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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Tucanato Juiz-forano



Desde  o resultado final das eleições a imprensa vem publicando  algumas notas sobre a situação do PSBD, aqui em Juiz de Fora, não foi diferente, várias notinhas pipocaram na imprensa e  alguns posts nas redes sociais.

Dentre os comentários falava-se de racha, conflito interno, reestruturação partidária (a partir da base) e inicio das movimentações para as convenções já agendadas para o ano que vem.

A meu ver o PSDB tem bem pouco a pensar e muito a ouvir, a escutar, a ler, ampliando os canais de comunicação com a população. Afinal não adianta uma reestruturação  permanecendo com velhas práticas. É o mesmo que reformar uma casa e  não cuidar dos vazamentos, infiltrações, ou reutilizar materiais já danificados.

O momento é outro, novas circunstâncias  surgiram, as tradições passam a ser sinônimo de atraso, não considerar algumas esferas e detalhes como importantes pode ser fatal. Por isso digo que o partido não precisa pensar muito, mas ouvir.

Não cabe mais um partido atuar apenas como um instrumento para  chegar ao “poder”, apenas com fins eleitoreiros. Se deve existir mudança, a primeira deve ser neste sentido de dar uma nova ordem, um novo rumo aos objetivos do partido, que não sejam apenas eleitoreiros.

Para isso, em sua direção deve estar uma pessoa com uma visão ampliada da situação, não basta aquele bom de articulação partidária, o mais conhecido, o mais popular. Mas uma pessoa capaz de unir todas essas características aliada a  uma capacidade de agir, e não reagir. Assim não basta ser aquela que entende muito de lei, ou com muito acesso a  grupos sociais, ou que tenha um cargo no executivo ou legislativo. Esses só sabem reagir.

É preciso lembrar que estamos na era digital, na qual os interesses estudantis ultrapassam o limite de temas estudantis,  que o apelo populista ganha espaço numa guerra de braços pelo “poder midiático”, que o prazer é a única coisa incorruptível e mais atraente que “debates políticos”.

Por isso que práticas defasadas, arcaicas não cabem mais dentro de um partido, e não é juventude que mude isso, mas sim a capacidade de perceber as variações ambientais e  transforma-se conforme esta.

Na realidade de Juiz de Fora é um tema delicado, pois muitos do partido estão marginalizados. Por exemplo, Rodrigo Mattos, que pode ser um dos “concorrentes” à direção do partido no município. O vereador é antipático, não representa o novo, é reeleito por votos  "cativos", não evolui, não se comunica, é fechado em si mesmo, além de ter um processo no currículo, que diferentemente do pai, não se safou ainda dele.

Sueli Reis é detestada por muitos, principalmente comerciantes de bairros. Não conseguiria a simpatia de muitos e poderia transferir esse sentimento para o partido, e aliado à campanha de marginalização tucana por parte  dos partidos de esquerda só pioraria a situação do PSDB na sociedade. 

Custódio está com a imagem desgastada, transferiria também para o partido essa imagem,  e a tal renovação não iria se dar de qualquer forma. O partido continuaria na masmorra.

Teria nomes como Romilto, Toti, mas distantes de uma realidade nova, ainda  estão nas velhas práticas.

Hoje no partido na cidade vejo dois nomes apenas: Gustavo Vieira, e José Laerte (este já sendo  da direção municipal). Sendo que Gustavo teria que melhorar a questão  da popularidade, não é tão conhecido. Mas a questão que ronda esses dois nomes é a responsabilidade, com relação à condição que teriam de conseguir sanar o racha partidário, para que um grupo não seja mais beneficiado do que o outro.

Daqui de fora, o que se observa é que esse racha é proveniente de uma cultura política partidária pautada no interesse: você me apóia que será beneficiado com cargo, te dou o cargo tal para você me apoiar. É algo verticalizado, e difícil de ser trabalhado, pois os debates se dão dessa forma, os apoios eleitorais idem. Os militantes são criados assim. É vicio imposto, ensinado, e exigido pelos caciques do partido desde sempre. E no PSDB isso é ainda mais forte, basta conversar com algum militante para perceber isso, com raríssimas exceções.

Agora, em relação a direção juiz-forana é preciso se pensar ainda a posição do partido em relação a próxima gestão. O prefeito eleito, deixou claro que o apoio que ele recebeu foi do PSDB estadual e não municipal, e fez questão de frisar isto. Escolher alguém do grupo do silêncio: daqueles que não declararam apoio ao mesmo pode gerar uma estagnação do partido, visto que perderam uma cadeira na Câmara, e Rodrigo como dito é inexpressivo e antipatizado na cidade.




Para cair em todos os filtros de palavras:

PSDB, tucanos em Juiz de Fora, tucanos JF, PSDB-JF, José Laerte, Gustavo Vieira, Rodrigo Mattos, Custódio Mattos, Sueli Reis, Bruno Siqueira, Marcus Pestana, Aécio Neves, Anastasia, Turma do Chapéu, JPSDB, Beto richa, Álvaro Dias, FHC.

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