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terça-feira, 31 de março de 2009

Dos limites

Conversando com familiares de doentes mentais ( desde o ano 2000 por ocasião de pesquisa de faculdade até os dias atuais), com os próprios doentes mentais, e por experiência própria, percebi que os limites tem sido um fator determinante da condição de estabilidade do paciente.

Alguns pacientes exteriorizam uma infância sem limites, não inconseqüente, mas na qual a família não impunha horários, o que era conversa de adulto ou criança, hora de brincar ou estudo, presentes ( não esperava uma situação especial ou data para presentear). Assim como seus familiares tentavam dar uma educação adequada, dizendo o certo e errado, porém não “militarizadora” ou rígida como a que teve.

Esse “não impor limites”, associado a um transtorno emocional ( ou racional em raras exceções) acaba por gerar uma combinação perfeita para o estabelecimento de transtorno psiquiátrico ( claro naqueles que já tem uma pré-disposição) ou a delinqüência, ou simplesmente à atos ilegais criminosos.

As referências e a imposição de orientações de tempo, permissões, certo ou errado, de espaço, são fundamentais para a orientação das emoções e razão da pessoa de forma dita “socialmente aceitável”, para que não haja desvio a ponto de culminar em um transtorno mental.

Por isso é fundamental a vida regrada, com horários, atividades de acordo com a idade, enfim uma condição mínima para que ela crie hábitos de respeitar a si mesmo sem ultrapassar fases ou os próprios limites, na busca incessante e alienada de desafios para que a vida torne a ter sentido, como na infância.

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