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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Not, not and not Vitor Valverde


“O meio campo é lugar dos craques
Que vão levando o time todo pro ataque
O centroavante, o mais importante
Que emocionante, é uma partida de futebol
O goleiro é um homem de elástico
Só os dois zagueiros tem a chave do cadeado
Os laterais fecham a defesa
Mas que beleza é uma partida de futebol”
(Skank – Partida de Futebol)

Hoje o jornal Tribuna de Minas traz uma reportagem sobre os apoios do segundo turno e uma nota. Em ambas deixam claro que o candidato Bruno Siqueira (PMDB) não quer o apoio do PDT, então partido de Vitor Valverde. Talvez uma das pessoas que gerou mais repulsa por parte da população na atual administração municipal.
A declaração do candidato  publicada refere-se que ele agradecerá o apoio, mas não quer o residente do PDT no mesmo palanque que ele, e justifica essa  postura  devido ao fato do Vitor ter sido o negociante  nos entraves sobre os salários dos servidores.
Bom para um candidato a prefeitura de uma cidade que  tem como proposta valorizar os servidores municipais, essa é uma postura muito coerente. Só que não para por ai. Para quem acompanha a política municipal, isso mostra que bruno tem conhecimento de causa. Demonstrou saber quem tem “culpa” de quê. E não marginalizando ou crucificando  o prefeito em exercício.
Essa foi uma bela sacada, e bem característica de Bruno: ser justo, algo que eu senti falta durante todo o primeiro turno, onde parecia que ele estava sendo  mais orientado do que agindo por ele mesmo. Não atacou, simplesmente  defendeu seu posicionamento enquanto candidato a administrar uma cidade, não pensando apenas em si mesmo, mas na população, em especial neste caso nos servidores.
Mas me repetindo, política não é pontual, é um emaranhado, uma trama, na qual os fios se cruzam e formam um tecido, este por sua vez será de boa qualidade ou não dependendo da forma que os fios são cruzados e da qualidade dos mesmos.
Bruno retirou de seu palanque um apoio, que poderia somar muito, já que o PDT  conseguiu  assegurar duas cadeiras no legislativo. Tais representantes foram reeleitos, e nas últimas decisões da Câmara estavam votando em oposição à atual administração, e  somando aos legisladores do PT. Mesmo sendo da base governista. Não acredito que o presidente do PDT não tenha sido consultado para as votações. Muitos o conhecem, sabem que é autoritário, perfeccionista, centralizador (que muitas vezes não é defeito e sim qualidade, depende da situação).
Também não se pode negar que na política  há muita vaidade. E uma recusa educada do PMDB, pode lançar Vitor Valverde diretamente nos braços do PT. Lógico, que não se trata de um apoio a altura de PSDB, mas  o apoio declarado de Vitor Valverde ao PT, ode  tornar esse mais vulnerável,  tal como foi na época com Bejani. Se Bruno pensou ou não nesse sentido, não importa (acho que bem poucos pensarão), mas que acaba o ajudando se isso vier a acontecer, sem dúvida que ajuda.
Mas a trama não para por ai. O tema sobre o apoio de PDT foi apresentado duas vezes por um jornal, não seria a toa. E embora petista estejam já classificando o mesmo como “Tribruno de Minas”, o jornal é e sempre será tarcisista, e desde ano passado vinha já  demonstrando isso, e não abandonaria em época eleitoral.
E posso até dizer, supor que essa insistência de dizer que o jornal defende Bruno Siqueira seja no sentido de tentar convencer a população disto. Mas essas duas referências  do apoio do PDT, e de forma destacada, aliadas a outros fatos, podem não ajudar muito o candidato.
Ai entra a introdução deste texto, na qual eu  apresentei duas estrofes de uma música do SKANK, banda mineira, que  descreve uma partida de futebol. Ali nessa letra mostra bem o que é o trabalho em equipe, não pode apenas um atuar sozinho. E Bruno (juntamente com Sérgio) está atuando praticamente sozinho, os que ajudam são meros eleitores ( e não voluntários). Os dois são meio campos, mas precisam dos lateriais, dos zagueiros, centroavantes e do goleiro. Senão podem acontecer equívocos difíceis de desmentir em tempo hábil.
Ora rola na net um blog que difama Vitor Valverde, na linguagem popular jovem “detona bonito”. E uma declaração de que não o quer no mesmo palanque, aliado a morosidade da equipe... pensem como o adversário pode atuar? Aqui me referindo adversário não  exatamente a candidata petista e sua equipe de forma direta, mas a militância bem orientada.
A equipe já deveria estar agindo desde sempre. Não forçar uma presença eleitoral, acompanhar a política local, (participando da mesma) é fundamental, para quando surgir essas situações, já prever como o adversário pode atuar, e assim evitar comentários,  declarações precipitadas, impensadas, ou redundantes.

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P.s: o título não está na "norma culta" da língua inglesa, apenas brinquei

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