Bom em época eleitoral algo que
me chama atenção é a militância. Embora muitos digam que não liga para isso,
que é irrelevante, já que a militância dos candidatos não irá administrar ou
legislar com o mesmo.
No entanto, através da militância
conseguimos perceber a organização, estratégias, planejamento e ainda a
capacidade de liderar equipes de um candidato, isso associado ao programa, e
outras ações podem ajudar na escolha de um candidato. Parece banal, mas é
extremamente importante, pois a militância nos revela muito.
Em Juiz de Fora, dois dos
principais candidatos a prefeito da cidade
iniciaram suas campanhas com um certo tempo de antecedência, preparando
a sua militância, organizando a mesma, quem faria o que, quem falaria o que, instruindo
a mesma, principalmente juventude. Não sei se houve o mesmo processo nos outros
quatro candidatos, uma vez que não vi ou li nada a respeito.
Uma boa militância, capacitada é capaz de mudar sim a intenção de
voto de uma pessoa. Que pode deixar de votar por simpatia, amizade e tomar uma decisão consciente, o voto
consciente. Porém nada em excesso é legal, não adianta querer impor uma vontade
ao outro, o correto é apresentar de
forma correta para conquistar a confiança e o voto. O excesso, a imposição, acaba marginalizando o candidato que se
defende, e perdendo votos. Assim como o não apresentar o candidato e as
propostas, ficar apenas no “não vote em fulano por causa disso ou daquilo”.
Isto é ataque gratuito e não conquista voto, e pode inclusive prejudicar o candidato
também, uma vez que se não apresenta propostas muitos podem achar que a única
proposta é não deixar o outro ganhar.
Quando falo militância, não me
refiro a militância partidária, falo de pessoas interessadas a colaborar com a
campanha de determinado candidato. Ai inclui filiado de partidos,
simpatizantes, colaboradores, etc. Dentro desse pressuposto, é possível afirmar
que em Juiz de Fora uma das militâncias mais concisas é a do PT (e coligação),
que vem atuando e se organizando há um tempo, bem antes do período eleitoral. Conseguem
realizar um sistema de teia interessante (se espalharam em esferas social conquistando “seguidores”) e na rede
conseguem realizar o efeito cascata: um publica algo, os demais comentam,
compartilham na rede, já organizados no sistema de teia.
No entanto, acho que a grande
falha petista está no foco, infelizmente o foco não é compreendido por muitos e
acaba confundido os menos esclarecidos do processo eleitoral, e ainda criando um “arc” para com eles. Porém antes
errar tentando, do que pecar por omissão. Acredito que é o que acontece com os outros dois, que existe
sim militância, mas não como a petista. Não consigo ainda ver a o sistema de
teia, a reação em cascata, bastante pertinente e necessária para o momento, se
feita de maneira correta.
Não sei por que os demais não
colocaram o bloco na rua, sei que existem. Mas em alguns casos é preciso
que os da linha de frente, estejam
coerentes com a campanha, não adianta ter um movimento externo e outro na rede da
web. Um complementa o outro, um é continuidade do outro e não tem como
desvincular. O resultado de um bom programa, um bom planejamento de campanha,
com militância é menos gastos em
campanha, melhor compreensão das propostas pelos eleitores, melhor
harmonia na campanha, mais votos e
vitória “limpa”!
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