Páginas

Pesquisar este blog

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Presença digital nas eleições



Entende-se por presença digital, a freqüência com que uma pessoa se apresenta no meio digital, isso vale para  sites de relacionamento (redes sociais), sites de notícias, sites bibliográficos, políticos, blogs, etc.

Aqui estarei me referindo às eleições, darei ênfase nas redes sociais, quando citar  outro sítio deixarei explícito. Esta escolha se deu devido ao fato da minha própria presença digital ser muito mais frequente nas redes sociais do que em sites de candidatos. E ainda pelo motivo de que a campanha foi liberada nessas eleições para as redes sociais. E este é um território ainda desconhecido para muitos.

O que tenho observado esses dias é que  os candidatos estão se organizando de forma a conquistar uma presença digital inexistente. Não adianta  chegar a poucos meses de um pleito e criar uma presença digital, soa falso. Ao passo que  ao se apresentar por meio de apoiadores cai em dois erros graves: apresentar-se por meio de assessoria que não se identifica como tal, e ou militantes que acabam  exacerbando na presença digital e acaba provocando uma espécie de spam.

Falando da esfera juiz forana, temos o Facebook e Twitter como s redes sociais mais utilizadas para a campanha eleitoral, que mais está parecendo uma corrida. Nessas redes temos apenas três candidatos com perfis na rede (Bruno Siqueira, Laerte Braga e Marco Aurélio Paschoalin). Destes apenas dois ativos, com presença frequente (Bruno e Laerte). A candidata margarida Salomão, possuía um perfil inativo no Twitter, porém inativo, e foi resgatado só agora. Os demais possuíam e usavam, uns com mais outros com menos frequência.

Os outros três candidatos nesse aspecto já saem perdendo, uma vez que criaram perfis no período eleitoral, forçando assim uma presença digital inexistente anteriormente. Porém  vale aqui acrescentar que não é errado, mas saem em desvantagens, pois existe ai o argumento de uma postura eleitoreira, de interesse, e não de reconhecimento da importância da rede social nos dias atuais.

Por outro lado forçar essa presença a partir de apoiadores tem que ter cuidado para não  transformar essa presença  assessorada (quer por assessores, apoiadores de campanha, militantes partidários) em um instrumento uma ferramenta suicida.  Usar terceiros para demarcar território, para marcar presença digital tem que ter o cuidado para não se perder o toque de relacionamento pessoal tão necessário  a uma campanha, principalmente por questões ligadas ao marketing político eleitoral, que já cria um distanciamento candidato-eleitor. A Internet entra justamente nesse patamar: tentar minimizar esse distanciamento, que muitos entendem como uma imposição hierárquica. Ao participar das redes, aproxima-se do eleitor, porém o uso de apoiadores de forma não orientada, em dissonância com o planejamento macro da campanha, pode gerar um afastamento do eleitor para determinado candidato.

 Tenho observado que os três primeiros candidatos nas pesquisas, têm utilizados de assessores para responder pelos seus perfis e fan Pages, e os mesmos respondem em terceira pessoa, sem assinar que trata-se de assessoria. E fica parecendo que são eles mesmos falando de um candidato, uma fantasia, um personagem deles.  Devemos lembrar que nem todos são analistas  digitais, nem todos conhecem a linguagem  virtual, nem todos  lembram de assessoria. Para muitos quem está ali é o próprio candidato, e qualquer coisa dita, é o candidato quem fala, e não um assessor, se algo não foi bem entendido,  a culpa cai para o candidato.

O mesmo acontece com militância, se excedem com postagens a favor do candidato, a repulsa por excesso de  postagens, recai para o candidato, e não os militantes. E não adianta  marcar presença apenas postando propostas, selos, slogan, do candidato, não participar de questionamentos, de outros debates, é também um ato suicida, pois  mostra que as pessoas não estão ali por confiar, por participar, mas por  que estão sendo pagas, esperando um retorno  quando da vitória (não estou dizendo que isto acontece, mas sobre como o eleitor  percebe a dinâmica).

Conforme dito anteriormente, a campanha em rede social é algo muito novo, e que infelizmente não temos especialistas  para isso, os tradicionais  coordenadores de campanha, não atendem à demanda, as velhas práticas utilizadas no dito mundo real, o ao vivo, não funcionam para as redes sociais. Nesse caso uma pessoa que entenda de rede social (ferramentas, instrumentos, dinâmica de comportamento, que saiba cruzar os dados entre as redes) consegue muito mais avanços do que o tradicionalismo eleitoral. Vale destacar que ter um perfil a longo tempo, conhecer instrumentos das redes (como postar foto, como privatizar algo, como mandar mensagens em massa, etc) não é o suficiente para se sair bem numa campanha digital.

ps: não ignorei o youtube, mas acaba que todos os vídeos utilizados lá, são postados nas redes aqui citadas.

Nenhum comentário: