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domingo, 11 de novembro de 2012

Respondendo à novela PSDB-JF


Na última sexta feira, dia 9 de novembro, eu publiquei um texto falando sobre as movimentações do PSDB frente ao fim do processo eleitoral (leia aqui). 

Tal texto foi compartilhado por pessoas, afinal foi publicado não só aqui no blog como em redes sociais, e recebeu alguns comentários, e são sobre esses comentários que estarei respondendo aqui, já que no espaço onde aconteceram os mesmos, eu não tenho acesso por ter sido expulsa por administradores, na época existiam 04 deles, e foi bem antes do período eleitoral. No entanto, na internet  tudo se compartilha e eu consegui  copia de dois desses comentários e relatos de outros.

Em um primeiro momento eu gostaria de colocar que o compartilhamento do meu post foi equivocado. Uma vez que não deram os devidos créditos a quem é de direito, ou seja, Eu. Se a pessoa que compartilhou tem alguma culpa, a culpa não é de ter compartilhado, um tema  que pode ser de interesse de qualquer pessoa. Mas a culpa se insere no fato de não ter preservado meus direitos autorais, as coisas que escrevo são de minha propriedade intelectual. Logo não adianta colocar “vi em outro grupo”.

Por sua vez quem leu e tenta atribuir a quem  compartilhou a culpa de tentar criar discórdia, ou debater explicitamente questões do partido, percebe-se a desatenção ou uma tentativa de desvirtuar o foco do tema. Ora  se a pessoa diz “vi em outro grupo”, isso significa que não é dela. Assim tentar imputar algo a ela é errôneo.

Da mesma forma que o que eu disse não se trata de discussões internas se assim fosse é melhor criar uma cláusula no estatuto dos partidos  políticos proibindo  parlamentares, e militantes falarem qualquer coisa a respeito do partido que não fosse defesa da ideologia. O fato é que tudo que eu escrevi está disposto nas redes sociais, nas mesas de bares, nos comentários de ônibus, nos corredores de repartições públicas, nos elevadores de condomínios, nas salas de espera por atendimento médicos, nos jornais, etc.

Uma das coisas que contestam em meu testículo   é o título. Colocam a inexistência de um terceiro turno. Quem falou em terceiro turno? Meu titulo refere-se terceiro TEMPO! E refere-se das MINHAS discussões sobre o partido em relação ao período eleitoral e não às eleições. Falei do PSDB antes das eleições, por ocasião do aumento salarial dos, por ocasião do aumento de passagem de ônibus, por ocasião da CONSOCIAL, por ocasião do COMPID, da construção da UPA Zona Norte, etc. Depois falei do PSDB durante a campanha eleitoral, e agora retorno ao terceiro tempo. E mesmo que eu tivesse falado turno, existem turnos em várias instâncias e não só eleitoral. Eu, por exemplo, já estudei nos três turnos, manhã, tarde e noite. No futebol existem turnos nos campeonatos.  Nos hospitais também existem turnos de  trabalho de funcionários, etc.

Depois iniciei o texto falando do inicio das reuniões ordinárias do PSDB... Se marcar uma reunião fosse algo errado, pedissem segredo, e não fizesse ligações convidando pessoas, mandasse cartas deixando claro ser confidencial. E mesmo assim teria que ter a tal cláusula supracitada proibindo falar algo que não fosse à defesa do partido.  Como também falei anteriormente, as pessoas comentam, organizam agendas com outras.

Posteriormente falei sobre “acertos” entre os dois grupos que se formaram durante a campanha, mais explicitamente no segundo turno. Ora isso não é informação  interna,  podemos acompanhar na imprensa (eletrônica e impressa) o delineamento bem claro dos dois grupos que se formaram, e inclusive com o vídeo do último debate eleitoral do segundo turno pela Tv Integração o próprio Bruno Siqueira fala a respeito desta dicotomia em termos de apoio recebido (https://www.youtube.com/watch?v=86QyHx7kb_I&feature=plcp). 

