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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Não faz sentido: eleições digital

Felipe Neto deveria estar profetizando a campanha eleitoral digital de Juiz de Fora quando criou o jargão “não faz sentido” para seus Stands Up virtuais. Pois a campanha eleitoral virtual juiz forana não faz sentido algum.

Tentei ao longo da semana passada reunir algum material para falar do amadorismo que se fantasia de desespero nas redes sociais com relação à campanha eleitoral de 2012, orem tive de me policiar, e no final de semana decidi parar, já que não teria  material para um post, mas para um livro ou mais.

Durante uns dias falei aqui de estratégia de campanha virtual, de ameaças, de pesquisas, de comportamento de militantes, e muitos outros assuntos. Hoje estarei falando disso tudo, mas mostrando na prática.

Para começar vou falar das campanhas que se encerram para conscientizar a população. Em determinado dia  lançaram  na internet a imagem ao lado, sem nomes de quem está na imagem, e questionando se o candidato não fala da “turminha”. Será que todas as pessoas sabem quem são só de olhar a imagem? Então não faz sentido algum!  







Uma pessoa publicou uma foto sobre os remendos que o prefeito fez. Sendo que foi feito por militante de candidato adversário do prefeito. Ora  da forma que foi exposta não faz sentido algum, afinal ele pelo  menos fechou o buraco que poderia causar acidentes,  esqueceu de falar do gasto público, que é uma rua que foi asfaltada recentemente, Nem todos são obrigados a saber cada uma das mais de 400 ruas que foram asfaltadas, quem não passa pela rua com freqüência, nem sempre sabe disso. As pessoas partem do principio que todos fiscalizam as obras municipais, todos passeiam pela cidade com freqüência etc. isso não faz sentido. Essa postagem foi do PT contra PSDB. 




Os partidos, que têm seus candidatos majoritários nas três primeiras colocações nas pesquisas, entraram numa postura um pouco incoerente, que realmente não faz sentido algum. Não há outra explicação para o que fazem, querem impressionar por números, e não por  qualidade. E para isso vale tudo: curtir a si mesmo, curtir somente coisas do próprio partido, publicar campanha em grupos  com objetivo definido que não seja eleições, política ou livre debate, criar perfis, etc.


Veja esses exemplos: o PSDB  publica e a maioria das curtidas são deles mesmos. Isso sintetiza algo bem simples: a estratégia digital deles é fazer volume,  mostrar que estão sendo lidos e estão sendo curtidos, mas só gente deles? Isso não faz sentido. 


























O PSDB inovou na campanha, e em seu comitê central disponibilizou computadores numa chamada Lan45, para que as pessoas pudessem usar para exteriorizar seu apoio ao candidato. Mas pelo visto somente militantes (não sei se de forma voluntária, se filiados ou não ao partido) freqüentam o local para trabalharem para o então candidato. Só que eles  postam compulsivamente coisas que o candidato fez enquanto prefeito, ai quando questionamos algo, respondem com mais “feitos”.  Ora eles estão em rede social e não num fotolog, e ainda me justificaram que não estão num grupo de discussão para debater. Isso definitivamente não faz sentido, desconhecem os instrumentos, a funcionalidade,  os conceitos todos e acaba de falar que não está ali para debate e vem brigar no reservado  porque foi expulsa em meio a discussão que eu não soube debater? Ela tinha acabado de falar que não estava ali para isso...  











Outro trabalhador da Lan45 me pediu propostas ao invés de apresentar a  proposta de quem realmente é candidato, sendo que as reuniões temáticas do candidato já passaram, e tudo para fugir ao debate: Isso não faz sentido algum. 









Não faz sentido apenas reproduzir informações sem nem ao menos ler do que se tratam, fato este comprovado pelo o anuncia do Twitcam por um militante, e depois de  corrigido pela colega, apagou o comentário. 
















Não faz sentido também algumas publicidades  elaboradas para divulgação, e passam aperto os militantes. Que tipo de formação  um centro cultural poderia oferecer além de humana? Será que existe centro cultural para formação animal? Bem nem precisaria muito, pois  o comportamento de uns   é meio duvidoso. 









