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terça-feira, 31 de março de 2009

Da emoção à razão

Se falarmos de emoção, logo nos remetemos à sentimentos, porém mesmo na ausência de sentimento há emoção.

Um bebê quando está com fome chora. Este choro é a manifestação de uma emoção, porém sem sentimento. Neste choro não há carinho, raiva, admiração, surpresa. É apenas um alarme de fome, um instinto de sobrevivência.

Assim como o leão que devora a presa para matar a fome, ataca para se defender, e não de vingança ou pra satisfazer um desejo, uma ansiedade. É instinto pura e simplesmente, mas não deixa de ser emoção, não é a razão que o leva matar outro animal, afinal animais são irracionais.
Nesse patamar podemos distinguir dois tipos de emoção: a emoção com sentimento e a emoção de instinto. Assim as denomino emoção específica e inespecífica.

Emoção específica é aquela movida por sentimento, os quais nortearão o objetivo dessa emoção, darão sentido a ela, justificando-a, mesmo que em alguns momentos essa justificativa esteja equivocada ( confusão de sentimentos ou excesso).

Já a emoção inespecífica é o instinto, que tem por reação apenas a sobrevivência.

Talvez seja nesse patamar que se insira o suicídio, momento pelo qual a emoção da pessoa deixa de ser específica passa a inespecífica, para voltar ao equilíbrio com a razão. Como se a pessoa realmente nascesse novamente ( quer tenha sucesso no ato ou não).

Assim o suicídio pode demarcar a retomada da razão. Talvez uma espécie de tratamento de choque movido pelo instinto de sobrevivência fora do sofrimento, ou da tormenta, ou desespero.

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