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quarta-feira, 10 de junho de 2009

Do que aprendemos com Buda

Buda tem um ensinamento que os diz que se precisamos de algo, devemos doar esse mesmo algo a outrem, ou seja, se desejamos ajuda, devemos ajudar outras pessoas primeiro.

Há dias atrás eu escrevi um texto criticando as comemorações da Luta antimanicomial, principalmente na cidade de Juiz de Fora, o texto, certamente como toda a crítica, incomodou algumas pessoas, as quais perguntaram se eu precisava de ajuda.

Na hora dei uma resposta irônica, devido tamanha indignação que fiquei, mas esqueci-me de pensar nesse ensinamento de Buda, e acreditei que queriam me calar, que queriam realmente me tratar por me acharem louca.

Quanta arrogância da minha parte! Fui incapaz de perceber um pedido de ajuda, para que a coragem que eu, o pai desesperado pelo tratamento do filho, ou que tem o filho desaparecido por um surto provocado pro falta de medicação que não tem nos postos para fornecer e nem ele para comprar, tivemos em não nos calar diante da realidade do caos que a reforma psiquiátrica traz a cada dia.

Se há erro em lutar por um reforma que na verdade é um retrocesso em termos de saúde em geral, e da realidade de doentes e familiares, há a possibilidade de acertos. E a orientação dou agora, impossível se pensar do individual para o universal, enquanto o universal está totalmente fora de sintonia com o individual, por isso é preciso coragem de lutar pela vida, por reformas coerentes com nossa realidade e não a um projeto já fadado ao insucesso desde às suas origens.

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