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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Por que brasileiros não são felizes?

Em conversa com o rapaz francês eu perguntei porque ele tinha certa inveja dos brasileiros. Ele disse que se referia as belezas naturais do país, as condições climáticas ao sabor dos alimentos, ao futebol e a forma “graciosa” de dançar.

Ele explicou que o graciosa era no sentido de habilidade (gingado). Mas que infelizmente o dom da dança abre espaço para o exibicionismo. Uma mulher não samba para si, para exercitar o corpo e apresentar uma cultura local. Samba para exibir seu corpo ao outro, o seu conhecimento ao outro, e isso vulgariza a imagem.

No futebol, não há um jogador brasileiro que jogue apenas porque é bom nisso, para apresentar a arte do futebol, a essência ( um esporte, mas um jogo de corpos e habilidades). A maioria joga não para defenderem um time, mas pelo salário, pelo status, pela fama. Na verdade não jogam apenas de exibem. Até certo ponto concordo com ele, até porque ele fala dos grandes times, muito da seleção brasileira. Mas se pensarmos no passado, ou atualmente Rogério Ceni ( ele não conhece muito jogadores antigos apenas Zico e Pelé, também não sabia sobre Rogério Ceni)

Segundo o rapaz (Henri seu nome), não comemos bem para a saúde, mas para manter o corpo em forma para o outro. Nunca ouviu uma brasileira falar que estava gorda e estava preocupada com a pressão arterial, sempre fala que a “saia” não está entrando, ou aperta a barriga.

Foi enfático dizendo que o brasileiro não é feliz porque não faz nada pra si, mas pelo outro, para mostrar o outro, para tentar ser superior. Pelo outro só devemos fazer o que ele precisa, ou nos solicita.

Na discussão sobre saúde pública (essa foi mais fácil, havia tradutor simultâneo) ele disse que é contra o Brasil ou qualquer outro país tentar se basear e imitar programas de saúde estrangeiros, cada realidade é única. E a primeira providência a ser tomada não é na saúde, mas na educação, na responsabilização de cada cidadão – eu já vinha dizendo isto não é?

Diante disso, é interessante cada um de nós realizarmos coisas pensando não por que estamos fazendo isto ou aquilo. Só vale a pena fazer pelo outro quando este solicita, ou você detecta que precisa. No mais faça por você!

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