Entende-se por presença digital,
a freqüência com que uma pessoa se apresenta no meio digital, isso vale para sites de relacionamento (redes sociais),
sites de notícias, sites bibliográficos, políticos, blogs, etc.
Aqui estarei me referindo às
eleições, darei ênfase nas redes sociais, quando citar outro sítio deixarei explícito. Esta escolha
se deu devido ao fato da minha própria presença digital ser muito mais frequente
nas redes sociais do que em sites de candidatos. E ainda pelo motivo de que a
campanha foi liberada nessas eleições para as redes sociais. E este é um
território ainda desconhecido para muitos.
O que tenho observado esses dias
é que os candidatos estão se organizando
de forma a conquistar uma presença digital inexistente. Não adianta chegar a poucos meses de um pleito e criar
uma presença digital, soa falso. Ao passo que
ao se apresentar por meio de apoiadores cai em dois erros graves: apresentar-se
por meio de assessoria que não se identifica como tal, e ou militantes que acabam exacerbando na presença digital e acaba
provocando uma espécie de spam.
Falando da esfera juiz forana, temos
o Facebook e Twitter como s redes sociais mais utilizadas para a campanha
eleitoral, que mais está parecendo uma corrida. Nessas redes temos apenas três
candidatos com perfis na rede (Bruno Siqueira, Laerte Braga e Marco Aurélio Paschoalin).
Destes apenas dois ativos, com presença frequente (Bruno e Laerte). A candidata
margarida Salomão, possuía um perfil inativo no Twitter, porém inativo, e foi
resgatado só agora. Os demais possuíam e usavam, uns com mais outros com menos frequência.
Os outros três candidatos nesse
aspecto já saem perdendo, uma vez que criaram perfis no período eleitoral,
forçando assim uma presença digital inexistente anteriormente. Porém vale aqui acrescentar que não é errado, mas
saem em desvantagens, pois existe ai o argumento de uma postura eleitoreira, de
interesse, e não de reconhecimento da importância da rede social nos dias
atuais.
Por outro lado forçar essa
presença a partir de apoiadores tem que ter cuidado para não transformar essa presença assessorada (quer por assessores, apoiadores
de campanha, militantes partidários) em um instrumento uma ferramenta
suicida. Usar terceiros para demarcar
território, para marcar presença digital tem que ter o cuidado para não se
perder o toque de relacionamento pessoal tão necessário a uma campanha, principalmente por questões
ligadas ao marketing político eleitoral, que já cria um distanciamento
candidato-eleitor. A Internet entra justamente nesse patamar: tentar minimizar
esse distanciamento, que muitos entendem como uma imposição hierárquica. Ao participar
das redes, aproxima-se do eleitor, porém o uso de apoiadores de forma não
orientada, em dissonância com o planejamento macro da campanha, pode gerar um
afastamento do eleitor para determinado candidato.
Tenho observado que os três primeiros
candidatos nas pesquisas, têm utilizados de assessores para responder pelos
seus perfis e fan Pages, e os mesmos respondem em terceira pessoa, sem assinar
que trata-se de assessoria. E fica parecendo que são eles mesmos falando de um
candidato, uma fantasia, um personagem deles.
Devemos lembrar que nem todos são analistas digitais, nem todos conhecem a linguagem virtual, nem todos lembram de assessoria. Para muitos quem está
ali é o próprio candidato, e qualquer coisa dita, é o candidato quem fala, e
não um assessor, se algo não foi bem entendido,
a culpa cai para o candidato.
O mesmo acontece com militância, se
excedem com postagens a favor do candidato, a repulsa por excesso de postagens, recai para o candidato, e não os
militantes. E não adianta marcar
presença apenas postando propostas, selos, slogan, do candidato, não participar
de questionamentos, de outros debates, é também um ato suicida, pois mostra que as pessoas não estão ali por
confiar, por participar, mas por que
estão sendo pagas, esperando um retorno
quando da vitória (não estou dizendo que isto acontece, mas sobre como o
eleitor percebe a dinâmica).
Conforme dito anteriormente, a
campanha em rede social é algo muito novo, e que infelizmente não temos
especialistas para isso, os
tradicionais coordenadores de campanha,
não atendem à demanda, as velhas práticas utilizadas no dito mundo real, o ao
vivo, não funcionam para as redes sociais. Nesse caso uma pessoa que entenda de
rede social (ferramentas, instrumentos, dinâmica de comportamento, que saiba
cruzar os dados entre as redes) consegue muito mais avanços do que o
tradicionalismo eleitoral. Vale destacar que ter um perfil a longo tempo, conhecer
instrumentos das redes (como postar foto, como privatizar algo, como mandar
mensagens em massa, etc) não é o suficiente para se sair bem numa campanha
digital.
ps: não ignorei o youtube, mas
acaba que todos os vídeos utilizados lá, são postados nas redes aqui citadas.
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