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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Bruno JF Adventures


Um passinho à frente, por favor? Não, definitivamente essa tentativa de inovação na campanha digital de Bruno Siqueira não foi uma boa jogada, não foi, em absoluto, um passo á frente.

O JF Adventures é um aplicativo no Facebook, criado pela equipe da campanha eleitoral do candidato, com intuito de fazer as pessoas refletirem sobre os problemas da cidade de forma lúdica.

Na verdade achei boçal demais provocar essa reflexão por esse jogo, que não tem anda de lúdica para um adulto, ou jovens que estejam na era do RPG,  Xbox, e todos os outros aparatos tecnológicos. Ficar desviando de buraquinhos é extremamente chato.
Se a justificativa para o jogo fosse despertar uma consciência política em crianças, na faixa etária antes dos dez anos, poderia até achar um pouco interessante. Mas para eleitores, é muito infantil.

A limitação de problemas apontados deixou claro que a intenção, na verdade,  não foi levar a uma reflexão, mas tentar atacar a atual gestão. Posso afirmar com total certeza e tranqüilidade que a própria população, no caso os jogadores, são mais conhecedores dos problemas da cidade do que o candidato, que propões a reflexão dos problemas.

E isso se torna até mesmo meio paradoxal diante das outras propostas que Bruno vem adotando na campanha, principalmente a de ouvir o eleitor, e para siso realizou vários encontros com temáticas variáveis para ouvir e conhecer os problemas e possíveis soluções. E agora vem apresentar problemas, ou re requentá-los para reflexão.

Se a intenção fosse realmente a reflexão  não teria apenas as opções de desvios de obstáculos, mas opções de possíveis soluções, aproveitando a oportunidade para apresentar as propostas do candidato. Ai sim seria bastante interessante. Ou ainda  um aplicativo que possibilitasse  apontar, descobrir os problemas.

Um bom candidato não é aquele que conhece os problemas da cidade em sua totalidade, mas aquele que está aberto a ouvir, e criar em conjunto possíveis alternativas.

O jogo apresenta algumas falhas, por exemplo, a pessoa não tem como escolher se participa ou não do ranking. Querendo ou não estará lá. Outro ponto é quanto ao término do jogo.. o bonequinho entra no ônibus e... E? E? fica esperando e lá pela terceira vez da repetição das falas desiste e desliga, sem querer esperar se3 há mais coisa ou não, fica literalmente no vácuo.

E citando as falas, por elas percebe-se que quem fez o aplicativo há um bom tempo não anda de ônibus, e não está nem um pouco atento ás propagandas nas ruas, carros e muito menos em redes sociais. Isso é percebido nas falas do ônibus: pedem um passinho a frente e próximo a porta de trás pedem cinco centavos. Acredito que poucos vão perceber que é uma crítica ao preço da passagem nas observações que aparecem durante o jogo, diferentemente da lotação que é citada. 

Ora desde que houve a inversão da roleta para frente do ônibus, que não se ouve pedir um passinho à frente. Quanto aos cinco centavos, geralmente quem pede dinheiro trocado (ainda mais no preço da passagem que está) é o cobrador, e a fala está na parte posterior do ônibus, isso mostra que quem fez o aplicativo anda desatualizado.

E nem adianta justificar que a estrutura estava praticamente pronta. Pois a “paisagem” é de Juiz de Fora, assim como as cores dos ônibus, e as falas tem a ver com a cidade também (afinal quantas cidades a nível mundial têm preço de passagem que precise pedir cinco centavos? Lembrando que Facebook não é brasileiro). E mesmo que estivesse quase tudo pronto, era só excluir a fala do “passinho a frente” e utilizar o espaço para pedir cinco centavos.

Acho que a única bola dentro foi não utilizar o modismo “centarrus”, sem autorização do criador.

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Para quem quiser verificar o dito acima o link é

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