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domingo, 11 de julho de 2010

Este post é sem título, pelo fato de não ter como classifica-lo de tão insano é a problemática.

Nesse momento deixarei um pouco a nostalgia de lado, assim como críticas e falarei um pouco sobre saúde mental, mais precisamente sobre pessoas acometidas por transtorno mental. Certamente já falei muitas coisas aqui neste mesmo blog, alguns comentários podem der novos, porém nunca é demais falar a respeito.


Hoje venho trazendo a banalização da doença mental por parte da população. Entende-se aqui por banalização desde o descaso com o tratamento, quanto justificativa de humilhar as pessoas a denominando-a não só como doente, como agressiva, ameaçadora, perigosa, etc.

Qualquer crime hoje brutal já classificam o assassino como psicopata, uma pessoa falar a verdade para outra, e essa verdade ferir o brio ou os sentimentos do outro a pessoa é difamada como doente, se quiser tirar alguém do caminho, basta criar uma situação em que a pessoa seja ridicularizada e taxada como louca, isso é o suficiente para se afastarem dela.
Isso é comum em nosso meio. E remete-nos ao fato da falta de informação de muitos sobre doença mental, um desequilíbrio emocional a pessoa já é classificada por outras tantas como bipolar ( virou moda essa palavra).


Daí faço a reflexão até que ponto a conduta do outro pode ser considerada normal ou não? A medida disso fica por conta do próprio interesse de quem se mensura, se as circunstância não for favorável a si, isso significa é o suficiente ara difamar a outra de louca, armar situações para que isto se comprove, independente do outro ser ou não.


O histórico de exclusão do doente mental faz com que muitos achem que ao classificar alguém como tal, isto fará com que a pessoa se afaste do meio assim deixando “ o caminho” livre para continuar a conquistar o que é de seu interesse.


Essa prática é muito comum em meio virtual, que ao contrário do que se pensa, não é terra de ninguém, e sim terra na qual todos querem mandar, ter poder, e qualquer ameaça de abalo desta situação, pode representar um ato como esses: junta-se uma turma e arma-se contra outra, que muitas vezes se vendo só acaba por sair.


Logicamente somente um médico psiquiatra é capaz de assegurar com precisão uma patologia psíquica, mas ai vale o ditado de médico e louco todo mundo tem um pouco. É usual a tentativa de diagnosticar as pessoas por um ato. Muitas vezes não é o ato, mas a apresentação de verdades, como verdadeiros nomes, interesses, etc.


As pessoas criam mascaras para si, defesas, e uma delas é justamente essa: transformar quem desvenda essa máscara e o deixa em situação de vulnerabilidade como o louco. Afinal muitos o conhecem como ele sempre se apresenta, o “novo” pode ser facilmente considerado equívoco.
É assim que se forma a sociedade do absurdo, comete-se um crime brutal, para justificar sua indignação, o afastamento da pessoa do meio social, classifica o criminoso como psicopata. Revelou sua verdade ou apresenta-se de forma diferente diante das diversas situações : é bipolar, melhor afastá-lo do meio.


Essa é a nossa realidade.

Um comentário:

Marilia disse...

Oi Lilian... tenho na minha família problema de transtorno. Sei com é equivocado taxar pessoas ditas sãs de bipolares, psicopatas, doentes mentais... mas são os valores deturpados da nossa sociedade que estão tão arraigados que fazem as pessoas agirem assim. Infelizmente, não acredito na humanidade, nem que isso um dia deixe de existir. Enfim, um abraço.