Páginas

Pesquisar este blog

segunda-feira, 16 de março de 2009

Mente eqüilátera

Imagine a vida ser um emaranhado de fios, os quais se entrelaçam e formam quadriculados como se quisessem se arrumar de forma a montar um pedaço de tecido. A nossa mente é igual, porém os fios chamamos de emoções e razão.

Tal como no tecido esses emaranhados de fios que ao se entrelaçarem não ficam com os lados do mesmo tamanho, formando imperceptivelmente vários quadriláteros, na nossa mente acontece o mesmo: há momentos que a emoção domina os lados maiores, outros a razão.

Quando a razão atinge maior amplitude em detrimento da emoção, temos o que chamamos de racionalismo (filosófico ou não), racionalidade, que muitas vezes pode ser extrema. É o momento que a emoção é posta em segundo plano, ou simplesmente abolida nas decisões. Assim as alternativas escolhidas, os caminhos a serem seguidos, seguem uma ordem da razão, o que pode ser perigoso.

A emoção é importante porque contrasta com a razão. É ela que dará uma pitada de medo, ela que despertará o receio, o amor ao próximo, e não deixará que a razão ultrapasse os limites da educação, da ética. Em outras palavras, não permitirá, por exemplo, que a razão de alguém humilhe outra pessoa, subestime-a, ou gêneros.

Por outro lado ser só emoção também é perigoso, pois podemos alçar vôos além da nossa capacidade, ultrapassar limites sem ter uma base sólida no retorno. A predominância da emoção se extremada pode transformar as pessoas em dependentes de outra, pois é a razão que dará suporte ás certezas de possíveis acertos, e ainda delinear alternativas de escolhas reais e não fantasiadas, ansiadas.

Sendo assim, o equilíbrio das duas, formando o eqüilátero é o ideal, mesmo que em algumas situações haja diferença entre os lados, deve-se buscar a menos diferença possível entre eles. Esse é o grande desafio da vida: tecer a mente de forma equilibrada.

Nenhum comentário: