Nos últimos dias o país
vive uma discussão e uma queda de braço sobre a redução ou não da conta de luz.
De um lado o governo federal anunciando
a redução, dizendo ser possível e isso favorecendo aos brasileiros, com maior
poder de compra e assim incentivando a econômica, do outro alguns estados,
governados por pessoas do PSDB afirmando
ser uma “proposta” eleitoreira, que o
país só tem a perder, isso poderá
provocar redução de fornecimento, de qualidade, de produtividade, e até
desemprego. O governo de Minas acrescenta ainda que já não cobra ICMS de pessoas que consomem até 90
kwh de energia mensalmente.
Há ainda no
discurso problemas na renovação de concessões, e outros detalhes que não cabe
aqui dizer para não se tornar muito extenso, e por já ter sido explorado por vários autores, blogueiros, jornalistas,
etc. Sugiro fazer uma busca sobre o tema
“redução da conta de luz”.
Se de um lado
afirmam que o país só tem a perder com tal “medida eleitoreira”, do outro o
governo e seus defensores (ou seria exército de um homem só?) afirmam que o
opositores querem beneficiar empresas “patrocinadoras”
de suas candidaturas.
Nessa história não
há mocinhos e bandidos, todos são um só, uma coisa só. E digo coisa porque há
coisas ainda inexplicáveis. E não me refiro ao fato da presidente do país ter
anunciado em período eleitoral tal redução, sem debate, sem aprovação, sem
nada... Mas de um fator que simplesmente houve um silêncio.
O fator se chama:
Grupo Rede Energia, composto por 08 (oito) distribuidoras de energia, que está em
dificuldades, e em novembro entrou com pedido de recuperação judicial. Já
estando sob intervenção da ANEEL, e já há indícios de que esta não ajudou lá muito, ao contrário (vide links
em anexo). O Grupo Rede cobre 34% do país, atende
10% da população em seis Estados. Ganha um doce quem advinhas quais os
estados...
Os
problemas da Rede Energia já vinham se estendendo há alguns anos, e mesmo com
dívidas, principalmente da distribuidora Celpa do Pará, a Caixa Econômica
Federal e o BNDES adquiriram (juntos) 41% total do grupo. E venderam
recentemente a preço de banana ao Grupo Equatorial Energia s/a, cujos maiores
acionistas são da PCP Latin America Power S/A (cujos responsáveis são ex
cotistas do Banco Pactual). A Equatorial Energia tem se “especializado” em
adquirir distribuidoras “problemáticas”,
em dificuldades.
E mesmo
com tantas dívidas, tendo adquirido a Celpa há poucos meses, a Equatorial esta semana já apresenta um ‘up”
em suas ações esta semana. Enquanto as demais distribuidoras do Grupo Rede...
No
interesse de compra de distribuidora temos
CEMIG, Ligth, Energisa. Não podemos esquecer aqui dois pontos interessantes: a Equatorial se equipara a Ligth
e Cemig já (não vou nem citar aqui Andrada e Gutierrez). E que esta última fez,
recentemente, um empréstimo para saldar suas dívidas.
Após uma
semana acalorada de discussão sobre redução ou não, os ânimos se esfriam, mas
não o tema não cai no esquecimento. Teria sido o aviso que o PSDB recebeu do “Anonimous
Brasil”, ao invadirem páginas (perfis) do PSDB: Beto Richa (twitter e facebook)
e Fan Page no Facebook da REDE PSDB? Ou teria sido o sucesso “acionário”?
Interessante
que a invasão aconteceu em um político do Paraná (onde tem distribuidora do Grupo
Rede), e um dia antes dele dar uma entrevista sobre ao assunto à Folha de São
Paulo.. mera coincidência? É claro que não, Richa sabe de coisa, e não querem
que ele fale.
Mas a
novela está longe de acabar, a ditadura pode dar a sentença e ponto final. E
não vai parar “na energia”, virá ai a redução do gás... Ou seja, a tentativa de
enfraquecer financeiramente o
adversário, se é que me entendem.
Como
canta Biquini Cavadão: “dane-se o mundo, dane-se tudo...” Tudo pelo poder!
E o que isso tem a ver com a redução ou não de conta de luz? Empresas enfraquecidas, acontece o que? O que o Estado faz?
E o que isso tem a ver com a redução ou não de conta de luz? Empresas enfraquecidas, acontece o que? O que o Estado faz?
Deixo
então uma série de links para entender melhor tudo o que foi dito acima.
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/79812-grupo-rede-tenta-reduzir-endividamento-na-justica.shtml
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