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sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Valentim Gentil

Prezada Lilian,
Estou lendo seu livro e li alguns dos seus textos na Internet e esse que você mandou agora.
Estarei debatendo essas questões na próxima semana em novo workshop do MPF.
A questão é muitíssimo complexa. Eu acho que devemos parar de replicar o que não está sendo útil à sociedade. A desinformação tem levado a desperdício dos poucos recursos humanos e financeiros que são dedicados à saúde mental. O problema é saber o que funciona, na falta de avaliações e dados confiáveis.
Tenho esperança que as pessoas realmente interessadas nos pacientes e em suas famílias revejam suas posições.
A prevenção secundária pode reduzir o impacto das doenças mentais, mas isso não se consegue com o atual modelo, antipsiquiátrico e voltado para a prevenção quaternária.
Seria preciso rever a distribuição dos recursos conforme prioridades baseadas no sofrimento e na eficácia dos procedimentos. Quando chegaremos a um acordo sobre isso é que eu não sei.
Por favor continue sem se deixar abater pelas críticas ferozes – feras em geral não pensam muito bem...
Muito obrigado.
Abraço,
Valentim




Caro Valentim,

Venho acompanhando seus trabalhos científicos na área de reforma psiquiátrica, e confesso que me sinto satisfeita ao ler suas críticas á mesma. Compartilho da mesma idéia de que a reforma que existe não está sendo de grande “serventia”, continua excluindo, Não é eficaz e ainda causa um agravo social, aumento da população de rua, abandono, etc.

Tenho sido alvo de criticas ferozes na minha região ( principalmente cidade) pelas minhas idéias ( rascunhei algo que segue em anexo, não é pensamento fechado apenas rascunho mesmo).


Acredito ser feita uma nova reforma, e com base nesta idéia que eu saliento a importância do estudo antropológico no redirecionamento da reforma psiquiátrica, considerando os aspectos da saúde coletiva no Brasil, você compartilha desta idéia?

O estudo antropológico à análise das bases filosóficas da saúde mental, pode favorecer uma nova reforma condizente com a nossa realidade?

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