Na reportagem do dia  17 de outubro do jornal Tribuna de Minas, ficou claro que parte do partido ficou com o pessoal do PSDB-BH, e outra parte aguardava a reunião da executiva, que não houve. Pois não declararam apoio algum, nem mesmo mantendo a neutralidade e deixando a militância livre para tal. Nem sequer orientaram a militância explicitamente. Pois eles são e querem ser representantes do POVO, e a lei eleitoral resguarda o direito desse mesmo POVO à informação.

A seguir falo sobre a renovação no partido a partir da juventude, na cidade encabeçada por Daniel Domingues (presidente da juventude do partido na cidade) e  José Laerte (presidente do diretório Municipal). Além disso, acrescentei a informação da maioria  insatisfeita com a atual administração, o que foi acentuado com o apoio à Bruno. Essas informações não são internas, não houve a BOATARIA TUCANA, apenas  uma análise  do que foi publicado e dito na Internet.





Então para explicar esse raciocínio  parto da publicação do 
Tribuna de Minas em 28 de outubro que  uma reportagem cujo titulo foi “O PSDB terá que se reconstruir”, na qual Pestana declarou que “qualquer construção do futuro tem que partir de um diagnóstico do passado. Na sua opinião, a sigla não ressurgirá das mãos de ‘medalhões tucanos’. Eu e o Custódio devemos passar o bastão para a nova geração, deixar a juventude recriar, reinventar o PSDB em Juiz de Fora”.


Nesse fragmento o Deputado deixa claro os dois grupos ao citar ele e Custódio. Ainda fala da necessidade de reconstruir o partido. Ora  se estivesse tudo bem, não precisaria reconstruir. E falou que esta reconstrução deve vir da juventude. Ora se ele cita a juventude não é tirando da cartola não. Deve-se a dois fatores primordiais: após as eleições dos EUA a juventude ficou em evidência em todo o mundo como um instrumento facilitador de vitórias e implementador de mudanças, etc. Por outro lado um instrumento que o partido pode usar para sair realmente das mesmice, e continuidade. O exemplo disso foi a própria eleição de Bruno como ponto motivacional para tal.

Quanto a participação da juventude na atual administração em detrimento de outros partidos dispensa comentários.

Porém todo esse panorama é reforçado com outra reportagem, comentários e postagens nas redes sociais. Na reportagem do dia 17 de outubro, no mesmo jornal supracitado, fica evidente que a decisão do partido a nível estadual não era compartilhada por todos do diretório municipal, explicitada nas falas de Rodrigo Mattos e lideranças não reveladas. O que foi confirmado por comentários na mesma  publicação, no qual afirmavam que a maioria apoiava a cúpula estadual e não municipal, que estava isolada no silêncio e indecisão. Assim, como a insatisfação de militantes que chegaram a se desfiliar ao longo da gestão Custódio, mostrando que o partido não estava (e nem está coeso).

Mas esse fato não é crime, pecado, não desmerece, é comum. Porém deve ser considerado e  compreendido não do prisma banal interno, mas como isso se reflete na sociedade.

Cabe ainda dizer  que essa postura da “cúpula” tucana municipal, ao meu entender, configura-se como infidelidade partidária, passível de medidas disciplinares, resguardadas pelo  artigo 132º item III  do estatuto do PSDB, que trata da fidelidade partidária, e diz que “desobediência às deliberações regularmente tomadas em questões fundamentais, inclusive pela bancada a que pertencer o ocupante do cargo legislativo e também dos titulares de cargos executivos”. Por sua vez a infidelidade partidária se refere ao  Art. 15º item IV do estatuto do partido que dispõe: “manter conduta ética, pessoal e profissional, compatíveis com as responsabilidades partidárias, particularmente no exercício do mandato eletivo e de sua função pública”. Além disto, o grupo da atual gestão ficando alheio a esta decisão, e  sem se posicionar a respeito, infringiram o artigo 15º  item  VI “manter relações de urbanidade e respeito com os dirigentes partidários, os detentores de mandatos eletivos e os demais filiados”. Ora Se Pestana e José Laerte são  dirigentes, então deveriam ser respeitados, não?

