Um passinho à
frente, por favor? Não, definitivamente essa tentativa de inovação na campanha
digital de Bruno Siqueira não foi uma boa jogada, não foi, em absoluto, um
passo á frente.
O JF
Adventures é um aplicativo no Facebook, criado pela equipe da campanha
eleitoral do candidato, com intuito de fazer as pessoas refletirem sobre os
problemas da cidade de forma lúdica.
Na verdade
achei boçal demais provocar essa reflexão por esse jogo, que não tem anda de
lúdica para um adulto, ou jovens que estejam na era do RPG, Xbox, e todos os outros aparatos tecnológicos.
Ficar desviando de buraquinhos é extremamente chato.
Se a
justificativa para o jogo fosse despertar uma consciência política em crianças,
na faixa etária antes dos dez anos, poderia até achar um pouco interessante.
Mas para eleitores, é muito infantil.
A limitação
de problemas apontados deixou claro que a intenção, na verdade, não foi levar a uma reflexão, mas tentar
atacar a atual gestão. Posso afirmar com total certeza e tranqüilidade que a própria
população, no caso os jogadores, são mais conhecedores dos problemas da cidade
do que o candidato, que propões a reflexão dos problemas.
E isso se
torna até mesmo meio paradoxal diante das outras propostas que Bruno vem
adotando na campanha, principalmente a de ouvir o eleitor, e para siso realizou
vários encontros com temáticas variáveis para ouvir e conhecer os problemas e
possíveis soluções. E agora vem apresentar problemas, ou re requentá-los para reflexão.
Se a intenção
fosse realmente a reflexão não teria
apenas as opções de desvios de obstáculos, mas opções de possíveis soluções,
aproveitando a oportunidade para apresentar as propostas do candidato. Ai sim
seria bastante interessante. Ou ainda um
aplicativo que possibilitasse apontar,
descobrir os problemas.
Um bom
candidato não é aquele que conhece os problemas da cidade em sua totalidade,
mas aquele que está aberto a ouvir, e criar em conjunto possíveis alternativas.
O jogo apresenta
algumas falhas, por exemplo, a pessoa não tem como escolher se participa ou não
do ranking. Querendo ou não estará lá. Outro ponto é quanto ao término do
jogo.. o bonequinho entra no ônibus e... E? E? fica esperando e lá pela
terceira vez da repetição das falas desiste e desliga, sem querer esperar se3
há mais coisa ou não, fica literalmente no vácuo.
E citando as
falas, por elas percebe-se que quem fez o aplicativo há um bom tempo não anda
de ônibus, e não está nem um pouco atento ás propagandas nas ruas, carros e
muito menos em redes sociais. Isso é percebido nas falas do ônibus: pedem um
passinho a frente e próximo a porta de trás pedem cinco centavos. Acredito que poucos vão perceber que é uma crítica ao preço da passagem nas observações que aparecem durante o jogo, diferentemente da lotação que é citada.
Ora desde que
houve a inversão da roleta para frente do ônibus, que não se ouve pedir um passinho
à frente. Quanto aos cinco centavos, geralmente quem pede dinheiro trocado (ainda
mais no preço da passagem que está) é o cobrador, e a fala está na parte posterior
do ônibus, isso mostra que quem fez o aplicativo anda desatualizado.
E nem adianta
justificar que a estrutura estava praticamente pronta. Pois a “paisagem” é de
Juiz de Fora, assim como as cores dos ônibus, e as falas tem a ver com a cidade
também (afinal quantas cidades a nível mundial têm preço de passagem que
precise pedir cinco centavos? Lembrando que Facebook não é brasileiro). E mesmo
que estivesse quase tudo pronto, era só excluir a fala do “passinho a frente” e
utilizar o espaço para pedir cinco centavos.
Acho que a
única bola dentro foi não utilizar o modismo “centarrus”, sem autorização do
criador.
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Para quem quiser verificar o dito acima o link é
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