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terça-feira, 16 de outubro de 2012

A morosidade pmdbista juiz forana




“Sei que vai ter gente que vai pensar, ou até mesmo falar: ” Nossa você só critica?”

Que bom que critico e não ataco gratuitamente não é mesmo?

O fato é que essa morosidade pode não aparecer de forma clara para muitos, porém na harmonia da campanha leva a um desgaste grande. O problema é que a campanha do candidato Bruno Siqueira espera os fatos ocorrerem para depois pensarem no que vão fazer, explicar, justificar.  E isso numa campanha, principalmente num segundo turno, é perder tempo. O ideal é se antecipar.

Há um ditado popular bastante pertinente para isso: “não sabe brincar, não desce para o play”.

Uma campanha eleitoral ainda pode ser comparada com uma defesa de tese de mestrado ou doutorado. Não se pode esperar a apresentação e os questionamentos da banca para se estudar o tema. É preciso antecipar o estudo. O mesmo vale para os candidatos e equipe, não apenas para debates.

No entanto, para se antecipar é preciso conhecer a tática do adversário, e a do PT é bem explícita:  atacar gratuitamente e sem o mínimo de argumento. Custódio foi ruim, e agora Bruno recebe apoio dele, e já o apoiou no passado; Bruno queria aumentar o numero de edifícios garagem no centro da cidade no passado e agora  fala em melhorias do transporte publico, e por ai vai.

Quando eu digo antecipação, não me refiro ao agir antes de determinadas  situações certas de acontecerem, ou impedindo outras tantas de ocorrerem, mas em estar preparado para não dar abertura para boatos correrem à frente da verdade ou com algumas boas horas de vantagem.

Vejamos o exemplo de hoje. O PSDB já anunciou apoio ao candidato Bruno Siqueira, este anuncio foi feito nas primeiras horas da noite. Ao passo que  quatro horas antes Tarcisio Delgado, que apóia o PT, já havia afirmado nas entrelinhas sobre o apoio em um post em seu perfil no Facebook. Ora, Tarcísio não iria ser negligente ao afirmar algo incerto.

Esse post foi o aviso, o sinal para a militância do PT já sair atacando, fazendo imagens montagens, piadinhas, fazendo análises. E um dos resgates mais interessantes no sistema de ataque petista foi a discussão, até então adormecida sobre a saúde do PMDB do bloco Minas sem Censura (MSC), que agora virou Movimento Minas Sem Censura.

Nesse caso não tinha como se antecipar antes do apoio firmado, mas era já para ter um texto a esse respeito, para assim que fosse firmado já soltava o texto, não apenas comunicando o apoio, mas justificando a postura, explicando os benefícios para a cidade, etc.  Já com relação à saída do PMDB do Bloco MSC, já era para ter esclarecido, estar na tal central da verdade. Mas não espera-se o boato, o tema vir a tona, ai parece que estava omitindo.

Outro fato interessante foi sobre o programa de TV. Quando se faz o programa sabe-se exatamente o dia que ele vai ao ar, disponibiliza-se assim para as TVs, e rádios. Como uma equipe deixa passar o dia dos professores, como se faz um programa para o dia dos professores sem sequer citá-los para parabenizá-los (bem não assisto TV, isso é o que rola na rede, se teve o cumprimento, onde está a militância voluntária instruída para desmentir e um vídeo disponibilizado para a verificação?).

Ainda sobre o programa, o tema trânsito, vale reforçar não muito propício para o dia, esbarrou em um projeto do passado do candidato, o qual visava permitir mais edifícios garagem no centro da cidade. Na época que propôs tal projeto à CMJF, especialistas falaram que isso iria incentivar mais carros no centro. E hoje o então candidato  fala da saturação de veículos no centro, e necessidade de investimentos no transporte público.

Embora de um prisma superficial o projeto e o programa possam parecer paradoxais, de outro são coincidentes, complementares. Porém quem deveria ter pensado nisso foram os “idealizadores” do programa, pegar todo material que envolve o tema trânsito na cidade, e histórico do  candidato e assim elaborar de forma que a “banca” não tenha muito argumentos para atacá-lo, e não deixar a superficialidade prevalecer, favorecendo distorções, ataques, etc.

Assim posso concluir que a antecipação nada mais é do que o planejamento da gestão do conhecimento de campanha x candidato. Longe disso ocorre o que costumo dizer: o distanciamento entre candidato x trajetória x campanha.

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