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sábado, 11 de agosto de 2012

Redes sociais x eleição



Nos últimos dias  tenho observado várias pessoas  comentarem sobre pesquisas eleitorais. As maiores partes das pessoas se referem ao fato de não conhecerem ninguém que um dia foi entrevistado ou abordado por algum pesquisador sobre eleição. Outras , no entanto, mantêm um discurso de incredibilidade para com as mesmas, já que nas últimas eleições os resultados das pesquisas não se confirmaram. 

 Esses discursos me fizeram refletir sobre algumas coisas. E eu sou cética demais, não saio acreditando em nada pronto. Embora alguns justifiquem que  a virada de Custódio em cima de Margarida Salomão se deu através da compra de votos, fato que teve testemunhas, mas nenhuma prova concreta, e no mundo em que vivemos, podemos duvidar disso também. Não falo que A ou B sejam culpados ou santos, mas  sem provas é complicado, pois vivemos em uma época em que a palavra tem bem pouco valor.

Filosofia à parte, vamos aos fatos. As últimas pesquisas realizadas (vide post sobre  análise de pesquisas), colocam  Margarida em primeiro, Bruno em segundo e Custódio em terceiro (candidatos à prefeitura de Juiz de Fora), com algumas variações de intenções de voto, a colocação de cada candidato não variou. Cada pesquisa teve abrangência de 600 pessoas entrevistadas,  deduzindo que sejam pessoas distintas  somando teríamos um total de 1800 pessoas.

De posse dessa informação fui comparar com as redes sociais, em especial o Facebook, que se tornou mais popular de todas as redes sociais. Também dei uma olhada no Twitter. E o que encontrei destoa totalmente das pesquisas, mas em ambos quem as pesquisas apontam como primeiro lugar, já não estava mais.

Pelo Twitter, em relação ao número de seguidores teríamos uma amostragem de 1154 pessoas, quase duas pesquisas juntas. Temos Bruno Siqueira com 716 seguidores, Margarida com 263 e Custódio com 175. Sendo que os dois últimos têm apenas aproximadamente um mês de perfil criado. Enquanto Bruno tem no mínimo 1 ano ( tempo que o sigo).

Porém no Facebook isso muda, temos Bruno Siqueira com mais curtidas, tendo 9.068; seguido de custódio com 3.576 e em terceiro Margarida com 1.897 curtidas em sua Fan Page. Aqui não considerei pessoas que comentaram de forma quantitativa, já que cada participação, independente de ser da mesma pessoa ou não, é registrada. Essa consideração margarida ganha em disparada, pelo fato de ter uma militância mais ativa em redes sociais que os demais.

Quando consideramos grupos destinados aos candidatos, feito por militantes ou amigos, que em seu nome levam o nome do candidato, tem novamente a confirmação de Bruno em primeiro, Custódio em segundo, e Margarida em Terceiro (1514, 989 ,499 respectivamente). Lógico que temos que considerar os Fakes (pessoas que se utilizam de  um perfil desconhecido ou se passando por personalidade para postar de forma anônima). Mas nada que ultrapasse mais de cem  usuários sendo fake.

Se formos somar o número de curtidas em Fan Page temos uma amostragem de 14.541 pessoas, já que cada perfil só pode curtir uma vez. Este número corresponde a 8 vezes mais do que a amostragem das pesquisas contratadas. E em relação aos grupos teríamos uma amostragem de 3002 pessoas.

Logicamente que, conforme  citamos temos que desconsiderar  fakes e ainda pessoas que possam ter curtido os três candidatos. Porém pelo que se conhece de  rede social, isso não ultrapassa uns 20% dos números encontrados.

Conversando com um cientista político, e psicanalista eles me explicaram que a forma de abordagem de pesquisadores  influencia muito, pois geralmente carregam fichinhas com os nomes dos candidatos e já entregam de forma a  induzir o pesquisa, o entrevista a responder determinada coisa, outra interferência, é  o local de abordagem, são entrevistas que pegam as pessoas de surpresa, muitas vezes indo ou saindo do trabalho, em casa com panela no fogo, as pessoas acabam respondendo o que primeiro vem a cabeça, sem pensar muito, e acaba causando um falso resultado. Enquanto na internet com calma é possível avaliar, e pensar de forma individualizada, ainda tem o fator desconhecimento, o desconhecimento dos instrumentos, e a crença do anonimato acaba por deixar as pessoas mais livres. Muitos ainda não sabem que um amigo pode ver o que se curtiu no Facebook. Enfim, as pessoas têm mais liberdade na Internet do que na vida real, que ainda pensam que precisam ficar presas à opinião do outro.


Abaixo segue os exemplos do que foi dito acima, e acrescento que os prints screen foram tirados no dia 11/08/2012.













COMPLEMENTANDO: em uma última análise verifiquei que  a postagem sobre a mentira do PT e as facetas do partido em Juiz de Fora, têm mais ibope do que sobre o inquérito envolvendo o nome do então candidato do PSDB.


Ps:1 retirei postagens não comentadas, uma vez que o intuito aqui não é mostrar popularidade deste blog, mas fatores numéricos que envolvem os candidatos. Verifiquem que a postagem do inquérito é de maio, e as demais 12 dias apenas.


Ps2: O tema não se esgotou sobre redes sociais x eleições, aqui dei apenas um enfoque.

Ps3: não consegui print do grupo de rejeição ao atual prefeito, que conta hoje com 44 membros, provavelmente devo ter sido banida deste grupo, os demais é porque ou faço parte ou são abertos. Porém se formos analisar em relação às  pesquisas registradas, que apresentam rejeição  próxima à 50% , é muita diferença, menos de mil é ainda muito pouco para o percentual apresentado.

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