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quinta-feira, 15 de julho de 2010

O medo



Hoje há em mim um medo.
De não ser capaz.
Capaz de reconhecer as diferenças,
Capaz de não compreender o próximo,
Medo de não perceber um grito,
Um pedido de ajuda.
Ou ser indiferente ao outro
Quando ele mais precisar de mim,
De ser injusta quando mais esperarem minha justiça
De perder tempo com excessos
E não gastá-lo com coisas realmente importantes à vida.


O medo de não dar valor ao simples,
E me iludir com o grandioso.
De construir sonhos de areia no lugar de verdades
É um medo incontrolado e incontido
Mas necessário para que eu não perca minha capacidade
De amar a mim e ao outro,
Tão pouco perder a capacidade de reflexão.

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