Desde o resultado final das eleições a imprensa vem
publicando algumas notas sobre a
situação do PSBD, aqui em Juiz de Fora, não foi diferente, várias notinhas pipocaram
na imprensa e alguns posts nas redes
sociais.
Dentre os
comentários falava-se de racha, conflito interno, reestruturação partidária (a partir
da base) e inicio das movimentações para as convenções já agendadas para o ano
que vem.
A meu ver o PSDB
tem bem pouco a pensar e muito a ouvir, a escutar, a ler, ampliando os canais
de comunicação com a população. Afinal não adianta uma reestruturação permanecendo com velhas práticas. É o mesmo
que reformar uma casa e não cuidar dos
vazamentos, infiltrações, ou reutilizar materiais já danificados.
O momento é outro, novas
circunstâncias surgiram, as tradições
passam a ser sinônimo de atraso, não considerar algumas esferas e detalhes como
importantes pode ser fatal. Por isso digo que o partido não precisa pensar
muito, mas ouvir.
Não cabe mais um
partido atuar apenas como um instrumento para chegar ao “poder”, apenas com
fins eleitoreiros. Se deve existir mudança, a primeira deve ser neste sentido de dar uma nova ordem, um novo rumo aos objetivos do partido, que não sejam apenas
eleitoreiros.
Para isso, em sua
direção deve estar uma pessoa com uma visão ampliada da situação, não basta aquele
bom de articulação partidária, o mais conhecido, o mais popular. Mas uma pessoa
capaz de unir todas essas características aliada a uma capacidade de agir, e não reagir. Assim
não basta ser aquela que entende muito de lei, ou com muito acesso a grupos sociais, ou que tenha um cargo no
executivo ou legislativo. Esses só sabem reagir.
É preciso lembrar
que estamos na era digital, na qual os interesses estudantis ultrapassam o
limite de temas estudantis, que o apelo
populista ganha espaço numa guerra de braços pelo “poder midiático”, que o
prazer é a única coisa incorruptível e mais atraente que “debates políticos”.
Por isso que
práticas defasadas, arcaicas não cabem mais dentro de um partido, e não é
juventude que mude isso, mas sim a capacidade de perceber as variações
ambientais e transforma-se conforme
esta.
Na realidade de
Juiz de Fora é um tema delicado, pois muitos do partido estão marginalizados.
Por exemplo, Rodrigo Mattos, que pode ser um dos “concorrentes” à direção do
partido no município. O vereador é antipático, não representa o novo, é reeleito
por votos "cativos", não evolui, não se
comunica, é fechado em si mesmo, além de ter um processo no currículo, que
diferentemente do pai, não se safou ainda dele.
Sueli Reis é
detestada por muitos, principalmente comerciantes de bairros. Não conseguiria a
simpatia de muitos e poderia transferir esse sentimento para o partido, e aliado
à campanha de marginalização tucana por parte dos partidos de esquerda só pioraria a situação do PSDB na sociedade.
Custódio está com a imagem desgastada, transferiria também para o partido essa imagem, e a tal renovação não iria se dar de qualquer forma. O partido continuaria na masmorra.
Custódio está com a imagem desgastada, transferiria também para o partido essa imagem, e a tal renovação não iria se dar de qualquer forma. O partido continuaria na masmorra.
Teria nomes como
Romilto, Toti, mas distantes de uma realidade nova, ainda estão nas velhas práticas.
Hoje no partido na
cidade vejo dois nomes apenas: Gustavo Vieira, e José Laerte (este já sendo da direção municipal). Sendo que Gustavo
teria que melhorar a questão da
popularidade, não é tão conhecido. Mas a questão que ronda esses dois nomes é a
responsabilidade, com relação à condição que teriam
de conseguir sanar o racha partidário, para que um grupo não seja mais
beneficiado do que o outro.
Daqui de fora, o que
se observa é que esse racha é proveniente de uma cultura política partidária
pautada no interesse: você me apóia que será beneficiado com cargo, te dou o
cargo tal para você me apoiar. É algo verticalizado, e difícil de ser
trabalhado, pois os debates se dão dessa forma, os apoios eleitorais idem. Os militantes
são criados assim. É vicio imposto, ensinado, e exigido pelos caciques do
partido desde sempre. E no PSDB isso é ainda mais forte, basta conversar com
algum militante para perceber isso, com raríssimas exceções.
Agora, em relação a
direção juiz-forana é preciso se pensar ainda a posição do partido em relação a
próxima gestão. O prefeito eleito, deixou claro que o apoio que ele recebeu foi
do PSDB estadual e não municipal, e fez questão de frisar isto. Escolher alguém
do grupo do silêncio: daqueles que não declararam apoio ao mesmo pode gerar uma
estagnação do partido, visto que perderam uma cadeira na Câmara, e Rodrigo como
dito é inexpressivo e antipatizado na cidade.
Para cair em todos
os filtros de palavras:
PSDB, tucanos em
Juiz de Fora, tucanos JF, PSDB-JF, José Laerte, Gustavo Vieira, Rodrigo Mattos,
Custódio Mattos, Sueli Reis, Bruno Siqueira, Marcus Pestana, Aécio Neves, Anastasia,
Turma do Chapéu, JPSDB, Beto richa, Álvaro Dias, FHC.
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