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quarta-feira, 16 de março de 2011

Você é idiota?


Antes de responder a esta pergunta é importante que saiba o que significa “idiota”. A palavra vem do grego “idiotes” que se refere àquele que só vive a vida privada, que recusa a política. Aprendi isso no livro de Janine Ribeiro e Cortella , Política para não ser idiota.

O título me remeteu ao pensamento de que era preciso saber sobre política para não ser enganado, ludibriado e ainda assim ficar passivo a estas situações.

Não vou aqui resenhar o livro, porém os autores refletem sobre as pessoas que falam que “política é coisa de idiota”, para os autores, elas estão equivocadas, tanto quanto ao significado da palavra política quanto idiota, mas eu discordo, estas pessoas estão corretas, mesmo não tendo consciência do que dizem.

Política para muitos se resume em questões partidárias e eleitoreiras, acreditam que as leis não são para o bem da sociedade, mas para benefício de uns poucos, principalmente para o próprio autor das mesmas e de quem a aprova., ou seja, atende somente a interesses privados e não coletivos. E o que significa idiota mesmo?

Nessa concepção é correto dizer, de forma não equivocada, que “política é para idiotas”.

Equívoco é chamar alguém de idiota que, por uma distração, acaba prejudicando a si mesmo ou a outrem. Por exemplo, uma pessoa que passa distraída e esbarra em outra pessoa ( mas distraída mesmo). Ou que bate com a cabeça em uma porta de vidro por não ter percebido que naquele local havia uma porta de vidro fechada. Isto não é ser idiota, mas distraído, relapso.

Como dizia Forest Gump, idiota é quem faz idiotice. Jogar papel na rua para se livrar do lixo sem se importar com o meio ambiente, ou fumar em locais públicos, sem se preocupar com o não fumante.

Agora pode responder: Você é idiota?

Certamente alguém me devolverá a pergunta, então já vou respondendo que sim!

Eu sou idiota, há cinco anos deixei de atuar em coletividade e dei abertura a um conceito egocentrista de viver. Valorizei o “eu” em detrimento a qualquer outro pronome.

Muito embora alguns achem que eu faço política, eu não concordo. Eu falo, debato sobre política, mas fazer, eu não faço. Não se trata de algo definido a ponto de dizer que é uma decisão permanente. Mas as vezes é preciso se ausentar da vida coletiva, para criar novas bases, talvez se reinventar.

Assim ser idiota não é algo tão negativo assim, desde que viver a vida privada não prejudique a coletividade, e isso se dá a partir do respeito. Eu posso não fazer mais anda pelo coletivo, mas continuo respeitando o próximo.

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