Qual o sentido de publicar campanha eleitoral em um grupo de compra e venda de  imóveis? E a publicação nem sequer tratava de ocupação de solo,  resíduos da construção civil, ou algo relacionado. 











O que leva uma pessoa a publicar mensagens consecutivas num mesmo espaço, e curtir a si mesmo, sob escopo de  equilibrar a divulgação num grupo de discussão, ou seja, um candidato  publica muita coisa enchendo o saco dos participantes, e militantes do outro partido tentando equilibrar fazem a mesma coisa.  Hein? Não faz sentido... 









Rede social realmente não é local para quem tem humor  inflamado de paixões. Não importa o que aconteça se não leu o pau comeu... Esquecem que internet  existe um servidor de hospedagem, e que esse servidor precisa de manutenção, aprimoramento, atualizações. Ao primeiro “bug” saem acusando a todos de terem apagado, o importante é culpar alguém difamar o  adversário. Em meio a problemas técnicos no Facebook, já vem militante estressado, sendo que muita gente reclamava dos problemas enfrentados com o site na semana passada, e inclusive nota de esclarecimento no próprio grupo. Em outros espaços pessoas falavam até que o computador tinha sido invadido... Mania de perseguição é comum em períodos eleitorais. 







Há ainda aqueles que criam perfis, achando que ninguém consegue  concluir quem seja. Basta  observar um instante e bingo. Criaram um perfil chamado Trolagem eleitoral. Embora falam da maioria dos candidatos, dão preferência a  criarem  cartoons,  charge, sei lá o nome que dá de um só candidato, no caso do PMDB, e geralmente as “piadinhas” gira em torno do fato de ser novo e inexperiente. Outro dado importante do perfil é, não cita em momento algum o atual prefeito de forma direta. Falam de buracos, do preço da passagem do transporte público coletivo, falam de como deveria ser este transporte, fazem uma analogia entre o candidato do PMDB e o atual prefeito, mas nada diretamente e exclusivo ao prefeito como nos demais. Sem contar que a maior parte das coisas compartilhadas, comentários e curtidas soa de gente que está na Lan45. Em partes isso faz algum sentido, mas criar um perfil não, realmente não faz. 



E a prática de responder a post com  vídeos,  links sem nenhum comentário, e quando tem é aquele discurso cansativo de neoliberalismo,  de muitos termos técnicos da área econômica, etc? Onde as pessoas gostam de ler isso, muitos que estão em rede social se preocupam mais com aos chavões da novela do que com política, de que adianta tentar argumentar algo  uma entrevista, uma obra com post desse tipo? Não tem sentido também.


E para terminar li na internet que eu tenho síndrome de superioridade. Pois quase ninguém do PT me conhece. Como assim? Se, vira e mexe, minhas expulsões rendem vários tópicos e muito ibope em outros grupos pelo Facebook? E mesmo retirando aqueles que são fakes, ofendem, floodam, fazem spam, o grupo continua sendo o com mais pessoas, e maior participação, independente de partido, pois lá se respeitar o outro continuam lá. E mesmo que amanhã não venha ser o primeiro em números, com certeza em qualidade será. Por que as leituras envolvendo o PT no meu blog são as mais lidas? E porque depois da minha postagem sobre  a MENTIRA DO PT em sua proposta enviada ao TSE (vide  post sobre PT JF MENTE EM SUAPROPOSTA), a rede PT MG começou a me seguir no Twitter, sendo que só seguem pessoas ligadas ao partido ou que declaram apoio ao mesmo?

Assim posso concluir dizendo que o desespero  em estar em evidência, denuncia o amadorismo assustador de muitos com redes sociais,  demonstrando que a experiência com campanhas tradicionais não resolvam para absolutamente nada na virtualidade, e que esses deslizes muitas vezes são captados de forma negativa ao candidato que se defende.

Essa situação de amadorismo, logicamente, é  reversível. No entanto, me lembra muito o período que começamos a ser alfabetizados, e a professora tem de pegar em nossas mãos para aprendermos o contorno das letras.


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