E já em 1955
Machado escrevia nossos medos.. Simbolizados nos temores do fantasminha mais
humano que nós mesmos atualmente.
É isso! Somos
fantasmas, que teme gente e mar! O mar de lama e caos que vivemos, de gente que
só pensa em si ou protege os criminosos.
Somos
invisíveis aos olhos dessa gente! Que importa nossa fome, nossa sede, nossa
saúde e falta de educação, quiçá nossos constrangimentos... Somos Fantasmas.
Fantasmas não
precisam de justiça, de segurança. A era do circo passou faz tempo. Palhaços
são peças de museu. Morremos e ficou apenas nosso espectro.
E onde mais procurar
nossa menina – esperança- raptada pelo pirata da perna de pau? Nessa gente, não
podemos confiar... Temos medo!
Enquanto
isso, deixamos que ejaculem em nós todas as injustiças, imprudências,
equívocos, desumanidades...
O
que é uma ejaculação fisiológica para quem compactua com a ejaculação moral,
ética que assola esses dois mundos: dos fantasmas e das “gentes”?
Como
queremos que essa gente entenda de constrangimento se somos nós, reles
fantasmas, os constrangidos...
Justiça
é coisa de gente, não de fantasma. E nem adianta esperar Maribel acordar, são
muitos piratas da perna de pau...
Talvez se acendessem nessa gente uma luz do
behaviorismo filosófico, mesmo que atualmente primitivo, pudéssemos
vislumbrar soluções amplificadas, não
unidirecionais, simplificadas na soltura daquelas que cometem ejaculações em
cima de ejaculações...
Ai
sim Maribel pode, quem sabe, acordar e se tornar amiga de nós, plufts!
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