Voltando ao raciocínio proposto, se Pestana fala de juventude  como um instrumento reformador, o presidente da juventude do partido e  do diretório municipal declararam apoio a Bruno concordando com a “estadual”, e não compartilhando do silêncio e indecisão de um pequeno grupo, logicamente essas pessoas estarão a frente na reconstrução do partido na cidade, não?

Digo pequeno grupo baseado no comentário da reportagem que enfatiza que a maioria do partido apoiou Bruno e diante dos resultados das eleições no segundo turno.

Indo um pouco mais além acredito sim que o único parlamentar eleito na cidade deva sim ser ouvido, assim como o militante, a juventude, os  dirigentes, etc. mas  a declaração e indicação do único parlamentar eleito não resolve de nada   à renovação pelo fato dele estar no terceiro mandato, e  em termos concretos não fazer nada substancialmente pela cidade,  foi eleito mas seus votos não somaram uma quantidade assim tão expressiva, e conseguiu graças aos 230 mil reais gastos. E aqui não induzo compra de votos, pois não cabe a mim e nem faria uma acusação sem provas, mas  me refiro exclusivamente a  uma baita campanha de propaganda e marketing. Por outro lado o próprio estatuto do partido, as vezes esquecido nos fatos corriqueiros dispõe em seu artigo 49º, §1º que “ Os integrantes das bancadas do partido nas Casas legislativas deverão subordinar sua ação parlamentar aos princípios doutrinários e programáticos e às diretrizes  estabelecidos pelos órgãos de direção partidários, na forma deste estatuto.” Logo, a decisão de caminhos a serem seguidos não cabe ao parlamentar apenas.

Assim para finalizar, acrescento que quem deveria conduzir o que, e a quem, seria o executivo, ao presidente do partido suas insatisfações.  Ter um cargo público no executivo ou legislativo não significa serem donos de um partido, e nem ditadores de regras. O estatuto do partido não estabelece isso, e  não diz que o partido deva ser subordinado aos detentores de cargos eletivos. E não saber de  reuniões na segunda, se não for um "fazer-se de vítima" deve ser reclamado e constar em ata tal reclamação, porque eu fiquei sabendo!

Assim, se houve falta de ética, foi por parte de quem não respeitou o estatuto, uma vez que o texto em questão é de MINHA AUTORIA, com base no exposto acima, inclusive baseado no estatuto do partido, e o que o presidente estadual do mesmo  deixou bem claro nas redes sociais.  Se o partido não zela pelo próprio estatuto, eu corro atrás para que a sociedade tenha seus direitos resguardados pelo mesmo:


 









Links de referência

http://eleicoes2012.tribunademinas.com.br/noticia/situacao-segue-indefinida-no-psdb-de-juiz-de-fora


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p.s. 1: Com esse texto reforço a necessidade dos partidos de Juiz de Fora pararem de pensar que assuntos partidários é apenas para  filiados, se for assim melhor rasgarem o estatuto e colocarem apenas dois artigos : 1º) Partido político só serve para se chegar ao poder;
2º) exclua a sociedade de tudo, ela só serve para votar em você, não precisa saber de nada.

p.s. 2: RENOVAÇÃO JÁ, a começar pelas formas de pensar.

p.s. 3: quando encontrarem algum  opinião na Internet contextualizem,  pesquisem, analise de forma ampla, integral e não fragmentada, pois uma negligência pode ser interpretado como oportunismo e/ou manipulação.

p.s. 4: em breve estou abrindo meu curso de mídias (hahahaha), pode fazer uma pre inscrição por In box no Facebook, ou solicitar uma consultoria.

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