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terça-feira, 1 de junho de 2010

Escolha inicialmente acertada

Lisa e Beto iniciaram um namoro, se conheceram ao acaso num fast food, como não haviam mesas disponíveis ele ofereceu que ela sentasse ali com ele que estava sozinho.

Ele puxou assunto conversaram sobre o tempo o que faziam, e então ele conseguiu convencê-la a trocar contatos. E assim começaram a conversar diariamente, várias vezes ao dia, e iniciar um namoro.

Devido às atividades dele, só conseguiam se encontrar final de semana, era tudo lindo, tudo que ela sempre desejara, alguém que lhe dava atenção, que ela se sentir importante para alguém, principalmente para ela mesmo, se preocupava mais com a beleza.

No entanto, ele numa noite de sábado a levou para uma festa na casa de amigos. Lá algumas mulheres dançavam e ele as olhava com olhos devoradores. Brincava com as mulheres de forma que Lisa não agradou, e isso ficou evidente quando foram embora.

Eles durante aquela semana conversaram sobre o assunto, e por mais que ela dizia que entendia, sabia que ele não iria mudar. Ele jamais abriria mão de sua popularidade por ninguém. Nem mesmo por ela, o amor dele por ela poderia ser apenas sexual ou quem sabe constar não estar só, ou por pena, pois ela não tinha aqueles corpos exuberantes das dançarinas de sábado, amigas dele.

No domingo da semana seguinte havia um churrasco, no qual os dois iriam juntos, porém por problemas particulares, Lisa disse que chegaria depois. Então Beto foi a frente. Quando ela entrava no ambiente em que acontecia o churrasco, ouviu um amigo de Beto perguntá-lo sobre ela de forma debochada, utilizando adjetivos que a desqualificava em termos de beleza.

Ela hesitou, respirou por uns momentos, e como era muito inteligente, percebeu naquele momento que não era ambiente para ela. Como ninguém ainda havia lhe visto foi embora. E no caminho deixou um recado que não poderia ir mais.

Durante o resto do dia, não teve um telefonema, uma mensagem preocupada com ela, se havia acontecido algo. Apenas tarde já da noite ele apareceu, não quis saber o que aconteceu, apenas dizia que estava passando mal, contando o quanto bebera.

Eles se despediram. Alguns dias sem se falar, ela o deixa um e-mail de saudades, e falando sobre os sonhos que sonharam juntos, sobre os sentimentos mútuos. Ele então a ligou. Conversaram e ele insistia perguntando se ela não ia perguntar como ele estava, mas ele se esquecera de perguntar sobre ela também.

A partir eles não se falavam mais. Ele seguiu a vida dele, e ela a dela, triste, relembrando das poesias feitas, dos sonhos construídos.

Ele por sua vez não mudou sua rotina, amigos, baladas, trabalho. Só que os amigos, foram casando, e mudando suas rotinas, os encontros não aconteciam mais, os contatos eram profissionais, ou por e-mail.

Ele se lembrou daquele amor que ele abriu mão, por não querer mudar, todos os outros mudaram e continuaram felizes, de outra forma, mas felizes, e ele ali só. Decidiu ir atrás de Lisa, talvez não fosse tarde demais.

Quando chegou em frente a sua casa percebeu que ela não morava mais ali, criara asas e voou, talvez tivesse por ali por perto, ou não. Talvez estivesse feliz, ou não. Mas o fato que o deixou livre para fazer a escolha dele, e embora inicialmente tenha parecido a melhor, no final fora a solidão.

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