O cansaço sobre meus ombros
Recorda-me o descanso vislumbrado.
Olho minhas mãos calejadas,
E espero o passado que se foi.
Já não sei se a noite me embriaga
Ou o cansaço me anestesiou
Permaneço nesta cama
Olhando estrelas dançarem no teto.
Ali não é céu, logo não há estrelas
Seriam as aranhas, ou minha imaginação
Mas isso não importa mais
Se aqui jaz alguém.
O corpo mortificado
Nem parece aquele durante o dia
Tão pouco o mesmo o de amanhã
Um corpo que baila, e descansa
O vento que sopra em minha nuca
Alivia meus ombros
Parece levar para longe
A mochila num embrulho.
Não há mochilas, nem pesos.
Há uma tensão, um cansaço, um prazer
Não me tire ele
Não que eu goste de sofrer.
O cansaço prova minha existência
Estou viva! Viva a vida!
Hora de celebrar! Não há colheita!
Apenas frutos de mais uma lida.
Um comentário:
Lilian lindo seu poema not°10
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