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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Solidariedade ou barganha

Não confunda solidariedade com barganha! Solidariedade trata-se do ato de se doar ao próximo que precisa e anseia por ajuda, sem esperar nada em troca, embora atos solidários façam bem para saúde segundo alguns estudos. Já a barganha é oferecer ajuda a outrem, e aguardar reconhecimento, popularidade, elogios, ou até mesmo pensando em “ganhar um pedacinho no céu”.

Infelizmente a realidade é que a maioria das pessoas barganha, e não são solidárias. São barganhadoras mesmo que de forma inconsciente. Ou seja, realizam uma ação, acreditando ser solidária, quando no seu íntimo, esperam benefícios (mesmo pós morte) de alguma coisa. Às vezes fazem se solidarizam por “n” motivos, mas muitas esperam que a “lei da atração” realmente exista, e seja atuante com ela.

A barganha é passageira, e raramente abre espaço para a real solidariedade, que por sua vez é contínua, acontece sem nenhuma outra intenção, que não seja ajudar ao próximo.

Mas porque falar da dicotomia barganha e solidariedade? Pelo simples fato de compreender porque o brasileiro é tido como solidário e mesmo assim ainda muitas pessoas precisam de ajuda, desde ajuda a alimentação, moradia, até ajuda de atenção, orientação, de afeto...

Um exemplo claro que podemos citar para ilustrar o texto, foram os movimentos de solidariedade às vítimas das chuvas/enchentes da região serrana do Rio de Janeiro. Até hoje elas precisam de ajuda, e as mesmas se esgotaram, não duraram mais de um mês. E o Brasil já manda ajuda a desabrigados do Japão.

É coerente? Não, e esta incoerência ganha formas exponenciais se mensuradas com a discussão deste texto. Ora o que houve por ocasião da tragédia no RJ, foi barganha, e não solidariedade. O mesmo acontecerá com as famílias de vítimas da chacina de Realengo, no mesmo Estado – daqui há um mês será fato esquecido, ninguém irá mais rezar pelas famílias e vítimas.

Assim toda vez que pensar em ser solidário, pare e pense! Fazer barganha não é pecado, nem errado. Porém seja verdadeiro ao menos consigo mesmo, e não espalhe que está sendo solidário. Pois quem é solidário, é a qualquer hora, com qualquer coisa, e não somente em momentos de tragédia ou visibilidade pública em maior ou menor grau.

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