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quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

BBB8


Estou assustada! Começou o BBB8, e nas ruas já se comenta sobre tudo que aconteceu no primeiro dia, o aperto de um participante em ir ao banheiro ( seria carreirinha de nervoso?), do cabelo intocável da outra, de uma outra tentando ser engraçada, do atirador de elite, do sem noção.

Não! Não vi o primeiro, não verei o segundo e nem o final. O que escreverei sobre BBB* daqui pra frente será de manchete de jornal, e-mail que receberei certamente e de conversas que escutarei no ônibus, fila de banco, balcão da padaria durante o cafezinho. Enfim de todos os momentos que eu terei livre, porém nessa selva de leões, enquanto os confinados não poderão desfrutar, quer sejam bons ou não.

O fato é que o trem mal começou a andar e já vira febre. Já se comenta de tudo. E o pior mal começou e já tem comunidade no orkut, com 561.121 participantes (as 19h do dia 09 de janeiro), na maior delas. Segundo uma passageira do ônibus que peguei hoje pela manhã, dizia que a comunidade de uma das participantes (“aquela que não pulou na piscina para não estragar o cabelo...”) já conta com mais de vinte mil participantes (não me perguntem o nome, a passageira não sabia).

Esta edição segundo população trouxe uma inovação: não querem chama Pedro Bial de apenas Bial, mas Pedro!!! Outra inovação é sobre o comentário do diretor do programa, que relatou que nesta edição há um gay e uma “cachorra mentirosa”. Se é que falta de respeito pode ser considerado inovação.

Já surgem torcidas organizadas, e debates para saber quem é ou não gay. Já estou aguardando semana que vem o bolão da sorte do ônibus sobre o assunto.

Essa é a nova febre, o artifício para fazer muitos esquecerem da crise na educação, aumento das mensalidades escolares, CPMF, IOF, e demais impostos.

É fácil conduzir a massa para o esquecimento de assuntos importantes, estaremos ai com três meses de anestesia cerebral. Vão sobrar debates sobre sexualidade, investigação para saber sobre os participantes, saber quem vai pra debaixo do edredom primeiro, e vai faltar uma consciência política, social.

Vai faltar o pensar necessário para a humanidade.

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