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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

PESQUISA JORNAL O TEMPO - UMA REFLEXÃO



Vejamos os Números das últimas pesquisas:


IBOPE
Diferença
POSICIONE
Diferença
CP2
Diferença
Votos validos
B:  62%
24%
B: 62%
24%
B: 61%
22%
M: 38%
M: 38%
M: 39%
 Estimulada
B: 60%
20%
B: 57%
22%
B: 50%
19%
M: 40%
M: 35%
M: 31%
Espontânea
B: 54%
17%
B: 53%
20%
B:  47%
16%
M: 37%
M: 33%
M: 31%

Hoje foi divulgada a terceira pesquisa eleitoral acerca do segundo turno de Juiz de Fora. Com números diferentes daqueles que vinham sendo divulgados, principalmente  na pesquisa espontânea e estimulada, cujas variações foram maiores que a  margem de erros que fica em torno de 4 pontos para mais ou para menos.

A última pesquisa realizada no primeiro turno, realizada pelo Ibope foi a única que apresentou uma variação maior do que a margem de erro, e apresentou, já nela a virada que foi confirmada nas urnas. Nessa pesquisa do instituto CP2 de Belo Horizonte, não apresentou mudança na “colocação” dos candidatos, bruno continua à frente de Margarida e com  folga, mas a diferença de entre eles manteve dentro do percentual de erro.

Assim o pessoal do PT não precisa comemorar muito, pois pode não ser uma virada  de posição do candidato nas preferência, mas representar  a “virada” que as campanhas deram: uma inclinação a dar ênfase a  defender-se dos ataques e falsas acusações do adversário do que priorizar a apresentação de propostas e reafirmar o compromisso com a cidade. Além dos apelos de final de campanha que  contradiz todo o curso da campanha de primeiro turno.

Uma  virada de posição seria garantida se a diferença entre os candidatos variasse mais acompanhada de uma incerteza de voto, características essas que não se confirmam.

Diante desses dados, é quase certo que  Bruno Siqueira seja eleito prefeito de Juiz de Fora. No entanto em Juiz de Fora tudo pode acontecer, ainda mais quando lemos militantes da adversária do candidato espalharem sobre compra de votos no primeiro turno, sobre agressões  proferidas pela equipe a eleitores que fotografavam irregularidades.

Embora, todas as acusações não terem sido  comprovadas, o boato corre,  e situações que podem sugerir tais práticas no próximo dia 28 de outubro é iminente, por mentes maledicentes.  Isso serve para ambos os candidatos. Ter uma estrutura de conscientização, e  anti boca de urna.

Porém não é apenas isso que as pesquisas apontam. Uma pessoa muito bem disse hoje nas redes sociais que: “não são os outros candidatos que ganham, é o PT que perde”. Porém a derrota não é atribuída, por boa parte da população, ao partido, mas à candidata, que acaba com a imagem ofuscada, abalada, depois da segunda derrota em pleitos eleitorais. O que numa linguagem mais popular  seria o mesmo que dizer que a imagem dela fica “batida”.

Assim o Partido dos Trabalhadores, terá que estudar um novo nome, alguém que represente melhor o partido e suas propostas, melhor que a professora. Alguém que esteja mais próximo ao povo e às características populares que o partido carrega. Algo esquecido na escolha do nome para  representar o partido nas eleições majoritárias na cidade.

Lula tem essa característica, Dilma, teve  quando apresentou assim quando se referia ao momento que lutou na ditadura militar, algo que muitos brasileiros se identificaram, mas Margarida não tem essa característica. A universidade ainda é tido como um lugar para a elite, distante da realidade popular, mesmo que o discurso ainda tenha mudado um pouco, por conta das cotas, prouni, Enem, etc. intrinsecamente (quase como uma mensagem subliminar) ainda existe essa  mentalidade acerca das universidades.

Assim, é preciso também, a campanha de Bruno repensar, os números, não basta avaliar a si mesmo, mas a si em relação ao adversário. Afinal eu não ganho uma prova de atletismo  se meu adversário cai. Eu só sou capaz de avaliar meu desempenho, se o desempenho do meu adversário também for bom.

Enfim, as pesquisas servem muito mais para um re-pensar campanhas e posturas, do que demonstrar colocações.


p.s. 1: Vale relatar uma situação que destaquei hoje no Facebook, no qual a equipe de Bruno Siqueira publicou os resultados da pesquisa do Instituto CP2, com números que divergiam dos publicados elo Jornal O Tempo ( o qual divulgou a respectiva pesquisa). Juiz de Fora não é uma cidade politizada ao ponto de  todos entenderem como se dá a pesquisa ,  os tios de abordagens, as variações existentes nos dados. Assim ao se publicar algo, deve-se verificar como a imprensa trabalhou, isso para não gerar duvidas para o eleitor de possíveis manipulações de números, e tão pouco dar chance ao adversário pensar a respeito.


p.s 2: O jornal O Tempo divulgou o resultado da pesquisa de forma superficial, isso tem uma explicação certamente, e pode ser esta:
Não sou nenhuma jurista, ou nem trabalho na área, mas pelo link é possível entender que se trata de um processo que corre desde setembro deste ano entre o PT e Sempre Editora Ltda, empresa  solicitante da pesquisa, e diga-se de passagem é o próprio jornal O Tempo...


p.s 3: sobre o instituto CP2 sugiro a leitura deste texto meu: http://liliangoncalves.blogspot.com.br/2012/09/a-verdade-sobre-as-pesquisas-eleitorais.html

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