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domingo, 6 de janeiro de 2013

Carta aberta a Julio Gasparette


Embora esta carta cite em seu título apenas Julio Gasparette, é extensiva a todos os demais vereadores  que apoiam o legislador no projeto de enviar uma representação às autoridades nacionais (presidenta, ministro do trabalho, deputados e senadores) pedindo a redução da idade mínima para o trabalho.


Tal projeto traduz-se na mais perfeitamente falta de representação que o legislativo é para com a população de Juiz de Fora, pois não foi discutido em sua totalidade com os vários setores sociais, e tão pouco verificado se é a vontade da maioria da população. E o que não falta na cidade são instrumentos para isto.

E mesmo que insistam em dizer que cada qual discutiu em seu “nicho”,  isso é uma inverdade, pois estamos em inicio de gestão não daria tempo para tal. Sabe-se lá como foi agendada esta discussão em meio a tantas outras prioridades que temos urgência na cidade.

Além disso, o órgão de maior importância para o debate não existe em Juiz de Fora, que é o CONSELHO MUNICIPAL DA JUVENTUDE, que foi tema de audiência pública em fevereiro de 2012,  e sugerido sua reativação. Mas nenhum vereador quis retornar ao debate ou tentar acelerar  esta votação, não é mesmo?

É no mínimo jocoso a preocupação do vereador autor do projeto, também empresário, se preocupar com a idade mínima para o trabalho,  e não se preocupar com a juventude propriamente dita. Será mais fácil enviar uma representação à somar esforços para reativação de um conselho municipal da juventude?

Talvez o senhor não saiba que  nem todos os jovens  são vítimas e autores da violência que assola a faixa etária em questão. Temos muitos outros jovens sem locais públicos para praticar esporte, desenvolver suas habilidades artísticas ou outras, sem  local de lazer, sem uma política  que invista realmente neles (e não no empresariado local), sem perspectiva de vida não por falta de recursos financeiros, mas sociais. Dentre muitas outras pendências existentes na cidade e que passam longe da “falta de idade” para trabalharem.

Vale então reforçar, para finalizar, que não é a falta de trabalho e possibilidade para tal que aumenta a violência, mas sim a falta de educação: educação de qualidade  e não apenas saber ler, escrever e fazer contas para passar de ano.

Assim, eu como povo de Juiz de Fora, NÃO ESPERO mais que os senhores legisladores municipais cumpram o seu dever de nos REPRESENTAR, representar além das nossas vontades, as nossas reais necessidades. Eu agora EXIJO!

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