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terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Filosofia ou alternativa facilitadora?

Neste último final de semana, fui prestar vestibular para filosofia, eu poderia ter solicitado vaga com meu diploma já de uma graduação, mas preferi não arriscar não ter vaga, então fiz o vestibular.

Nos quatro dias de prova pude conversar com várias pessoas que estavam concorrendo uma vaga ao mesmo curso que eu. E eu tive a curiosidade para perguntar sobre a escolha delas para filosofia.

A primeira pessoa que perguntei a escolha foi a questão de candidato/vaga, pouca concorrência, ela entraria fácil e depois passaria pra direito, uma outra para entender melhor o marido que é filósofo também. Uma menina estava ainda no segundo ano do ensino médio e estava fazendo por experiência.

Ainda encontrei aqueles que precisavam de um curso superior em tempo recorde para atender a exigências do trabalho, outros porque foi muito reprovado e fazendo novo vestibular melhora seu Índice de rendimento de acadêmica (IRA) e por ai vai.

Somente eu e mais uma ia fazer porque gostava de filosofia. É desalentador. Fico pensando a motivação de um professor entrar em sala de aula, com alunos que não gostam de filosofia estão ali por outros motivos que não a filosofia.

A filosofia está ao descaso de muitos, desmerecida. Fico a pensar se não seria hora das universidades começarem a rever esta questão. Não seria mais condizente coma realidade da filosofia, assim como já acontece nas artes e arquitetura a questão de prova de habilidade específica?

Ora filosofia agora é obrigatória no ensino médio então pode ser cobrada nos vestibulares da mesma, como habilidade específica. Sei que isso não impediria de pessoas tentarem o vestibular pensando em outros cursos, mas já desanimaria uma boa parte que pensam que o que menos importa é a filosofia e sim tríade candidato/vaga/ponto de corte.

Sei que nas salas de aula não vão faltar bons alunos, ou então pessoas interessadas fidedignamente na filosofia.

Se muitos soubessem o valor, a importância da filosofia, certamente não teríamos três candidatos por vaga, mas a filosofia em todas as carreiras, e a relação candidato/vaga da medicina trocada pela filosofia.


. Já estou me imaginando (pretensiosa eu, né?) no meio de anta gente que nem sabe pra que lado foi o vestibular e que acreditam que a filosofia pouco importa.

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