Páginas

Pesquisar este blog

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Atrocidades

Na verdade esse texto deveria ter o título de incoerências, mas de tão incoerente chega a ser uma atrocidade mesmo.

As pessoas são tão incoerentes, que se tornam insuportáveis, e de tão insuportáveis chegam a ser cômicas.

Elas se importam com o que os outros falam dela, mas não se importa com o que ela fala dos outros. Se sente ofendida quando recebe uma crítica destrutiva, mas não tem nenhum escrúpulo para lançar uma à outra.

As limitações das pessoas são tantas que chega a cegar, só vêem e ouvem o que querem. Não param para refletir. A verdade é aquela colocada descaradamente, se tiver algum disfarce elas são incapazes de perceber este. E saem atacando quem quer que seja.

Quando se usa uma máscara para relatar uma verdade ( que não é a verdade absoluta, apenas um fato ocorrido), a tendência é utilizar-se de uma certa ironia. Aí, esta sim, é o motivo de levantar ira nos menos entendidos do contexto.

A ironia e o deboche têm em si a questão de ridicularizar. Então as pessoas que se sentem ironizadas, ou debochadas, acabam por se sentirem ofendidas, e partem para uma vingança, quer seja verbal ou não.

Aí, meu caro, se segura porque o barraco que baixam é cômico do ponto de vista de quem ironizou. E se tentar explicar que a ironia não foi dirigida, mas foi uma espécie de crônica. Danou-se, você é taxado de pseudo-pensador.

Talvez seja por isso que Jô Soares, Diogo Mainardi, Arnaldo Jabor, José Wilker, dentre tantos outros sejam sempre criticados destrutivamente, sejam apedrejados, processados. Não pois são mal compreendidos na sua brincadeira de palavras.

Nenhum comentário: