Juiz
de Fora já tem o resultado das eleições municipais de 2012. E quem irá
administrar a cidade por quatro anos, a partir de 2013 será Bruno Siqueira
(PMDB).
Diferentemente
do que
muitos colocam ele não tem o poder na cidade. Até porque em seu programa
de governo (página 8) o mesmo tem a proposta de maior participação popular na
gestão. E quem foi a alguma reunião temática para elaboração do programa de
governo sabe que tanto o Bruno quanto o Sérgio (vice-prefeito) têm proposta de
dar continuidade deste “ouvir” a
população.
Também
não se pode dizer que ganhou alguma a disputa eleitoral. Simplesmente foi
escolhido pela maioria votante para administrar Juiz de Fora. É importante se
considerar isto, para que os egos não se exacerbem e a vaidade ganhe o espaço
da humildade que o mesmo sempre teve.
Além
disso, é importante frisar a questão “da
maioria votante”. Ser eleito pela
maioria votante não significa, ser eleito pela preferência da maioria da
população, uma vez que o número de votos que Bruno Siqueira teve, foi inferior
ao somatório de votos da adversária, com nulos, brancos e abstenções.
Em
outras palavras, existem mais pessoas
que não foram convencidas pela proposta do então candidato, do que aquelas que
lhe deram um voto de confiança. Também não significa que sejam opositores, já
que o número de votos recebidos pelo mesmo é superior ao somatório dos votos
brancos, nulos e da adversária.
É complicado
considerar abstenção como sendo “oposição” ao candidato, há de se considerar os
motivos pelos quais as pessoas decidiram não votar (descrença, distância, voto facultativo, etc). Mas não
ode ser ignorado o fato da falta de motivação a ir votar em um candidato que
possa a vir fazer uma excelente administração.
Sendo
assim, o grande desafio estar por vir, e não se refere a superar o adversário,
mas conseguir fazer o diferencial a partir
de ontem, neutralizando a oposição, mesmo que ela ainda esteja meio quieta e
oculta.
É preciso
se lembrar que as pessoas estão cansadas, não apenas das mesmas “carinhas”, mas
de promessas não cumpridas, de esperar, cansadas de não serem ouvidas e tão
pouco atendidas. E qualquer coisa que se refira a esse cansaço será utilizada
como ataque, e não crítica. Acionará a defesa, o “pé atrás”, a desconfiança. E ai
para desmistificar isso é mais
complicado.
Há
um risco grande no pensamento: “é cedo demais”, pois pode levar à comodidade,
aos improvisos de momento, e se tornar lá na frente uma bola de neve, e uma
corrida para desmanchá-la antes de uma avalanche.
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Amanhã: PT x PSDB : onde foi que erramos?
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Amanhã: PT x PSDB : onde foi que erramos?
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