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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Alguns aspectos sobre conta de luz – a redução de informação


Nos últimos dias o país vive uma discussão e uma queda de braço sobre a redução ou não da conta de luz. De um lado o governo federal  anunciando a redução, dizendo ser possível e isso favorecendo aos brasileiros, com maior poder de compra e assim incentivando a econômica, do outro alguns estados, governados por pessoas  do PSDB afirmando ser uma “proposta” eleitoreira, que  o país só tem a perder, isso  poderá provocar redução de fornecimento, de qualidade, de produtividade, e até desemprego. O governo de Minas acrescenta ainda que já  não cobra ICMS de pessoas que consomem até 90 kwh de energia mensalmente.

Há ainda no discurso problemas na renovação de concessões, e outros detalhes que não cabe aqui dizer para não se tornar muito extenso, e por já ter sido explorado  por vários autores, blogueiros, jornalistas, etc. Sugiro  fazer uma busca sobre o tema “redução da conta de luz”.

Se de um lado afirmam que o país só tem a perder com tal “medida eleitoreira”, do outro o governo e seus defensores (ou seria exército de um homem só?) afirmam que o opositores querem beneficiar  empresas “patrocinadoras” de suas candidaturas.

Nessa história não há mocinhos e bandidos, todos são um só, uma coisa só. E digo coisa porque há coisas ainda inexplicáveis. E não me refiro ao fato da presidente do país ter anunciado em período eleitoral tal redução, sem debate, sem aprovação, sem nada... Mas de um fator que simplesmente houve um silêncio.

O fator se chama: Grupo Rede Energia, composto por 08 (oito) distribuidoras de energia, que está em dificuldades, e em novembro entrou com pedido de recuperação judicial. Já estando sob intervenção da ANEEL, e já há indícios de que esta  não ajudou lá muito, ao contrário (vide links em anexo). O Grupo Rede cobre 34% do país, atende 10% da população em seis Estados. Ganha um doce quem advinhas quais os estados...


Os problemas da Rede Energia já vinham se estendendo há alguns anos, e mesmo com dívidas, principalmente da distribuidora Celpa do Pará, a Caixa Econômica Federal e o BNDES adquiriram (juntos) 41% total do grupo. E venderam recentemente a preço de banana ao Grupo Equatorial Energia s/a, cujos maiores acionistas são da PCP Latin America Power S/A (cujos responsáveis são ex cotistas do Banco Pactual). A Equatorial Energia tem se “especializado” em adquirir distribuidoras  “problemáticas”, em dificuldades.

E mesmo com tantas dívidas, tendo adquirido a Celpa há poucos meses,  a Equatorial esta semana já apresenta um ‘up” em suas ações esta semana. Enquanto as demais distribuidoras do Grupo Rede...

No interesse de compra de distribuidora temos  CEMIG, Ligth, Energisa. Não podemos esquecer aqui dois pontos  interessantes: a Equatorial se equipara a Ligth e Cemig já (não vou nem citar aqui Andrada e Gutierrez). E que esta última fez, recentemente, um empréstimo para saldar suas dívidas.

Após uma semana acalorada de discussão sobre redução ou não, os ânimos se esfriam, mas não o tema não cai no esquecimento. Teria sido o aviso que o PSDB recebeu do “Anonimous Brasil”, ao invadirem páginas (perfis) do PSDB: Beto Richa (twitter e facebook) e Fan Page no Facebook da REDE PSDB? Ou teria sido o sucesso “acionário”?

Interessante que a invasão aconteceu em um político do Paraná (onde tem distribuidora do Grupo Rede), e um dia antes dele dar uma entrevista sobre ao assunto à Folha de São Paulo.. mera coincidência? É claro que não, Richa sabe de coisa, e não querem que ele fale.

Mas a novela está longe de acabar, a ditadura pode dar a sentença e ponto final. E não vai parar “na energia”, virá ai a redução do gás... Ou seja, a tentativa de enfraquecer  financeiramente o adversário, se é que me entendem. 

Como canta Biquini Cavadão: “dane-se o mundo, dane-se tudo...” Tudo pelo poder!

E o que isso tem a ver com a redução ou não de conta de luz? Empresas enfraquecidas, acontece o que? O que o Estado faz? 

Deixo então uma série de links para entender melhor tudo o que foi dito acima.


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