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terça-feira, 21 de setembro de 2010

O descanso


O cansaço sobre meus ombros

Recorda-me o descanso vislumbrado.

Olho minhas mãos calejadas,

E espero o passado que se foi.

Já não sei se a noite me embriaga

Ou o cansaço me anestesiou

Permaneço nesta cama

Olhando estrelas dançarem no teto.

Ali não é céu, logo não há estrelas

Seriam as aranhas, ou minha imaginação

Mas isso não importa mais

Se aqui jaz alguém.

O corpo mortificado

Nem parece aquele durante o dia

Tão pouco o mesmo o de amanhã

Um corpo que baila, e descansa

O vento que sopra em minha nuca

Alivia meus ombros

Parece levar para longe

A mochila num embrulho.

Não há mochilas, nem pesos.

Há uma tensão, um cansaço, um prazer

Não me tire ele

Não que eu goste de sofrer.

O cansaço prova minha existência

Estou viva! Viva a vida!

Hora de celebrar! Não há colheita!

Apenas frutos de mais uma lida.

Um comentário:

Rodrigo Rocha disse...

Lilian lindo seu poema not°10