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terça-feira, 4 de novembro de 2008

Quisera eu


Quisera eu poder mudar o mundo, mas não mudo nem a mim mesma. Poderia pensar em coletividade, mas quando saio ás ruas, pouco me importa se o jovem da esquina está descalço, o sapato que vejo na vitrine é pra mim.

Pouco posso fazer pelo social, pois não faço por mim mesma que faço parte deste social. Se dependo do outro pra uma oportunidade, o outro depende de mim para sustentar sua arrogância e mostrar sua superioridade, adoçando ainda mais seu próprio ego.

O que fazer? Pra onde ir? Que caminho seguir?

A razão já não nos responde mais, já não cabe a ela as respostas, as soluções. São pessoas morrendo ao descaso, diferença social crescendo por egoísmo e ganância de alguns. O pronome do momento é o EU, não existe mais plural.

Parece que a prática vai contra a teoria, teoria escrita em leis que zelam pela igualdade social, pela coletividade, pela pluralidade. Mas as gestões, as administrações, as direções estão nos EU:

EU quero fulano porque EU o amo, e não mais porque nós nos entendemos, temos afinidade, temos um sentimento mútuo. farei algo porque EU quero, e não porque é o bem da humanidade.

O caos se assola num egocentrismo minha vontade não depende mais do bem estar do outro apenas o meu próprio. Mas o meu bem estar depende do outro: da boa vontade, do entendimento, da aceitação, da compreensão, do desprendimento da discriminação, do preconceito, da ganância.

E esse é o ponto complicado, ensinaram-nos a amar a nos mesmos, termos amor próprio. Tudo deve ser primeiro para nós mesmos, só que a cada minuto desejamos novas coisas, conquistamos novas coisas, e não damos a continuidade do primeiro pra mim depois para o outro. Quando chega o depois, este já não tem tempo pois estamos em nova busca para nós mesmos.

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