"A pior escravidão é a da
mente!"
Não sei quem disse isso, mas é
uma frase pra lá de real, e verdadeira. que me
tem feito refletir muito nos últimos dias, principalmente sobre jogos on
line.
Por algum tempo, um bom tempo,
frequentei jogos on line. Embora inicialmente parecesse uma diversão, e eu
afirmasse isto a todo o momento, na verdade, não passava de uma escravidão
mental que eu sofria.
Não nego que possa ter pessoas
ali, que jogam por pura diversão. Mas uma maioria joga por fuga, por escravizar
a própria mente. O que diferencia uma pessoa de outra são as relações que ela
estabelece no ambiente de jogo.
Quando em jogo há segregação,
isolamento, exclusão, quando a competição deixa o campo sadio e passa a
fissura, à concorrência, isso significa que
sua mente está escravizada e busca num jogo se libertar. Refugia-se no
jogo.
Faço aqui uma comparação com uma
passagem antiga do futebol brasileiro,
quando o Brasil perdeu a final de uma copa, na qual Ronaldinho, então patrocinado
pela Nike, jogou super mal. Ali, naquele jogo o jogador e equipe deixaram de
ser competidores e passaram a ser concorrentes. O dinheiro deu o poder comandou
o poder.
Isso sintetiza muito bem o que
quero demonstrar nos jogos on line. Quando o dinheiro é o carro chefe para o
poder, e este poder passa a ser fruto de
ambição e não consequência de esforços, a competição perde o sentido.
Por outro lado há aqueles em que
busca o poder apenas para subestimar os outros, e para isso usam de todos os
esforços para chegar lá, inclusive
crimes, bullying, etc.
Assim quando se chega ao poder,
sendo este fruto de investimentos e não de esforços, e esse poder é
exercido de forma autoritária, também é um caso a se pensar, ou
melhor, repensar na vida.
Como diz Padre Fábio de Melo, o
poder deve ser para servir, ajudar, e não mandar, humilhar.
Isso é doentio, é fuga, é
escravidão mental.
Por algum tempo eu me mantive
nessa escravidão. Como fuga da
realidade, disfarçada em diversão. Enquanto o poder me servia para ajudar eu
não me dei conta dessa questão. Mas a partir do momento em que eu incomodei,
e por conseguinte fui excluída, difamada, ofendida, eu repensei meus
objetivos, minha vida. E me questionei: qual benefício esse poder está
acrescentando em minha vida?
Era apenas gasto de tempo, de dinheiro,
paranoia em eventos e horários. A verdadeira escravidão. Não havia mais
assuntos com amigos que não fosse jogo e poder.
Agora posso dizer que estou em
outra situação, muito mais liberta, muito mais elevada. a situação de viver
todas as potencialidades que a vida pode me oferecer.
Sim! Gastei muito com jogos. Mas
meu ego precisava ser massageado. Hoje não mais. Ele está completo, límpido.
Mas sem nunca precisar pisar em ninguém e sempre disponível a quem precisasse
de ajuda. Tão pouco precisei burlar sistema, usar de práticas ilegais, ou jogar
escondido.
Essa prisão não foi em vão,
descobri coisas extraordinárias, aprendi tantas outras. Exerci muito meu raciocínio lógico.
O que eu posso concluir disso, é
que o mundo virtual é fantástico, não é um mundo alheio, é um mundo real, em
que se vive. O risco é que podemos viver nele apenas nossas fugas.
A libertação só ocorre, não
quando você foge dele, desconecta, mas quando você começa ter a capacidade
de usá-lo de forma racional. De forma
benéfica, produtiva. Tendo a capacidade de sonhar e realizar sonhos para a
vida, e não apenas para o ego.
Hoje posso dizer: libertei-me do
legend On Line. Fiz amizades grandiosas,
algumas deixaram saudades pela falta de contato. Outras continuam por aqui e
acolá.
No jogo, além de desenvolver meu
raciocínio e perceber a vulnerabilidade humana diante da dicotomia competição e
concorrência, tive a possibilidade de me redescobrir, reafirmar meus princípios éticos e morais. E
principalmente redescobrir o amor.
Tente você também. Talvez
consiga! Pois há sempre várias alternativas para enfrentamento das adversidades da vida que não seja o vício, a fuga!
Leia também:
http://liliangoncalves.blogspot.com.br/2011/08/bullying-nao-deixe-pra-la.html
http://liliangoncalves.blogspot.com.br/2011/08/bullying-nao-e-normal.html
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