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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Jogos On Line

"A pior escravidão é a da mente!"

Não sei quem disse isso, mas é uma frase pra lá de real, e verdadeira. que me  tem feito refletir muito nos últimos dias, principalmente sobre jogos on line.

Por algum tempo, um bom tempo, frequentei jogos on line. Embora inicialmente parecesse uma diversão, e eu afirmasse isto a todo o momento, na verdade, não passava de uma escravidão mental que eu sofria.

Não nego que possa ter pessoas ali, que jogam por pura diversão. Mas uma maioria joga por fuga, por escravizar a própria mente. O que diferencia uma pessoa de outra são as relações que ela estabelece no ambiente de jogo.

Quando em jogo há segregação, isolamento, exclusão, quando a competição deixa o campo sadio e passa a fissura, à concorrência, isso significa que  sua mente está escravizada e busca num jogo se libertar. Refugia-se no jogo.

Faço aqui uma comparação com uma passagem antiga  do futebol brasileiro, quando o Brasil perdeu a final de uma copa, na qual Ronaldinho, então patrocinado pela Nike, jogou super mal. Ali, naquele jogo o jogador e equipe deixaram de ser competidores e passaram a ser concorrentes. O dinheiro deu o poder comandou o poder.

Isso sintetiza muito bem o que quero demonstrar nos jogos on line. Quando o dinheiro é o carro chefe para o poder, e este poder  passa a ser fruto de ambição e não consequência de esforços, a competição perde o sentido.
Por outro lado há aqueles em que busca o poder apenas para subestimar os outros, e para isso usam de todos os esforços para  chegar lá, inclusive crimes, bullying, etc.

Assim quando se chega ao poder, sendo este fruto de investimentos e não de esforços, e esse poder é exercido  de forma  autoritária, também é um caso a se pensar, ou melhor, repensar na vida.

Como diz Padre Fábio de Melo, o poder deve ser para servir, ajudar, e não mandar, humilhar.

Isso é doentio, é fuga, é escravidão mental.

Por algum tempo eu me mantive nessa escravidão.  Como fuga da realidade, disfarçada em diversão. Enquanto o poder me servia para ajudar eu não me dei conta dessa questão. Mas a partir do momento em que eu incomodei, e  por conseguinte fui excluída,  difamada, ofendida, eu repensei meus objetivos, minha vida. E me questionei: qual benefício esse poder está acrescentando em minha vida?

Era apenas gasto de tempo,  de dinheiro,  paranoia em eventos e horários. A verdadeira escravidão. Não havia mais assuntos com amigos que não fosse jogo e poder.

Agora posso dizer que estou em outra situação, muito mais liberta, muito mais elevada. a situação de viver todas as potencialidades que a vida pode me oferecer.

Sim! Gastei muito com jogos. Mas meu ego precisava ser massageado. Hoje não mais. Ele está completo, límpido. Mas sem nunca precisar pisar em ninguém e sempre disponível a quem precisasse de ajuda. Tão pouco precisei burlar sistema, usar de práticas ilegais, ou jogar escondido.

Essa prisão não foi em vão, descobri coisas extraordinárias, aprendi tantas outras. Exerci  muito meu raciocínio lógico.

O que eu posso concluir disso, é que o mundo virtual é fantástico, não é um mundo alheio, é um mundo real, em que se vive. O risco é que podemos viver nele apenas nossas fugas.

A libertação só ocorre, não quando você foge dele, desconecta, mas quando você começa ter a capacidade de  usá-lo de forma racional. De forma benéfica, produtiva. Tendo a capacidade de sonhar e realizar sonhos para a vida, e não apenas para o ego.

Hoje posso dizer: libertei-me do legend On Line.  Fiz amizades grandiosas, algumas deixaram saudades pela falta de contato. Outras continuam por aqui e acolá.

No jogo, além de desenvolver meu raciocínio e perceber a vulnerabilidade humana diante da dicotomia competição e concorrência, tive a possibilidade de me redescobrir, reafirmar  meus princípios éticos e morais. E principalmente redescobrir o amor.


Tente você também. Talvez consiga! Pois há sempre várias alternativas para enfrentamento das adversidades da vida que não seja o vício, a fuga!


Leia também:
http://liliangoncalves.blogspot.com.br/2011/08/bullying-nao-deixe-pra-la.html
http://liliangoncalves.blogspot.com.br/2011/08/bullying-nao-e-normal.html

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