defende um mesmo candidato, no caso do PSDB, será que um partido
que está querendo conquistar votos, e sendo quem são, iria se prestar a um
papel desses, correndo o risco de serem multados, ridicularizados e ainda marginalizados?
Mas não é só isso que ocorre no
Universo fake eleitoral. Parece que agora há uma mania entre os mais
incomodados pelos perfis falsos, trata-se de uma espécie caça aos fakes! Essa
caça aos fakes não se limita em adivinhar qual perfil é falso ou não, eles
ainda buscam a origem do fake, isto é,
de onde saiu a foto do avatar ( perfil) quando o mesmo não se apresenta com
alguma foto de paisagem, caricatura ou foto de personalidades, pessoas
conhecidas.
Agora parem e pensem o tamanho e
a variedade de perfis e sites que existem na Internet, sair buscando fotos de pessoas desconhecidas, para saber qual o perfil de
origem do respectivo fake, e sair postando em blogs, grupos que encontrou o site (ou outro perfil)
no qual foi surrupiado fotos para montar um perfil fake. Ah e quando pensarem,
pensem também em pessoas esclarecidas, trabalhadoras fazendo isso, e dando
desculpismo que existem ferramentas para
isso.
Ora ferramentas para isso se
chama rastrear os fakes, e isso sem ser a pedido da justiça é crime! Então fica
a última pergunta: será que quem acha a origem das fotos dos fakes (que utilizam
foto de pessoas comuns) são sortudas, ou invadem computadores sem autorização
em uma prática ilegal, ou elas mesmas que são os fakes?
Sinceramente não consigo
encontrar explicação para essa necessidade de mostrar a origem do fake, se o
importante é so saber que um perfil
é falso para ser ignorado, expulso,
bloqueado, denunciado, etc. E é bem simples saber se um perfil é fake ou não,
apenas com um simples observar de conjuntos que caracterizam um fake.
Bom a essa altura pode o autor
dos fakes deve estar lendo e morrendo de rir pelo meu equivoco, ou reflexivo de tão óbvio que as coisas são. Mas
se ele for mesmo alguém querendo ajudar,
mostra-se um ignorante em relação à rede social e ao potencial do candidato que ajuda.
O fato é, fake é criado pela necessidade
de se fazer percebido, de atenção. Enquanto tiver ibope, estarão no lucro. E aí
vale o velho ditado: os incomodados que se mudem!
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