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domingo, 6 de junho de 2010

Nova dieta



Há momentos que nos sentimos pesados, e percebemos que é hora de uma dieta. Cortar excessos. Os excessos da vida.

Não falo de obesidade corporal, mas da obesidade mental. Não falo dos excessos de gordura, de doces, carboidratos, mas de tudo aquilo supérfluo à vida, que seguimos, usamos, abusamos sem que nos acrescente em nada.

São esses excessos que as vezes nos fazem perder tempo precioso, que poderíamos estar em convívio com outras pessoas, ajudando alguém, e até a nós mesmos. São atividades desenvolvidas no dia-a-dia repetidamente, que muitas vezes acabam em vício.

Seria como o vício do fumo: gastamos dinheiro, e a única saciedade é momentânea, não nos acrescenta positivamente em nada. Ao contrário, acaba nos prejudicando a saúde financeira e física.

Assim são os excessos mentais, que podem se traduzir em atividades cotidianas, mas que fazemos por fuga, para preencher vazios, acabam virando vícios e nos prejudicando de alguma forma, nos impedindo de desenvolver atividades mais saudáveis, que poderiam contribuir muito mais para nós mesmos, e até para outras pessoas do que as viciações, manias, extravagâncias desnecessárias.

Mas como reconhecer esses excessos. Bem é complicado, pois quando nos acostumamos com algumas situações não nos damos conta o quanto ela pode nos ser prejudicial, e se gostamos da passividade que ela nos traz, da falsa imagem de saciedade de satisfação continua, ou simplesmente acreditar que nos acrescenta em algo, dificilmente conseguimos reconhecer que algo que acreditamos que nos faça bem, esteja entre esses excessos a serem cortados numa dieta mental.

Nesse patamar, a verdade consigo mesmo e disciplina são fundamentais. Enumerar aquilo que realizamos, considerar o tempo gasto, os recursos utilizados, o esforço desprendido, e o retorno ( qualquer esfera que seja ele desde financeiro até de crescimento pessoal ou social) é fundamental.

A sinceridade a verdade entra justamente para não tentar nos enganarmos, se possível colocar no papel, ler e reler várias vezes, antes de definir se existem mesmo excessos ou não em nossas vidas a serem cortados.

É como no caso de sobre peso. Verificamos o que ingerimos, e começamos a cortar o desnecessário, aquilo que nos faz aumentar o peso, e começamos a cortar. E criamos outros hábitos como ingerir alimentos mais saudáveis, prática de exercício físico. Mas se não formos sinceros conosco, acabamos por assaltar a geladeira a noite, escondido de todos, ou tomar um refrigerante na rua, acreditando que estamos enganando os outros, e seguindo uma dieta rigorosa. Ledo engano, estamos enganando somente a nós mesmos.

A dieta mental é assim, não adianta fingir que uma ação, atividade nos faz bem, só porque é cômodo continuar a desenvolve-la, ou quem sabe por medo de procurar hábitos mentais mais saudáveis.

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