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domingo, 2 de dezembro de 2007

Dia diferente, quero coisas diferentes




Ontem acordei mais cedo do que o normal, algumas pessoas reclamam que acordo tarde e não vejo o dia passar, que perco muita coisa diferente dormindo até tarde. Confesso que produzo mais e melhor a noite. Mas atendi aos pedidos. Levantei!

Olhei pela janela e tudo estava como todos os dias vejo, só que mais tarde. Do lado Direito uma favela disfarçada de bairro popular, do outro uma are de pastagem e na frente algumas casas , outras em construção. Até a horta mais a frente estava no mesmo lugar, com o chiqueiro á sua esquerda e um córrego contaminado de produtos químicos de tinturarias da região à sua direita.

Não vi nada diferente, tudo no seu mesmo lugar, exceto pelo meu prato que não estava sobre a mesa para eu almoçar. Mas de resto, tudo estava normal igual. Porém o dia era diferente, era outro dia, eu acordei mais cedo e tinha de ser vivido de forma diferente.

Resolvi ir num café filosófico. Sim! Sai de trás dos livros, Sim! Saí da frente do computador. Sim! Sai de cima da minha cama. O ambiente estilo meio rústico com egípcio – não consegui defini-lo- muito simpático, com livros, música ambiente, cheiro de café no ar ( era de manhã).

Estava marcado para iniciar as dez horas, eram dez e meia e nada de começar alguma atividade a não ser conversas entre conhecidos. Poucos minutos para as onze horas começou o verdadeiro bate-papo sobre filosofia.

Não posso dizer que fiquei decepcionada, mas também não posso dizer que seja uma atividade a ser aplaudida de pé. O bate papo nada mais é do que uma apresentação da história da filosofia, sem uma análise atual dos fatos, e um tira dúvidas.

O ambiente não estava lotado, poucos, mas boas pessoas, com um discurso não boçal.

O tema? As paixões da alma de René Descartes. Primeira dúvida? Como se fala o nome do filósofo. Segunda dúvida? Se existir é só pensar como um bebê existe. Houve dificuldade de compreender o solepcismo de Descartes.

Percebi que muitas pessoas acreditam que os grandes pensadores buscavam a resposta da origem do mundo, da vida, da razão, para todos e não somente para si mesmo, tendo uma disseminação do seu pensamento como conseqüência.

Definitivamente, as pessoas precisam de mais filosofia.

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