“Sei que vai ter gente que vai
pensar, ou até mesmo falar: ” Nossa você só critica?”
Que bom que critico e não ataco
gratuitamente não é mesmo?
O fato é que essa morosidade pode
não aparecer de forma clara para muitos, porém na harmonia da campanha leva a
um desgaste grande. O problema é que a campanha do candidato Bruno Siqueira espera
os fatos ocorrerem para depois pensarem no que vão fazer, explicar, justificar.
E isso numa campanha, principalmente num
segundo turno, é perder tempo. O ideal é se antecipar.
Há um ditado popular bastante
pertinente para isso: “não sabe brincar, não desce para o play”.
Uma campanha eleitoral ainda pode
ser comparada com uma defesa de tese de mestrado ou doutorado. Não se pode
esperar a apresentação e os questionamentos da banca para se estudar o tema. É preciso
antecipar o estudo. O mesmo vale para os candidatos e equipe, não apenas para
debates.
No entanto, para se antecipar é
preciso conhecer a tática do adversário, e a do PT é bem explícita: atacar gratuitamente e sem o mínimo de
argumento. Custódio foi ruim, e agora Bruno recebe apoio dele, e já o apoiou no
passado; Bruno queria aumentar o numero de edifícios garagem no centro da
cidade no passado e agora fala em melhorias
do transporte publico, e por ai vai.
Quando eu digo antecipação, não
me refiro ao agir antes de determinadas
situações certas de acontecerem, ou impedindo outras tantas de ocorrerem,
mas em estar preparado para não dar abertura para boatos correrem à frente da
verdade ou com algumas boas horas de vantagem.
Vejamos o exemplo de hoje. O PSDB
já anunciou apoio ao candidato Bruno Siqueira, este anuncio foi feito nas
primeiras horas da noite. Ao passo que
quatro horas antes Tarcisio Delgado, que apóia o PT, já havia afirmado
nas entrelinhas sobre o apoio em um post em seu perfil no Facebook. Ora,
Tarcísio não iria ser negligente ao afirmar algo incerto.
Esse post foi o aviso, o sinal
para a militância do PT já sair atacando, fazendo imagens montagens, piadinhas,
fazendo análises. E um dos resgates mais interessantes no sistema de ataque
petista foi a discussão, até então adormecida sobre a saúde do PMDB do bloco
Minas sem Censura (MSC), que agora virou Movimento Minas Sem Censura.
Nesse caso não tinha como se
antecipar antes do apoio firmado, mas era já para ter um texto a esse respeito,
para assim que fosse firmado já soltava o texto, não apenas comunicando o
apoio, mas justificando a postura, explicando os benefícios para a cidade, etc.
Já com relação à saída do PMDB do Bloco
MSC, já era para ter esclarecido, estar na tal central da verdade. Mas não
espera-se o boato, o tema vir a tona, ai parece que estava omitindo.
Outro fato interessante foi sobre
o programa de TV. Quando se faz o programa sabe-se exatamente o dia que ele vai
ao ar, disponibiliza-se assim para as TVs, e rádios. Como uma equipe deixa
passar o dia dos professores, como se faz um programa para o dia dos professores
sem sequer citá-los para parabenizá-los (bem não assisto TV, isso é o que rola
na rede, se teve o cumprimento, onde está a militância voluntária instruída
para desmentir e um vídeo disponibilizado para a verificação?).
Ainda sobre o programa, o tema trânsito,
vale reforçar não muito propício para o dia, esbarrou em um projeto do passado
do candidato, o qual visava permitir mais edifícios garagem no centro da
cidade. Na época que propôs tal projeto à CMJF, especialistas falaram que isso
iria incentivar mais carros no centro. E hoje o então candidato fala da saturação de veículos no centro, e
necessidade de investimentos no transporte público.
Embora de um prisma superficial o
projeto e o programa possam parecer paradoxais, de outro são coincidentes,
complementares. Porém quem deveria ter pensado nisso foram os “idealizadores”
do programa, pegar todo material que envolve o tema trânsito na cidade, e
histórico do candidato e assim elaborar
de forma que a “banca” não tenha muito argumentos para atacá-lo, e não deixar a
superficialidade prevalecer, favorecendo distorções, ataques, etc.
Assim posso concluir que a
antecipação nada mais é do que o planejamento da gestão do conhecimento de
campanha x candidato. Longe disso ocorre o que costumo dizer: o distanciamento
entre candidato x trajetória x campanha.
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